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segunda-feira, 11 de março de 2013

Descartes e a razão


René Descartes busca, em o Discurso do Método, o desenvolvimento do seu conhecimento amparado pelo bom senso e pela razão, já que no decorrer de sua vida academica chegou à conclusão de que apenas o estudo formal não era suficiente para levar o homem à verdade.
                 O autor inicia o processo com o abandono e destruição de todas as opiniões e certezas que já possuía. Deu continuidade guiando-se  pelas ideias dos grandes pensadores europeus até que pudesse desenvolver sua própria linha de raciocínio; procurou, ainda, não se afastar de seus primeiros ímpetos e, por fim, não almejar aquilo que não fosse de fato alcançável, de modo que não se caísse na infelicidade.
               Assim, o método cartesiano baseia-se na dúvida e no questionamento do que se tem como certo e verdadeiro a fim de que os enganos sejam desfeitos e a verdade, amparada pela racionalidade, seja alcançada.

Uma só palavra


Diferentemente de seus contemporâneos,René Descartes cria uma nova concepção de saber,buscando sempre a racionalidade como como preceito de todas as suas idéias.Isso fez com que causasse grande impacto na sociedade da época,principalmente nos praticantes da Filosofia.
Descartes se decepcionou com o ensinamento dado nas escolas,assim também com os filósofos que para ele não faziam nada para tentar mudar o mundo,visto que esse seria o objetivo maior destes pensadores.Em seus textos e pregações vangloriava a sabedoria,pois segundo este o poder só é conseguido através do saber,e este provém do uso da razão.
Faz crítica ao senso comum e à todas as coisas que não pode ser explicada de forma racional,como por exemplo a magia,alquimia,astronomia entre outras.No entanto em nenhum momento questiona a existência de Deus,pelo contrário,considera que por existir tantos pensamentos e idéias perfeitas,deve existir antes um "Ser perfeito" que colocasse toda sua perfeição nos homens.
Descartes foi filósofo,sociólogo,jurista,mas acima de tudo,foi um divisor de águas para o pensamento moderno.Ele mudou a mentalidade de uma sociedade marcada por superstições e exacerbada crença na religião.Com sua máxima "penso,logo existo" conseguiu expor todas as suas idéias e concepções de mundo em uma só palavra : Razão.
(referente à aula 2)

“Cogito ergo sum”


Em meio a medievalidade do século XVII René Descartes inova ao questionar a veracidade dos preceitos estabelecido na época, estando estes quase todos nas mãos da Igreja Católica. Os misticismos, as contemplações e a sobrenaturalidade faziam parte das noções básicas de conhecimento da população da época, como forma de explicação da vida.

Ao dar inicio ao seu método, fazendo uso da racionalidade como pilar fundamental de sustentação, o filósofo revoluciona as maneiras de interpretação do mundo através da dúvida. Usando desta para questionar as tais “verdades” pré-estabelecidas. Desta forma, através das máximas criadas por ele, o filósofo francês teve como principal objetivo discernir o verdadeiro do falso através da razão. Para isso, mostrou a necessidade do conhecimento de mundo e suas ciências, para que se reconheça o engano. 
Bem como a necessidade do autoconhecimento, como ser pensante que o ser humano é, levando a uma de suas máximas: Penso, logo existo.

Assim, o método cartesiano foi fundamental para dar os alicerceres da ciência moderna racional, ecoando de maneira direta ou indireta até os dias atuais pois a partir do questionamento surgiu a necessidade de provas e por conseguinte experimentos e então, a evolução da ciência. 


