Texto base: "O discurso do Método" René Descartes. (Caps. 1, 4 e 6)
A ciência moderna nasce propondo um conhecimento neutro, guiado pela razão e pela experiência, sem carregar juízos de valor e pré-noções. Nesse sentido, Descartes propõe um método científico orientado pela razão para se libertar das superstições, do mágico. Fazia, portanto, uma crítica ao conhecimento sobrenatural.
Descartes acreditava também que todos os conhecimentos que partem da filosofia não podem ser seguros, uma vez que julga a filosofia uma ciência sem bases firmes. Além disso, evitava tomar por conhecimento aquele transmitido pelo hábito.
Descartes acreditava que os cientistas deveriam encontrar maneiras de trazer a ciência para a prática (transformar e dominar a natureza), pois ela poderia ser usada para o bem do homem.
Opunha-se ao conhecimento filosófico porque acredita que a razão supera os sentidos na busca pelo conhecimento. Os filósofos têm pra si que tudo o que existe no entendimento passou primeiramente pelos sentidos.
Para Descartes, a ideia de Deus é a referência para a dimensão real e para o conhecimento (perfeição). Acreditava que só conseguia pensar em algo mais perfeito do que ele porque aquele pensamento fora colocado dentro dele por alguma “natureza perfeita”. Assim, sua ideia de perfeição era dada por Deus.
Seu critério de julgar uma proposição como verdadeira é a clareza de sua exposição, e o caminho para se chegar a essa verdade é a razão.