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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Clube da Luta e desobediência


Instituicoes sociais moldam o comportamento de indivíduos e garantem que certos aspectos fundamentais de determinado grupo sejam cumpridos. O casamento, a religiao, o mercado de trabalho (do modo como é organizado) e as próprias relacoes entre pessoas sao norteadas por instituicoes sociais e por uma consciência coletiva, que muitas vezes nao representa a soma das vontades e anseios individuais, mas simplesmente norteia ritos e garante que padroes de comportamento sejam seguidos. Porém, dentro de tais instituicoes e consciência coletiva que reprimem vontades e comportamentos individuias, está implícita a possibilidade da desobediência como fator libertador e criativo (criativo uma vez que esta desobediência é singular). Exemplo disso pode ser encontrado no filme Clube da Luta, no qual o protagonista se rebela contra padroes e espectativas socias que o reprimiam. Tal rebeliao se inicia em âmbito psicológico e parte para o campo prático quando aquele organiza um grupo, que tem em comum a repressao, a insatisfacao e a vontade de destruicao da ordem vigente. Porém, o novo grupo possui também regras em si, que organizam o coletivo, e novamente existe a possibilidade da desobediência dessas regras, uma vez que a primeira dessas regras é “nao falar sobre o clube da luta”. Nao obstante o movimento cresce gracas a sua divulgacao informal e à desobediência da primeira regra. Assim, a possibilidade da desobediência pode, nessa medida, ser vista como um importante fator criador, uma vez que simboliza a alternativa a um padrao (estagnado ou nao) social. 


O objeto da sociologia segundo Durkheim

Ao advocar o fato social, forma de indução definida por sua coercitividade, generalidade e exterioridade, como o grande objeto de estudo da sociologia, Emilé Durkehim opta por ver a sociedade sob uma óptica determinista, sem, entretancoto, recorrer a fatores histório e/ou geográficos. Para o sociólogo, não é nem a a força maior de Hobbes nem a facultatividade da coerção em Spencer que definem uma dada socieade, mas as instituiçõs e práticas sociais gerados a partir de causas eficientes dentro daquele dado grupo.

Assim, cada fato social há de ser, antes uma instituição ansiada por uma dada consciência coletiva, uma prática necessária ao estabelecimento da harmonia geral dentro do organismo social; o fenômeno social visa a manutenção da causa do qual deriva, não havendo necessidade de que seja intencional ou sequer responda a soma das vontades individuais dentro de uma sociedade, que diferem da consciência coletiva.

Não obstante, a individualidade coletiva diverge em natureza e conteúdo das disposições individuais, suplantando-as pelo processo coercitivo. É o meio social interno e não a psique humana que condicionam o funcionamento da vida social. Esse meio, por sua vez, é definido pela densidade dinâmica, os vínculos morais comuns à consciência coletiva, e pela densidade material, o volume populacional numa dada região e a interconectividade entre diversos espaços geográficos que dividem uma "vida comum", que define as causas eficientes.

Portanto, como os fatos sociais estão sujeitos a necessidades dinâmicas, fluídas ao longo do tempo, não se pode, segundo Durkheim, explicar a sociedade pelo historicismo, pois cada sociedade é reflexo próprio e não de seu antecedente direto.


Yuri Rios Casseb
Durkheim, em seu texto, defende que a explicação dos fenômenos sociais são internas a cada sociedade específica, e não têm sua explicação na história, para ele "as etapas que a humanidade percorre sucessivamente não engendram umas nas outras".
Ele descarta a teoria que diz que os fenômenos sociais podem ser justificados pela história, já que ele acredita que cada fenômeno possui causas internas em cada sociedade.
Com isso Durkheim vai contra ao que aprendemos nas escolas, que nos ensina que o estado antecedente produz sim o consequente, e que para compreendermos nosso presente é necessário entender o passado, já que este seria a causa de tudo que acontece naquele.
Se o modo de entender o fato social de Durkheim fosse unânime, talvez o ensino de História nas escolas fosse inutilizado, o que seria de grande prejuízo aos estudantes, já que essa matéria é sim essencial ao entendimento da sociedade contemporânea, e ver o estado atual como tendo apenas uma relação cronológica com o anterior é um erro, já que a história não deve ser vista como fatos isolados, mas sim como um todo.