O caminho do Método


 O “Discurso do Método”, de René Descartes, é uma reflexão a respeito do bom senso e da razão que apresenta anseios sobre o futuro e as decepções geradas pelas expectativas e a descoberta da ignorância humana.
 É impossível negar uma semelhança entre a obra de Descartes e o livro “O Apanhador no Campo de Centeio” de J.D. Salinger, o segundo autor foi claramente influenciado pelo primeiro. René deixa nítida  uma vontade de fazer escolhas racionais, já que para ele o bom senso é a única coisa que separa homens de animais, e para isso optou pela desconfiança e pelo estudo, descobrindo-se ignorante após o estudo das letras. Já o personagem Holden, criado por Salinger, é a expressão da insatisfação humana com o comportamento ideal, não consegue entender as expectativas do mundo adulto para com ele, assim como Descartes não encontra seu caminho através do caminho das pessoas consideradas sábias.
 O método de Descartes resume-se a três máximas, a primeira diz respeito a obedecer leis e ter opiniões sensatas, as mesmas dos sábios, a segunda, sendo reforçada na quarta parte da obra, é sobre seguir suas convicções fazendo o mínimo de alterações, já a terceira ensina a só desejar o alcançável, aquilo que está em completo poder de cada ser humano. A máxima que recebe destaque no “Discurso do Método” é a segunda, René reforça por diversas vezes a importância de seguir um caminho sem desvios, mesmo ele tendo se desviado em certos momentos, para alcançar plenitude em razão e bom senso.
 
Samantha Sayuri de Souza Yabiku
1º ano - Direito noturno

Desdobramentos das Ideias de Descartes

        René Descartes, insigne por sua máxima ''Penso, logo existo'', foi um dos mais importantes filósofos da Idade Moderna. Em  sua obra "Discurso do Método'', Descartes expõe e desenvolve o método que utiliza para a obtenção da verdade. Para isso, faz o uso de ferramentas como o princípio da dúvida e principalmente, a razão. 
        Anteriormente às Ciências Modernas, muitos acreditavam  que o conhecimento era adquirido através da magia, da alquimia, da astrologia. Descartes julgava esse preceito como falso para a busca da verdade e defendia que o verdadeiro conhecimento era obtido através da reflexão sobre o próprio eu, cada um cultivando sua própria razão, procurando distinguir as opiniões consideradas  mais verdadeiras. Porém, atualmente, contrariando a ideia de Descartes, muitas pessoas recorrem à astrologia para  buscar saber o que vai acontecer no futuro, se vão ascender na carreira ou se vão ter um relacionamento sério. Para muitos, especialmente os físicos, essas predições não têm explicação racional, são meramente suposições fantasiosas.
       Em um de seus princípios, Descartes mostra que a vontade individual não deve se sobrepor à vontade coletiva, pois a única coisa que o indivíduo detém é o próprio pensamento, não podendo o homem obrigar outrem a seguir desejos próprios. Por exemplo, nas relações sociais, ninguém é melhor do que o outro, apenas apresentamos ideias e pensamentos diferentes, o que torna o âmbito social mais diversificado e harmonioso.
      Descartes afirma a existência de Deus, pois diz que é necessário existir um ser perfeito, de quem o homem recebeu tudo o que possui. O homem não pode ser considerado perfeito, pois apresenta dúvidas, tristezas, angústias. Já Deus, apresenta-se desprovido dessas imperfeições. Tendo esse pensamento, Descartes apresenta o argumento de que se o homem orginou-se desse ser perfeito (Deus), nossas ideias são verdadeiras, pois além de termos usado nosso pensamento racional criteriosamente, elas vieram de Deus, e portanto, são perfeitas. Até hoje, vários estudiosos são contra essa explicação de Descartes, pois eles alegam que a ideia de perfeição não precisa ser necessariamente causada por um ser perfeito e que não há garantias da existência de tal causalidade.
     Hoje em dia, muitas pessoas , mesmo não concordando plenamente com suas ideias, aprovam a ideia básica de Descartes de que a razão é superior aos sentidos, pois estes nos enganam. Além disso, todos sabem que o mundo é movido pela dúvida, pelas perguntas, e que sempre tentaremos buscar a verdade através destas. Conclui-se, portanto, que o pensamento cartesiano ainda é bastante fundamental para a sociedade atual.     

