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Muito se fala do meio ambiente e a consequente intervenção, danosa, humana neste. A liberação de dióxido de carbono, o tão famoso e popular "efeito estufa", o desmatamento cada vez mais veloz da Floresta Amazônica, a possível falta de água potável futuramente (num futuro que ocupa a casa ao lado), a grande produção de lixo enchem as capas de revistas, as páginas dos jornais e ocupam espaço nos noticiários. A tão proclamada "sustentabilidade" perde para a busca incessante do lucro e o constante consumo, padrinhos de batismo dos tempos pós- modernos. Todos sabem e têm consciência de que o modelo de produção e consumo industrial não só colabora, mas comanda a degradação ambiental. Porém, medidas capazes de deixar menos profundas as pegadas irresponsáveis da humanidade vagam pelo reino das bonitas palavras e promessas vazias. Efetivamente nada se faz.
Compra-se a tranquilidade e a segurança em condomínios fechados distantes do burburinho dos grandes centros; compra-se o corpo desejado com intervenções cirúrgicas e inúmeros tratamentos estéticos; compra-se, da mesma forma, os recursos naturais, utilizados indiscrinadae até ilegalmente como meio de obtenção de benefícios particulares, negando o coletivo. Assim, desmata-se área protegida legalmente para a construção de resorts e venda de madeira de lei; negociam-se "cotas" de poluição, em que os países mais ricos podem, pelo simples poder aquisitivo, poluir mais que os menos desenvolvidos; adotam-se países como "caçamba de entulhos" , destinado a eles o lixo produzido por outros por míseros dólares.