Em meio a uma sociedade ainda marcadamente religiosa, a qual atribui ao sobrenatural os acontecimentos da vida humana,surge Descartes, com sua obra "O Discurso do Método", na qual o homem que é dotado de razão é capaz de dominar a natureza e transformá-la, tem em si o poder libertador, a chave para buscar a verdade.
O método cartesiano propõe que busquemos o conhecimento em primeiro lugar, que este seja neutro,livre de preconceitos e julgamentos embasados por costumes e hábitos,e que possa ser condizente com a atualidade. Adiante devemos elaborar uma análise, que identifique do mais simples ao mais complexo para que nada seja omitido. A dúvida deve ser constante e incessante assim como os questionamentos e as desconfianças.
A racionalidade proposta na modernidade surge na atualidade com uma nova face: a financeira. Contabilizamos sonhos, projetos, ideais...logo, somos inseridos nesse novo tempo econômico aptos a abandonar os sentimentalismos e incentivados a ter uma abordagem racionalista e científica de nós e de nossa vida.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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sexta-feira, 25 de março de 2011
A marca de Descartes na atualidade
René Descartes foi um dos maiores inauguradores do racionalismo, e não é difícil compreender a sua importância para a ciência e a filosofia: suas obras permitem inúmeras análises e discussões, o que leva os assuntos tratados por ele no "Discurso do Método" a permanecerem atuais até mesmo na nossa caótica sociedade pós-moderna. Descartes procurou propor e descrever um modelo específico para conduzir o pensamento humano na busca da verdade. O segredo para encontrar essa verdade certamente não é ler todos os livros científicos e filosóficos do mundo, pois é possível encontrar fundamentos muito mais verdadeiros nos nossos próprios raciocínios do que no conhecimento tradicional que nos é transmitido por hábito e que nós nem sequer questionamos ou procuramos criticar. Essa falta de reflexão impede que a razão fale mais alto, e dessa maneira surge em nós uma tendência a acreditar cegamente na superioridade da nossa cultura, desprezando e julgando os costumes de outros povos, sem levar em conta o chamado relativismo cultural.
Para evitar esse tipo de engano, além de colocar a razão acima dos sentidos e superstições, devemos utilizar a dúvida como ponto de partida para encontrar verdades sólidas e incontestáveis, tomando como incerto tudo aquilo que não foi provado. É assim que Descartes chega à conclusão "penso, logo existo", fato que comprova a existência do próprio "eu", mas que, por outro lado, pode tornar contraditória sua afirmação de que Deus existe. Entretanto, se somos seres pensantes, quem teria nos dado essa capacidade? Apenas um ser dotado de perfeição poderia ter nos transmitido o que possuímos, e é nisso que o autor se baseia para justificar sua opinião.
Em suma, Descartes foi um inovador no que diz respeito à maneira de pensar da sua época e às questões que levantou, e muito do que ele concluiu se faz útil ao homem contemporâneo, como a ideia de que não se pode compreender tão bem uma coisa como quando nós mesmos a criamos, esforço que nos faz constantemente descobrir novas verdades e, assim, contribuir para o avanço da ciência, chegando muito mais longe do que cada um poderia chegar individualmente. Sem dúvida, ele deixou sua marca na atualidade.
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Descartes,
Discurso do Método
O Método da Racionalidade Proativa
Em busca da superação dos paradigmas sociais e da alienação, Renè Descartes cria um método reflexivo e questionador. Método o qual instiga a procura das verdades através da dúvida, da incerteza de tudo e da não aceitação em relação às ideias pré-estabelecidas pelo senso comum e pela tradição.
O racionalismo cartesiano procura iluminar a obscuridade da mesmíssie estéril e chamar a atenção das pessoas para que deixem a passividade em prol da proatividade.
Além do destaque dado à busca das verdades pela razão (pertencente à todos), em "O Discurso do Método", Descartes encontra Deus através apenas da reflexão lógica e racional. É admirável essa fusão feita entre elementos considerados tão distintos e a forma como o filósofo deixa inquestionável a existência desse ser perfeito, ministrador das leis da natureza. Desvinculado de qualquer religião ou explicação sobrenatural, Deus toma a forma do grande detentor das verdades e torna-se mais palpável e presente.