Elisa Kimie Miyashiro
1º ano - Direito Noturno 
 

 



Transcendência através do tempo



O descontentamento com o ensino tradicional foi a mola propulsora que levou René Descartes a procura de um novo método de busca pela verdade. Insatisfeito com antigos dogmas tanto da ciência quanto da religião, Descartes descreve em sua obra “O Discurso do Método” a maneira por ele orientada com fim de se atingir um conhecimento verdadeiro.
Sua metodologia, também chamada de “método cartesiano”, fundamenta-se na razão e tem o duvidar como ponto de partida. Assim, uma premissa seria apurada e a clareza de seu conteúdo avaliada, sendo, esta, um caminho para a verdade. O método de Descartes se revela imensamente inovador por ter sido originado ainda nos fins do feudalismo, e, revela, também, sua grandiosidade quando analisada sua influência sobre o pensamento contestante embrião das guerras e revoluções dos séculos seguintes.
A partir de suas obras e estudos pode-se afirmar que a mais memorável contribuição de Descartes para a humanidade foi o incentivo ao questionamento e ao posicionamento crítico em face às verdades tidas como absolutas. Passados tantos séculos e frente a uma realidade tão desigual como a do século XXI é possível notar que o “método” ainda faz alusão a um tema pertinente ao homem e suas inquietações: a busca pela sabedoria.

Gabriela de Aguiar Watanabe - 1o. ano Direito noturno

As únicas histórias


Em o "Discurso do Método", René Descartes demonstra a importância da dúvida como uma maneira de formar um pensamento crítico e analisar mais a fundo aquilo que nos é passado, de forma a adquirir conhecimento mais amplo e mais próximo da verdade, diferente daquele que se obtém através de hábitos e exemplos. Tal método de busca pela verdade, encontra-se fora de uso na sociedade atual, em que as pessoas se contentam com aquilo que elas ouvem sem descanso e de uma única forma, acatando-as como algo verídico.

A globalização, entre muitas outras coisas, nos proporcionou um maior acesso às notícias e informações do cotidiano, nos dando a sensação de que as recebemos em um pequeno espaço de tempo e da maneira mais completa possível. Porém, os meios de comunicação ao nos bombardearem com tantas notícias, de maneiras, muitas vezes, incompletas,simplificadas em demasia e só com uma versão das mesmas, não nos dá tempo de raciocinar e debater sobre o assunto exposto, nos tornando as chamadas vítimas de uma única história. Estas são aquelas que ao invés de contestar as informações que recebem e irem atrás de outras que as confirmem ou as neguem, simplesmente as aceitam como verdade, pois a mídia mostra uma versão unilateral dos relatos diversas vezes até que essas os absorvam como sendo o único axioma sobre tais. Esse método adotado pelos meios midiáticos de transmitir seus informes fez com que a capacidade de duvidar e formar um pensamento crítico do ser humano diminuísse e assim, o senso comum continuasse a ser dominante com uma única opinião formada, como assim também o era na época de Descartes, mostrando a contemporaneidade de sua obra.

