É intitulada solidariedade mecânica, aquela consciência
coletiva que emana de uma autoridade transcendental e, portanto, caracteriza-se
pela passionalidade. Já a solidariedade orgânica é uma conexão interpessoal
dada por laços que permanecem pela perspectiva racional do direito.
Porém,
em pleno século XXI, vemos pessoas que, intitulam-se racionais, e reprovam por
consciência coletiva/solidariedade mecânica quem age passionalmente. Logo, os
primeiros, de alguma forma, também agem por paixão, só que são amparados pelo
direito.
Isso
ocorre quando, por exemplo, as pessoas tentam fazer justiça pelas próprias
mãos, quando à criminosos é imputada uma pena em conjunto á uma vergonha
pública, como se com essa atitude, impusessem um instinto de conservação: "Vamos
extirpar qualquer iniciativa que pode vir a constranger a sociedade".
Um exemplo, o linchamento, ocorreu
no Maranhão, assim como mostra a matéria a baixo:
Casos como esse mostram a
necessidade de uma flexibilização do direito como um saber especializado,
produto humano que não deriva da consciência coletiva. Quem fere a moral não
deve ser julgado nas ruas, e sim com operários do direito com técnica e com
ponderada emoção.