Em suma, ler Descartes é perceber a notoriedade do pensar, a importância de seu uso adequado para não somente existirmos (pela máxima "Penso, logo existo") mas utilizarmos de nossas vidas e nossa capacidade racional para atuar, interferir, agir e transformar o meio em que vivemos, passando assim de meros alheios à verdadeiros efetuadores.
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A análise da sociedade como um todo
Nascido em 1596 , em Estocolmo ( Suécia) o " fundador da filosofia moderna " , ou melhor , René Descartes é conhecido por sua obra de grande influência no pré-Iluminismo a qual perdura até hoje. Uma delas a ser debatida é o Discurso do Método.
A análise do homem em um período de transição tanto política quanto econômica ( além de ideológica ) se deve em princípio pela decepção com as concepções tradicionais , isto é , com a Escolástica; além disso à soberania e dogmatização da Igreja perante ao conhecimento alienou em grande proporção o "ser social " ( o que perdura até hoje , porém de forma camuflada ).
Um outro tópico a ser destacado é a fragmentação do conhecimento para a formação de uma ciência sólida e cumulativa , sendo esta hierárquica. Um edifício sem pilares fortes e uma boa base não pode ser construído. Da mesma forma a ciência. Usando a mesma analogia , quem seria , então , O arquiteto da Ciência ? Para ele é Deus . Retrocedendo ... Aristóteles usa uma teoria semelhante : A do primeiro motor Imóvel chamado de Deus.
Além disso , seria necessário criar um domínio sobre todas as coisas : usando a natureza a nosso favor; criticando o conhecimento " sobrenatural";desconfiando do conhecimento transmitido pelo hábito; e usufruindo da dúvida como princípio fundamental do método científico.
Em síntese o método divide-se em :verificar ; analisar; sintetizar ; enumerar.
Renatus cartesius também o " pai da matemática moderna " ,em seu plano cartesiano , diz que podemos " sintetizar " a sociedade no aspecto " vertical " e "horizontal".
Portanto , atualmente, pensar significa existir ou é necessário algo mais ? Basta ser ou é necessário TER? Quem detém do conhecimento está no poder ? Ou é excluído dele ( como outros filósofos: Galileu Galilei e Giordanno Bruno )? O aspecto vertical e horizontal bastam para analisar a sociedade ? Apesar de contribuir com a sociedade , os porquês permanecerem e pelo visto permanecerão.
A análise do homem em um período de transição tanto política quanto econômica ( além de ideológica ) se deve em princípio pela decepção com as concepções tradicionais , isto é , com a Escolástica; além disso à soberania e dogmatização da Igreja perante ao conhecimento alienou em grande proporção o "ser social " ( o que perdura até hoje , porém de forma camuflada ).
Um outro tópico a ser destacado é a fragmentação do conhecimento para a formação de uma ciência sólida e cumulativa , sendo esta hierárquica. Um edifício sem pilares fortes e uma boa base não pode ser construído. Da mesma forma a ciência. Usando a mesma analogia , quem seria , então , O arquiteto da Ciência ? Para ele é Deus . Retrocedendo ... Aristóteles usa uma teoria semelhante : A do primeiro motor Imóvel chamado de Deus.
Além disso , seria necessário criar um domínio sobre todas as coisas : usando a natureza a nosso favor; criticando o conhecimento " sobrenatural";desconfiando do conhecimento transmitido pelo hábito; e usufruindo da dúvida como princípio fundamental do método científico.
Em síntese o método divide-se em :verificar ; analisar; sintetizar ; enumerar.
Renatus cartesius também o " pai da matemática moderna " ,em seu plano cartesiano , diz que podemos " sintetizar " a sociedade no aspecto " vertical " e "horizontal".
Portanto , atualmente, pensar significa existir ou é necessário algo mais ? Basta ser ou é necessário TER? Quem detém do conhecimento está no poder ? Ou é excluído dele ( como outros filósofos: Galileu Galilei e Giordanno Bruno )? O aspecto vertical e horizontal bastam para analisar a sociedade ? Apesar de contribuir com a sociedade , os porquês permanecerem e pelo visto permanecerão.
Honremos,pois,nossa existência!
Rotinas estafantes,refeições cada vez mais rápidas e menos saudáveis,relações puramente superficiais,personalidade descartável. O ar, já não mais puro, carrega também consigo o odor de nossos valores morais em estado avançado de decomposição. São os tempos pós modernos, que trazem conforto, praticidade, grandes descobertas e nos roubam de nós mesmos quando aniquilam nossos desejos,ofuscam nossa identidade,transformando-nos em simples números,senhas e códigos.