Iris Acácia Crusca - Direito Noturno

As dúvidas e a razão no processo cognitivo


 René Descartes engendrou seu método racionalista a partir de frustrações com outros métodos cognitivos, consequência de sua dúvida constante. Isso é visto, por exemplo, na crítica feita à sua própria educação, proveniente, segundo ele, de letrados que “ficavam confinados em seus gabinetes”, e, por isso, não conheciam a experiência social, além de não se preocuparem em se distanciar de seus preconceitos. Karl Marx, em seus estudos sobre a ideologia, também critica o distanciamento dos responsáveis pela criação do conhecimento, mas por achá-los constantemente sujeitos a ânsias que deterioram o nivelamento social.
 Frente a essa primeira frustração, Descartes recorre ao que, no momento, parecia-lhe fundamental ao processo de aprendizagem, o convívio social. No entanto, ao realizar suas pesquisas, deparou-se com alguns preconceitos adquiridos até pela coerção, o que, mais tarde, Émile Durkheim chamaria de Fato Social. Embora a experiência social tenha sido rejeitada como um bom método para se alcançar o conhecimento verdadeiro, hoje vemos a ascensão desse processo pela meritocracia, vista, por exemplo, na mega produção “Quem quer ser um milionário?”, de Simon Beaufoy, na qual a personagem protagonista ganha o prêmio de um milhão de rúpias por relacionar as perguntas de um programa a suas experiências cotidianas.
 Com base nessas frustrações, Descartes passa a enxergar que a razão, motivadora de sua dúvida persistente, é o melhor método cognitivo, já que “não nos sugere que tudo quanto imaginamos seja verdadeiro”. Assim, em “O discurso do método”, Descartes antecipa a grande objeção dos positivistas do século XIX, por tentar distanciar-se de sues próprios preceitos, e, não obstante, lança a ideia de que o que é verdadeiro é evidente e distinto. 

O prisma real

Quando pensamos na virtude de se questionar um axioma, é como se soasse paradoxal. Todavia, o racionalismo de Rene descartes nos leva a justamente duvidar de todas as verdades absolutas que nos norteiam ao longo de nossa existência.
A tendenciosidade das ciências, largamente explorada na filosofia, matemática e teologia, nao pode ser encarada como o meio único de se atingir a plenitude da razão. O confrontamento dos diversos paradigmas  
socias é altamente mutável e graças a característica subjetiva pessoal de cada ser é que se consegue chegar a uma doutrina absoluta.
Na linha cartesiana, não se observa o propósito de questionamento advindo de uma doutrina ou de conceitos criados a partir de vontades e imposições pessoais. O modo como as leis se inserem deve ser brutalmente desconectadas de qualquer forma de influência hierarquizante de valores. Nesse ponto, pode-se citar, por exemplo, a filosofia taxativa de Pierre Bourdieu na concepção do doutrinamento escolar, como  apoderado de tal questionamento feito por descartes, pois assim como a doutrina é questionada pela imposição da vontade do mais forte, na escola a materialização do poder social na forma de conhecimento, também o é. Na perspectiva descartiana deve-se ater ao multifacetamento das opiniões para se atingir um consenso que, ainda este, nao deve ser levado imponderavelmente como verdade e sim como o meio mais próximo, e ao mesmo tempo questionável, do real.

Fábio Augusto Ribeiro Abyazar


A derrota da metafísica   

  O assunto mais abordado nas discussões sobre a obra “O discurso do método”, do filósofo francês René Descarte, é a racionalização do método científico advindo da ruptura com o misticismo vigente no século XVII. Este preceito, denominado racionalismo cartesiano, foi, sem dúvida nenhuma, um dos grandes marcos na evolução do pensamento ocidental, pois introduziu a sistematização do conhecimento, gerou a intensa fragmentação dos objetos de estudo e elevou a dúvida ao posto de motor propulsor do saber científico.
  Não obstante os incontestáveis benefícios adquiridos através do racionalismo de Descartes, nota-se no contexto contemporâneo algumas chagas oriundas dessa corrente de pensamento. A fragmentação dos objetos de estudo, por exemplo, elevou de tal forma a especificidade das vertentes do saber, que os profissionais contemporâneos tornaram-se hiperespecializados, em outras palavras, sabem muito de quase nada.
  Contudo, as maiores perdas ocasionadas por influência do racionalismo cartesiano ocorreram no campo da subjetividade humana e da metafísica, pois ao romper com a filosofia clássica e centrar seu objeto de estudo nas verdades racionalizadas, Descartes dá início a um processo de progressiva valorização dos saberes palpáveis em detrimento às antigas questões filosóficas fundamentais. Dessa forma, a ciência contemporânea está muito mais interessada em produzir novas tecnologias e conhecimentos concretos do que em refletir a respeito das questões primárias da metafísica. Afinal, qual a relevância de reflexões sobre o sentido da vida ou sobre início da existência humana em uma sociedade guiada pelo norte do racionalismo extremo e da vida matematizada?


