Os filósofos se limitaram a
interpretar o mundo de diferentes maneiras; o que importa (agora) é
transformá-lo.
MARX, K. A ideologia alemã. São
Paulo: Hucitec, 1979. P. 111.
Para
tornar mais claro o entendimento sobre o materialismo histórico dialético de
Karl Marx, é necessária a compreensão do ´´monismo hegeliano´´ e as críticas
que Ludwig Feuerbach apresentou sobre o esse conceito filosófico.
Hegel,
por ser um filósofo idealista, afirmava em seus textos que a História se
desenvolvia a partir do espírito do mundo, ou seja, que as ideias predominavam
sobre a realidade. O monismo dialético, portanto, se compreende como: o
espírito absoluto que se manifesta historicamente determinando a realidade.
Feuerbach
modificou e transformou os estudos de Hegel, inventando o conceito de
´´materialismo dialético´´ Para o filósofo, a ideia, a maneira de pensar de uma
população é fruto da História, mostrando que a compreensão de mundo, os preconceitos
individuais são resultados do realismo histórico concreto não qual elas estão
inseridas.
Marx,
outro Filósofo alemão, retoma esse clássico materialismo de Feuerbach criando o
´´materialismo histórico´´ argumentando que a história pode determinar o pensamento
e a consciência de uma população, entretanto ela é uma construção humana e pode
ser modificada.
Marx
afirmava que a história é traçada pelos indivíduos e, por isso, os problemas
sociais também, são criados por elas. Nesse processo, instaura um abismo que
segrega a elite econômica dos pobres alienados e oprimidos. Portanto, apenas os
indivíduos são capazes de mudar essa realidade e consertar as injustiças
sociais dos seres humanos.
Toda
sociedade, independente do tempo e do espaço, é determinado por condições
socioeconômicas e pela maneira de organização dos modos de produção. Desse
modo, os interesse sociais são atrelados a interesses materiais, que,
observando profundamente está ligado com à necessidade de sobrevivência do ser
humano. Por isso, Marx afirma que o trabalho é uma necessidade humana.
Marx
crítica os trabalhos de Hegel, porque defendia que é por meio do trabalho que
os indivíduos transformam o meio natural e o mundo, sendo a realidade,
resultado do trabalho humano diante de uma realidade natural contingente. O
mundo é fruto da natureza modificada pelo trabalho, a realidade se altera,
quando as relações de trabalho e produção sofrem alterações.
Os
indivíduos são responsáveis pela construção da realidade, contudo, seu
pensamento é fruo do contexto histórico em que se encontra. O único obstáculo à
felicidade humana, segundo Marx, apenas sua condição real de vida, que lhe
oprime e impede a sua concretização.
Portanto, para os seres humanos alcançarem a felicidade é necessária à
dedicação para a promoção das alterações socioeconômicas uteis.
O
desenvolvimento da História é marcado por forças de produção e distribuição de
mercadorias, por isso a evolução econômica determina a evolução social, não
qual há divisões entre classes distintas que se fundamentam a partir da
distribuição de mercadorias provocando a uma desigualdade social. Desigualdade,
na qual, leva a exploração trabalhista, que vendem sua força de trabalho para
os donos dos meios de produção que buscam incessantemente o aumento de seus
bens e riquezas.
Para
Marx, não existe sociedade marcada pela propriedade privada que não apresente,
essencialmente, desigualdade e opressão entre as classes sociais. O filósofo
propõe uma sociedade livre dos meios de produção, sendo que até a terra
pertenceria a todos, excluindo a necessidade e a possibilidade exploração de
alguns indivíduos sobre outros.
A
riqueza nessa sociedade seria dividida pela necessidade de cada pessoa, não
havendo avidez por bens que serviria aos indivíduos e as suas respectivas
necessidade e não o contrário e, assim, elas não seria escravas dos bens
materiais.
Arthur
Resende
1º
ano de Direito (Noturno)
Introdução
à Sociologia