Aos poucos,somos atados e não usufruímos de nosso bem mais precioso: a capacidade de pensar, questionar, duvidar que trouxe a humanidade até aqui. Acomodados, aceitamos prontamente as injustiças,incoerências,desigualdades como se fossem nossas companheiras de quarto.Nada falamos nem protestamos.Descartes certamente colocaria em discussão a verdadeira existência nos dias de hoje, já que nossa atitude e postura contrariam concretamente o princípio tão célebre de sua filosofia:"penso,logo existo". Então realmente existimos?
Confiamos cegamente em nossos sentidos,não enxergamos o que está implícito. Achamo-nos superiores, altamente capazes e não somos humildes em reconhecer que só poderíamos dispor de tão grande dádiva (raciocinar,pensar) porque temos como essência a perfeição das coisas: Deus.
Afinal, muitos se escondem em tais concepções:"Pensar e questionar com que finalidade?Temos máquinas capazes de calcular, pesquisar e corrigir erros;programas de televisão que constroem opiniões,conceitos e 'informam' ". Libertemo-nos dessa mentalidade restrita e medíocre que as propagandas e meios ao nosso redor nos fazem comprar. Honremos,pois,nossa existência!!!
Aos poucos,somos atados e não usufruímos de nosso bem mais precioso: a capacidade de pensar, questionar, duvidar que trouxe a humanidade até aqui. Acomodados, aceitamos prontamente as injustiças,incoerências,desigualdades como se fossem nossas companheiras de quarto.Nada falamos nem protestamos.Descartes certamente colocaria em discussão a verdadeira existência nos dias de hoje, já que nossa atitude e postura contrariam concretamente o princípio tão célebre de sua filosofia:"penso,logo existo". Então realmente existimos?
Confiamos cegamente em nossos sentidos,não enxergamos o que está implícito. Achamo-nos superiores, altamente capazes e não somos humildes em reconhecer que só poderíamos dispor de tão grande dádiva (raciocinar,pensar) porque temos como essência a perfeição das coisas: Deus.
Afinal, muitos se escondem em tais concepções:"Pensar e questionar com que finalidade?Temos máquinas capazes de calcular, pesquisar e corrigir erros;programas de televisão que constroem opiniões,conceitos e 'informam' ". Libertemo-nos dessa mentalidade restrita e medíocre que as propagandas e meios ao nosso redor nos fazem comprar. Honremos,pois,nossa existência!!!
Engajamento Social e Racionalismo
No texto de Descartes, "Discurso do Método", ressalto duas passagens. A primeira diz respeito á defesa de conhecimentos práticos que surtem efeito na sociedade em detrimento de conhecimentos teóricos que se estacionam no campo das especulações. Ao tomar tal posição, o autor considera a filosofia tradicional estéril, isto é, incapaz de produzir frutos (leia-se resultado, solução, progresso) á vida social. Ele também afirma que tal filosofia é valorizada pelos pensadores, porque lhes traz prestígio e envaidecimento. Nota-se, portanto, nessa passagem, o engajamento social do autor.
O outro ponto que pretendo destacar é a possível contradição que há entre a procura de explicações racionais por meio de questionamentos e a defesa da existência de Deus (um ser perfeito, criador supremo). Essas duas propostas podem ser consideradas conflitantes, uma vez que, para muitos, a figura divina é subjetiva e, portanto, não pode ser explicada racional e objetivamente. No entanto, se analisado com cuidado, percebe-se que Descartes consegue comprovar racionalmente a existência de Deus por meio das leis da natureza (suas criações perfeitas), ou seja, ele justifica a existência do criador através da criatura. Logo, reafirma-se, nesse momento do texto, o racionalismo de Descartes.
O outro ponto que pretendo destacar é a possível contradição que há entre a procura de explicações racionais por meio de questionamentos e a defesa da existência de Deus (um ser perfeito, criador supremo). Essas duas propostas podem ser consideradas conflitantes, uma vez que, para muitos, a figura divina é subjetiva e, portanto, não pode ser explicada racional e objetivamente. No entanto, se analisado com cuidado, percebe-se que Descartes consegue comprovar racionalmente a existência de Deus por meio das leis da natureza (suas criações perfeitas), ou seja, ele justifica a existência do criador através da criatura. Logo, reafirma-se, nesse momento do texto, o racionalismo de Descartes.
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