José Roberto Bernardo Bettarello - 1º ano direito noturno

A existência moral na internet


           O ato de pensar é a peculiaridade humana, diferenciando-nos de qualquer outro animal. Para os atenienses, tal ação consistia em questionar tudo ao seu redor, mas não apresentavam fins práticos para o raciocinar.Seria com René Descartes que o pensar tomaria uma forma mais concreta.Através de uma frase de pequena extensão, mas de grande significado (“Penso, logo existo”), o pensador influenciaria quase toda a produção de conhecimento dos séculos posteriores.

No século atual, a ciência tem produzido conhecimentos em espaços de tempo cada vez menores e, devido à troca de informações quase instantânea entre as pessoas, tem sido cada vez mais fácil compartilhá-los. No entanto, é preciso atentar que se há a produção, também existe a reprodução de conhecimentos através dos meios de comunicação, o que pode ser maléfico. Um exemplo disso está na internet. Ela facilita a manifestação de pensamentos, mas ao mesmo tempo dá a possibilidade para que alguns indivíduos se apropriem dos de autoria alheia, declarando-os seus. Dessa forma,eles confrontam a lógica cartesiana, pois sua máxima condiciona a existência moral a um pensar original e com fins práticos.Consequentemente, acabam por anular a sua própria existência moral quando se abstêm da capacidade de raciocinar, usando de má fé a dos outros. Além disso, ao compartilharem ideias sem análises racionais e julgando-as todas como verdades absolutas, colocam em risco a integridade moral de outras pessoas que lerão aquilo e usarão como base para as suas próprias conclusões, resultando em consequências muitas vezes irremediáveis.

Para resolver esse problema observado na internet, seria necessário a predominância da razão sobre os sentidos pessoais de cada usuário da rede, ou seja, deveria-se agir conforme o método racional cartesiano a fim de não causar prejuízos a ninguém.O convívio no mundo virtual seria mais benéfico e a existência moral de cada um estaria portanto conservada. Descartes rejubilar-se-ia.


Lucas Ferreira Sousa Degrande, aluno do primeiro ano de Direito. 



Dúvida, quebra de paradigmas e ideias inatas


Pode-se afirmar que a busca e a compreensão dos fatos pelo ser humano através da razão é a principal questão discutida por René Descartes na obra “Discurso Do Método”. Sendo assim, o autor parte do princípio da dúvida, ou seja, da não aceitação de algo imposto como verdadeiro, ao menos que essa verdade seja embasada pela razão.
Com isso, o autor quebrou com uma série de preceitos e paradigmas da época, uma vez que as "verdades" eram impostas pela Igreja durante toda a Idade Média, sendo que as teorias que a contradissesse eram reprimidas e crucificadas.No entanto, apesar de quebrar esses paradigmas, o autor não nega a existência de Deus,e ainda infere que Deus é um ser perfeito, sendo que todas as verdades irrefutáveis proveem dele.
Além disso, Descartes propõe como parte de seu método a dedução e o raciocínio lógico a partir das verdades incontestáveis, as verdades inatas. Para ele, uma maneira de atingir a verdade pura é fazer proposições resultantes de uma verdade inata, ou seja, a partir de corolários. Com isso,seria possível coibir a ilusão e a proposição de ideias errôneas.
Dessa forma, é possível afirmar que a teoria de Descartas está diretamente ligada às questões matemáticas e lógicas, utilizando-se de raciocínios exatos para a compreensão de questões inerentes ao ser humano, o que contribuiu para várias áreas de estudos posteriormente, como para a física e a química.
Ao escrever o " Discurso do Método", Descartes enaltece o ser humano como o único "ser pensante", capaz de buscar a razão, contrapondo algumas ideias da Igreja e propondo uma nova visão de mundo em pleno século XVII que proporcionou novos caminhos e visões que influenciaram e ainda influenciam diversas    áreas em diferentes matérias na atualidade.Por isso que essa obra é estudada e analisada ainda nos dias atuais.
Rodrigo Tittoto Acra - 1°ano Direito Diurno

René Descartes, em seu livro Discurso do Método, discorre a respeito do método do qual se utiliza para bem conduzir sua razão, se não à perfeição ao menos ao melhor que pudesse. Em seu livro, Descartes faz uma crítica ao estudo tradicional, onde o desenvolvimento do senso crítico não é estimulado e valorizado; atestando que as ciências dos livros não se encontram tão próximas da verdade como a simples opinião de um homem acerca das coisas que o envolvem. Diante desta contradição, decide abandonar o estudo das letras e de tudo aquilo que lhe fora inculcado pelo hábito e por seus preceptores a fim de formar sua própria opinião a respeito de tudo o que o cerca, afastando-se dos enganos que ofuscam a razão e, assim, formular sua própria concepção do que é verdadeiro ou falso.

Procura, dessa forma, afastar-se do senso comum e desenvolver um amplo senso crítico baseando-se agora não mais em opiniões alheias ou costumes impostos pelo convívio social, mas no desenvolvimento de suas opiniões, buscando contemplá-las sempre à luz da razão. Segundo suas próprias palavras: “eu não podia escolher ninguém cujas opiniões parecessem dever ser preferidas às de outros e achava-me como coagido a tentar eu próprio me dirigir”.

O discurso de Descartes continua atual, pois o senso comum ainda prevalece em nosso cotidiano como uma resposta fácil às questões que nos envolvem. A vida em sociedade obriga os indivíduos não somente a agir de forma padronizada como também a pensar dessa maneira, seja por acomodação àquilo que se apresenta de forma mais simplificada ou por estímulo de certos componentes sociais aos quais o senso comum e a alienação se apresentam como forma de manter-se o status quo.

 Segundo seu discurso, “a pluralidade das vozes não é prova que valha algo para as verdades um pouco difíceis de descobrir”; ou seja deve-se procurar descobrir a falsidade ou as incertezas das preposições que nos são apresentadas para, desse modo, construir-se uma conclusão correta e indúbia a respeito de tudo o que nos cerca.
 
                       Ana Beatriz Cruz Nunes - 1°ano Direito Noturno

A necessidade da razão no mundo contemporâneo

René Descartes pode ser considerado o inaugurador da filosofia moderna, tendo por princípio o método racional, distanciando-se, assim, das ideias vigentes de uma sociedade feudal com grande influência da Igreja.

Em seu livro “O Discurso do Método”, o filósofo propõe desvencilhar-se de um senso comum, que é pregado pelos mitos e hábitos da sociedade feudalista, para que se tenha um melhor raciocínio e criação das próprias críticas e opiniões, ideia esta presente na passagem “aprendi a não acreditar com demasiada convicção em nada do que me havia sido inculcado só pelo exemplo e pelo hábito...”. Pelo método cartesiano, Descartes defendeu a tese de que a dúvida era o primeiro passo para se chegar ao conhecimento, em que esta também seria uma forma de fugir do pensamento comum intitulando-o como duvidoso, para que se busque com clareza a verdade incontestável.
Nota-se que René constrói seus pensamentos baseados no racionalismo e que posteriormente surgiria uma corrente filosófica divergente, chamada de empirismo, representada por pensadores como David Hume e Jonh Locke.
O método empirista considera a utilização da imaginação ou dos sentidos para o entendimento opondo-se ,então, ao método racionalista, oposição esta constatada no seguinte trecho “ ao considerar que os nossos sentidos às vezes nos enganam quis presumir que não existia nada que fosse tal como eles nos fazem imaginar.”

