Em seu livro “Novum Organum ou Verdadeiras Indicações
Acerca da Interpretação da Natureza “, o autor busca difundir novas formas de
criar o conhecimento científico, diferenciando-se dos métodos até então utilizados.
Além disso, critica os conceitos construídos pelo senso comum e estabelece um
ponto de vista equilibrado entre o conhecimento obtido pela Antiguidade e as
novas descobertas do futuro.
Através
de um discurso altamente dotado de um conceito racional, Francis Bacon destaca
o alto grau de influência que a mente
humana exerce na construção do conhecimento científico. A subjetividade causada
por ela direciona a experimentação e, por consequência, as novas descobertas.
Ou seja, quando o homem possui certa convicção do que procura, ele não se
atenta à força das instâncias contrárias.
Além de
criticar arduamente a subjetividade, ele critica, também, a construção de novos
estudos sem uma análise do que foi feito no passado. Ao mesmo tempo, não
acredita que haja um limite extremo e último do mundo. Nesse contexto, é
possível fazer uma analogia com a sociedade romana, que não acreditava no fim
do seu império (que não tardou a ocorrer), da mesma forma que as sociedades
atuais não acreditam no fim do sistema capitalista: o
intelecto humano se agita sempre, procurando sempre ir à diante.
É
possível interpretar a dialética de Francis Bacon como uma quebra de rupturas
com os dogmas que predominavam até o século XV. Assim como outros pensadores, a
busca pelo conhecimento científico era priorizada em relação a todos os outros
aspectos da vida.