Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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segunda-feira, 11 de setembro de 2017
A VISÃO NATURALISTA SOBRE O PENSAMENTO DE ENGELS
A atualidade de Marx e a necessidade de mudança
A adaptação do velho sistema capitalista
A reestruturação da escravidão e suas novas faces na contemporaneidade
A exploração imposta no sistema capitalista é alcançada, na maioria das vezes, através da labuta do proletariado em troca de um salário, situação que acaba por gerar a mais valia para o burguês. Essa forma do sistema explorar a mão de obra do proletariado pode ser vista como um grande avanço desde a exploração do periodo colonial, tida com a escravidão, porém para uma grande parcela da população mundial, a situação desde esses tempos "antigos" e "selvagens" permanece praticamente a mesma.
Horas interminaveis de expediente, um salário baixissimo, ou até mesmo um salário inexistente dentro de um sistema de troca de mão de obra por "teto e alimento", e até mesmo punições físicas em locais onde as fiscalizações não chegam, ou onde elas não se interessam em chegar, são situações recorrentes para a maior e mais pobre parte da população mundial.
A burguesia permanece, de uma forma ou de outra, de maneira direta ou indireta, como a dona da grande população, o disfarce gerado pela mudança do sistema econômico e do sistema assalariado mascara que de um jeito ou de outro ainda permanecemos dependentes da burguesia e do seu capital.
Mariana Shieh Basotti - 1º Direito Matutino
A atuação
Gustavo Maciel Gomes - 1º ano - Noturno
Capitalismo v.s Mundo
Um dia conheci uma história,
a história de João de Santo Cristo
mostra como o capital pode influenciar na sua vida.
Triste, né, João?
Isso não ocorreu somente contigo
como também para Fabiano, Severino e para muitas outras pessoas do Brasil e do mundo todo
Pois é... O capital...
Ele atualmente diz quem você é ou pode ser.
Ele te hierarquiza, te dá poderes mágicos:
Determina quanto tempo você tem, quanta comida você pode ter, se pode mandar em alguém ou não.
Mas tem uma coisa muito triste na nossa vida, João...
Uma coisa encontrada nos pensamentos de Comte:
E se você já estiver determinado a não ganhar esses poderes mágicos
e se o capital tiver uma influência tão grande
que você nem mesmo tenha o poder de escolha de ganha-lo ou não?
Pois é, João...
infelizmente você não será o primeiro e nem o último
a burguesia domina a economia
e não haverá chances para você, que vive numa classe abaixo.
Por isso você deverá lutar, unindo-se com outros Joãos
buscar uma vida digna sem a desigualdade e exploração
Levante a cabeça e busque a Revolução!
Rodrigo Tinel Guerra, 1°ano Direito Diurno
A vitória e a derrota do marxismo
Em paralelo com um Estado Natural, em que os humanos organizavam-se em agrupamentos de pessoas em prol de seu desenvolvimento, se um dos membros deste agrupamento se perder e ficar à mercê da natureza, seja numa selva, ou numa ilha oceânica, este terá de combinar seu tempo e trabalho visando alimentar-se, caçar, buscar abrigo, em outras palavras, o emprego da força de trabalho é inerente ao ser humano, ainda que tenha sido socialmente deturpado.
Para Engels, o interesse coletivo(do agrupamento) deve superar as liberdades individuais, visto que o detentor e empregador da força de trabalho, e seu tempo é o único capaz de decidir onde prefere gastar seu tempo e energia levando em conta este ser seu único meio para sobrevivência. Se tudo está coletivizado em relação aos meios de produção, o homem perde o direito de escolha sobre onde empregar seu sustento natural.
Em vias de concluir, é necessário apontar que o detentor da terra não é aquele que nelas colocar grades ou muros, mas sim o que nela aplicar sua força de trabalho visando criar laços para produzir o que seja necessário para as trocas e escambos do mercado. Assim, levamoss a idéia de que as propriedades podem ser inalteráveis, mas seus proprietários devem mudar, de acordo com a utilização social desta terra frente às demandas do mercado.
Gianlucca Murari - Diurno
Sistemas de manipulação e liberdade
Relato de um (in)crédulo
Desce daí!!
Carta hegeliana à Marx: Da Matéria e dos Espíritos
Infindável luta de classes
Marxismo e religião
Meu Conflito Dialético
A liberdade que nunca terei
Materialismo historico e marxismo
Conhecimento para quem?
Quem será o vagabundo?
Vai trabalhar, criatura
Deus permite a todo mundo
Uma loucura
Passa o domingo em familia
Segunda-feira beleza
Embarca com alegria
Na correnteza
Carimba o teu coração
Não perde nem um momento
Perde a razão
Pode esquecer a mulata
Pode esquecer o bilhar
Pode apertar a gravata
Vai te enforcar
Vai te entregar
Vai te estragar
Vai trabalhar
Reúne as economias
Perde os três contos no conto
Da loteria
Passa o domingo no mangue
Segunda-feira vazia
Ganha no banco de sangue
Pra mais um dia
Cuidado com o avião
Não perde mais um minuto
Perde a questão
Tenta pensar no futuro
No escuro tenta pensar
Vai renovar teu seguro
Vai caducar
Vai te entregar
Vai te estragar
Vai trabalhar
Segunda-feira a desgraça
Sem pai nem mãe, sem vizinho
Em plena praça
Vai terminar moribundo
Com um pouco de paciência
No fim da fila do fundo
Da previdência
Parte tranquilo, ó irmão
Descansa na paz de Deus
Deixaste casa e pensão
Só para os teus
A criançada chorando
Tua mulher vai suar
Pra botar outro malandro
No teu lugar
Vai te entregar
Vai te estragar
Vai te enforcar
Vai caducar
Vai trabalhar
Vai trabalhar
Vai trabalhar
Marxismo: Uma boa lente para o mundo
Todavia, por mais que o marxismo não seja a chave suprema para a compreensão do universo, é possível entender boa parte da história e de toda conjuntura atual que vivemos a partir dele, sendo assim uma das melhores lentes para ler o mundo, pois por trás de uma grande maioria dos conflitos e decisões que conduziram e conduzem a história, os sujeitos são as classes e o objeto são os recursos materiais e seus meios de produção.
No ano passado o Brasil colocou em seus livros de história mais um fato em negrito, uma presidente democraticamente eleita foi deposta de seu cargo a partir de um jogo que envolvia nitidamente a disputa de classes pelo controle político dos recursos financeiros e das forças produtivas. Pois depois de 13 anos de um governo de conciliação de classes, colocado como impossível por Marx, foi revelada a antítese natural das mesmas, com a burguesia assumindo o poder e impondo pautas que a favorece, revestidas de seus antigos preceitos ideológicos, como é o caso da reforma trabalhista que da uma força enorme a acordo entre burguês e proletário, ignorando a falta de isonomia dessa negociação.
Outro fato que podemos observar a partir da lente marxista é de como as classes detentoras do capital, a fim de aumentar seus rendimentos, vêm se apropriando de pautas que foram angariadas pelo movimento de esquerda no seu desenvolvimento histórico. A partir de novos conceitos publicitários minorias tradicionalmente oprimidas pelas instituições capitalistas são superficialmente reconhecidas a fim de se mascarar as contradições que tal sistema de produção apresenta. O negro que agora tem uma linha completa de cosméticos ao seu dispor continua morrendo nas periferias na mão do Estado capitalista.
O capitalismo não é o mesmo da época de Marx e Engels, as dinâmicas de multiplicação do capital se alteraram e intensificaram, e fatores alheios as perspectivas marxianas são importantes para a compreensão da sociedade, porém seu legado é indispensável para compreender o passado, o presente e o futuro.
Marxismo: Entre a ciência e a dogmática.
Davi Pontes 1º Direito noturno
Ébrios: Uma visão para o debate
Ideologia e Meritocracia
A eterna luta
1º Ano Direito - Noturno