Atualmente observa-se a extrema influência exercida pelos meios de comunicação criando, assim, uma massa manipulada pela mídia com pensamentos semelhantes que levam a não capacidade do pensamento crítico. Semelhante a sociedade pré-modernista, hoje, apesar  da existência do individualismo nota-se ainda a grande alienação social evidenciando ainda a existência de um senso comum. Além de tudo é evidente a grande colaboração científica advinda da obra de René Descartes influenciando inúmeros outros pensadores, permitindo, então, um grande desenvolvimento científico no mundo moderno e que se estende até a contemporaneidade.

Emmanuelle Nasser Dias e Silva- 1° ano Direito Noturno.

O alcance da verdade sob a herança barroca


Conceber um novo conhecimento consiste não só em absorvê-lo para obter sua compreensão, mas sobretudo em questioná-lo para atingir a sua veracidade. Em defesa desse paradigma, Descartes inaugura em “Discurso do Método” a modernização da filosofia, mas também inova ao propor um novo caminho para concepção da verdade oposto à mera aceitação dos dogmas estipulados pela sociedade feudal na qual se inseria. Analogicamente, hoje a persistência de uma conduta moral pré-estabelecida a ser seguida atribui aos homens o mesmo conflito pertinente à época de Descartes: ainda que dotada de maior liberdade de expressão, a sociedade atual é inserida num constante conflito entre o impulso de exercer suas próprias vontades e o anseio de uma repressão futura vindo de forças sobrenaturais. Este caráter barroco, ainda presente atualmente, atribui à oposição de ideias a dificuldade de obter a verdade por essência. Tal oposição é revelada a partir dos diversos caminhos existentes até o verdadeiro, representados na época do autor pelos filósofos que defendiam o entendimento pleno a partir dos sentidos. Hoje, porém, as diversas fontes que transmitem informações e a facilidade em distorcê-las apontam para a permanência da necessidade da contestação. A dúvida constante, não só nos afasta do falso e duvidoso, como também nos auxilia na elaboração dos próprios pensamentos e questionamentos acerca de tal fato, encaminhando-nos a uma concepção individual que nos afasta das outras pré-estabelecidas.
                Como caminho para a verdade, o duvidar nos torna humanos , mas priorizar a dúvida afasta o homem da perfeição. Ora, duvidar revela a fraqueza humana ao conceber o verdadeiro por essência, tornando-nos imperfeitos se comparados àquele que nada duvida por ser naturalmente inerente à verdade original. Somente um ente superior à nossa espécie poderia eliminar a etapa primordial da dúvida como caminho para a verdade. Sob essa ótica, Descartes atribui a Deus a incorporação do “ser perfeito”, aproximando-se novamente do senso comum entre as populações ocidentais.
                Como diferenciação entre a espécie humana e o “ser perfeito”, a frase “Penso, logo existo” não apenas condiciona a existência humana à sua capacidade de pensar, mas também dá destaque ao uso da razão a partir da utilização da mente como constante busca da verdade a fim de estabelecer o ser. Se o duvidar nos torna humanos, o pensar concretiza nossa existência a atribui ao uso da razão o fator principal na incansável busca pela verdade.

Luisa Loures Teixeira - Direito Diurno

A "benção" da ignorância


            Em O Discurso do Método, Descartes aborda o tema da importância da razão para adquirir o conhecimento real, e como esse conhecimento é um essencial formador do caráter, juízo e espirito humano. A importancia de saber diferenciar o correto do enganoso, de aceitar erros e buscar cada vez mais a verdade, tomando como princípio a razão, tornaria a convivência humana mais harmônica.
A habilidade de pensar de forma racional difere a humanidade de animais selvagens, essa é a teoria ampla, mas saindo do plano generalizado e partindo de pontos mais específicos, consegue-se observar que, com a globalização, pensamentos, teoria e ideias são formadas por um pequeno grupo (com amplos poderes econômicos e consequentemente políticos) e disseminados para toda uma população. Essa povo manipulado acredita em sua liberdade de pensar, de agir, de tomar conclusões, quando na verdade, são direcionados para um mesmo fim intelectual.
Desse modo, a busca pela verdade partindo da razão está em desuso em uma sociedade em que a ignorância parte não da consciência de que o conhecimento existente é extremamente amplo para ser estudado em uma vida humana, mas sim da falta de conhecimento em geral.

