Na sociedade
brasileira é comum a exploração exacerbada da burguesia contra o trabalhador.
Mas a CLT e o direito do trabalho tentavam, com sucesso em sua maioria, barrar
tal abuso; protegendo o elo mais frágil, o trabalhador. Porém, a maioria dos
legisladores são da elite e governam para tal, decidiram fazer uma reforma
trabalhista.
Havia uma
necessidade de se modernizar a CLT e as leis trabalhistas, por ser antiga e não
abranger especificamente a parte de trabalho pela internet por exemplo, porém,
“o que movimentou essa mudança foram questões econômicas”, segundo a Prof. Dra.
Regina Duarte que ministrou na Semana Jurídica, ou seja, visaram apenas o fator
econômico do lado do empresariado, restringindo e tirando direitos dos
trabalhadores, além de enfraquecer sindicatos.
Esse
enfraquecimento, advém do banco de horas, que hoje pode ser por acordo
individual e não mais coletivo. Além disso, o trabalhador se enfraquece ainda
mais, segundo a Prof. Dra. Patrícia Maeda, no tocante a terceirização no qual em
média um terceirizado recebe 25% a menos que uma pessoa contratada diretamente.
A Dra. Maeda ainda cita Vitor Araújo Filgueiras que afirma existir uma relação
direta entre a terceirização e o trabalho análogo a escravo (tabela).
Não contentes
com isso, a mudança nas leis trabalhistas vão além, no art. 507, parte B, diz:
“É facultado a empregados e empregadores, na vigência ou não do contrato de
emprego, firmar o termo de quitação anual de obrigações trabalhistas [...]”, ou
seja, na prática, serve para empregadores desonestos que não paga o deve ao seu
empregado, e com medo de perder o emprego o trabalhador quita anualmente, não
podendo aposteriori reclamar das coisas quitadas.
Em suma, vemos
que há um retrocesso com relação aos direitos trabalhistas, sobretudo referente
a CLT. Outrossim, é a insegurança a qual o trabalhador fica exposto, ou seja,
fica a mercê das vontades do empresário. O elo mais frágil da relação
trabalhista fica ainda mais fraco. É necessária uma conscientização dos
trabalhadores contra tal retrocesso.
Gustavo Maciel Gomes - 1ano - Noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário