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segunda-feira, 2 de maio de 2022

O soneto da louca


Silêncio? Eu não tô ficando louca

Não me cale, eu quero e vou falar

Tire sua mão rude da minha boca

Querem cochichos mas vou gritar


A América minhas armas vendia

A América que dita minha roupa

Ditadura que o Brasil copia

Juro que eu não tô ficando louca


Bata, espanque, me faça de cão

Somem colegas e a esperança 

Te digo: não fico louca não 


Já se foi minha segurança 

Louca louca ditadura

Rouca, cega e surda


Henrique de Carvalho // Direito - Noturno 

O Lado Negro da Força: a Ditadura Militar no Brasil

Pelo fim à injustiça

Pelo fim à agressão   

Contra um governo cheio de cobiça 

Sonhava-se com o fim da repressão   


A história a ser contada 

De uma sociedade há muito reprimida 

Em dor e repressão fundamentada

E marcada como genocida


Um povo cuja proteção sofreu extorsão 

E também prejudicada por legislações atrasadas

Cidadãos acusados de subversão 

Sem justificativas verdadeiramente embasadas 


Prega-se a ordem e o progresso

Enquanto busca-se contornar direitos ditos inerentes 

Da dignidade e integridade humana a ditadura cortou o acesso 

E em nome da segurança nacional, incentivou lideranças prepotentes  


A perspectiva dos mais fortes não é síntese das histórias

O positivismo delimita a visão e manipula os fatos a seu favor 

O direito internacional não se vale apenas de vitórias 

É preciso atentar-se a seus períodos de deslouvor 


Toda moeda tem dois lados

Toda história tem duas perspectivas 

Não há como proporcionar apenas meia liberdade abalada  

Não há como defender um governo sem direitos e propícias iniciativas




Mariana Medeiros Polizelli 

1° semestre de Direito Matutino