Micaela Amorim Ferreira

O conceito de dúvida na pós-modernidade


   Duvidar, esse pode ser considerado não apenas um argumento de Descartes na Idade Moderna, mas sim, um conceito contemporâneo que permeia nossa vida. Homens “pós-modernos” de Bauman, questionamos tudo ao nosso redor. O questionamento contemporâneo, contudo, não passa pelo crivo das 4 etapas proposto por Descartes.
    A primeira das peneiras para Descartes é o conhecimento com clareza sobre algo, só a partir de conhecer muito bem um mote poderia se adiantar ao próximo passo e aproximar-se da Verdade Real, fato que, cotidianamente, não nos ocorre: quando, por exemplo, um cidadão menos favorecido nos aborda, viramos às costas ou simplesmente lhes damos um trocado para nos livrar da sua presença incomoda, sem darmos importância nenhuma a sua história de vida ou suas necessidades. Nessa situação fugimos da realidade social que nos é escancarada.
   A segunda constitui em seccionar a dúvida em tantas partes quantas forem necessárias para seu melhor entendimento. Na vida contemporânea, por vezes abordamos fatos por apenas uma óptica, somos “unilateralistas”.
   A terceira constitui em ordenar os pensamentos de forma a começar pelos mais simples, contudo, na ótica “pós-moderna”, nossos pensamentos são tão líquidos e atropelados que não passam por esse ordenamento. Ou, meramente nós achamos tão bastantes para pular os degraus da construção do conhecimento.
   A quarta constitui uma síntese das demais, porém exigi que não sejamos omissos. Mas, a omissão tem sido farta. Política e socialmente temos sidos omissos.
   Descartes julga fundamental para a construção do Espírito do conhecimento um homem que se construa diariamente. Que a partir dos seus próprios questionamentos posso adubar-se e crescer. Porém, a dúvida do jeito que tem afetado a sociedade constitui em um método de ignorar aquilo que não deseja-se acreditar , como as questões ambientais que batem à porta( nunca o aquecimento global foi tão desacreditado).
  O amplo conhecimento construído pela humanidade pode ser descartado se esse não gerar benefícios para nós próprios (humanidade em conjunto). O que se cabe realmente questionar na atualidade é: Se conseguimos mandar seres humanos à lua, por que não conseguimos matar a fome de todos

                                                                                                      “Cogito ergo sum

Por: Tiago Fernando Guedes de Carvalho
       1º Semestre Direito Noturno
                                         Óptica de  Descartes na modernidade                                                        Na obra "Discurso do Método",o autor René Descartes buscou avaliar criticamente a condição racional do ser humano imerso na sociedade. Além disso, o filósofo discorreu sobre a possibilidade de ratificar o existencialismo do homem a partir de tal condição:"penso,logo existo".
        Verifica-se na modernidade a dificuldade do homem em construir ideias e opiniões por meio das próprias avaliações e situações empíricas, assim como Descartes apontou ainda no século XII.Dessa forma na atual conjuntura social esses meios se encontram ultrapassados pela dinamicidade e pelo excesso de informações da vida moderna.
      Segundo o autor,quando um indivíduo deixa de usufruir da própria razão,ele passa fazer uso da verossimilhança com outros pensamentos, os quais podem se distanciar, na essência, da veracidade.Adaptar o discurso alheio às necessidades cotidianas e individuais também é considerado na obra um perigo na medida em que o senso crítico acaba sendo extirpado da condição racional humana.
      A partir disso, pode-se observar diversos exemplos capazes  de mostrar na prática a posse da reflexão de outrem, como a grande influência midiática que é feita na contemporaneidade.Portanto, o frânces Descartes em sua obra já alarmava a sociedade de sua época de um esvaziamento reflexivo e formador de ideias singulares.