A consciência coletiva é mutável



Durkheim já dizia que a soma das consciências individuais não origina uma consciência coletiva. Dessa forma o indivíduo para estar inserido na sociedade deve deixar a sua consciência individual e aderir a coletiva, um fato que reflete isso é a omissão da opinião de muitas pessoas quanto a união homoafetiva, a sociedade, hoje, prega a aceitação, prega a igualdade entre todos indiferente de sua opção sexual, o indivíduo para não ser olhado de maneira diferente, hoje, deve aceitar a união homoafetiva, inclusive há leis que protegem os gays, o que há anos atrás seria impensável algo desse tipo já que se vivia em uma sociedade conservadora e o normal seria não aceitar os relacionamentos homossexuais, ou seja a norma moral acaba se tornando também a norma jurídica. Com o passar dos anos o fato social vai mudando, dessa mesma forma ocorre com a consciência coletiva, entretanto a sociedade adquire uma mentalidade tão aberta em certos aspectos, como a aceitação dos relacionamentos gays, e tão quadrada em outros.
Muito se fala hoje sobre a questão do bullying, porém ele já existia antes de ser chamado de bullying, antes de ganhar a mídia, antigamente já existiam padrões a serem seguidos, assim como em qualquer outro momento histórico, aqueles que não faziam, que não aceitavam as regras do coletivo eram deixados de lado e punidos, a massa,então,  os reprimia, tentava molda-los novamente aos padrões considerados normais. Estar de acordo com os padrões estabelecidos é o importante, é o que faz do ser humano estar inserido, mais do que nunca hoje, em uma determinada sociedade e esses padrões podem ser desde pequenos fatos a grandes fatos sociais, desde o fato de a estranheza a alguém que não tem um facebook, ou não viva o mundo virtual a questão da aceitação dos relacionamentos homossexuais.
Os padrões coletivos irão mudar de sociedade para sociedade, para os islâmicos uma mulher ser apedrejada por ser  acusada de infidelidade é normal, os islâmicos que queriam o apedrejamento dela devem ser aceitos porque a realidade deles, os padrões estabelecidos nessa sociedade dizem que ela deve ser sim apedrejada enquanto que no ocidente isso jamais seria considerado normal já que não condiz com os padrões aqui estabelecidos, não é possível a criação de uma cultura universal, de uma aceitação de padrões universais, sempre existirão sociedades mais iguais e menos iguais, sociedades que negarão uma as outras que estarão sempre entrando em choque, pois cada sociedade tem uma história de estabelecimento de padrões diferentes uma das outras.

Sociedade, crime e realidade

           Émile Durkheim acredita que nas sociedades as pessoas não podem ser compreendidas individualmente, mas devem ser analisadas em sua totalidade, isto é, como um organismo social. Assim sendo não devemos usar o tempo para tentar compreender a personalidade do indivíduo, como temos algumas carreiras especialistas nisto como a psicologia e a psiquiatria, todavia deveríamos, segundo a concepção durkheimiana, buscar ter uma visão global da sociedade.          


Para Durkheim as práticas sociais surgem de necessidades vinculadas ao ordenamento geral do organismo social e não do nada, “pois somente o desejo de vê-las existirem não teria a virtude de tirá-las do nada”  (DURKHEIM,  pg 96), ou seja, para o sociólogo as práticas sociais seriam advindas de causas eficientes.
O sociólogo também versa sobre a função do fenômeno social, que seria a manutenção da causa. Exemplificando temos o crime e sua punição, ou seja, há a necessidade social do crime para fazer com que as pessoas fiquem com medo de serem punidas. O que nos faz pensar que em países como o Brasil, onde a impunidade reina, o crime deixe de ser um fato social simplesmente e passa a ser uma grande mazela social, não só pelos efeitos diretos causados, entretanto pelos indiretos deixando a mensagem de que aqui é “terra sem lei”.
Outro pensador chamado Spencer crê que organização social é inata ao indivíduo, mas Durkheim tem uma opinião divergente. De acordo com o sociólogo, a organização social emana da realidade.

No texto de Durkheim, ele afirma que instituições ou práticas sociais surgem de "causas eficientes", ou seja, não basta um  querer individual para que algo aconteça, pois um fenômeno só acontecerá se houver implicações internas. Ele cita como exemplo o trabalho, e fala que este é resultado de engendramentos intrínsecos à complexidade técnica e social, exigindo modificações do comportamento coletivo, como ocorre na solidariedade orgânica, em que o indivíduo se encaixa na produção e na divisão do trabalho, que para funcionar bem, deve ser praticado com harmonia e não conflitos, segundo Durkheim.
Outra afirmação feita, é que a sociedade não é formada pela soma de consciências individuais, mas sim de uma consciência coletiva, e que ainda os fenômenos sociais estão sempre vinculados a vida social, ou seja, a explicação de um fato social está presente sempre em outro, de modo a perceber que o comportamento da sociedade, em geral, exerce uma influência e não o individual.
Durkheim explica que o ser social é composto pela densidade dinâmica que são os vínculos morais, e os padrões de conduta, e pela densidade material que é definida pela possibilidade de relação de um volume de indivíduos em um mesmo espaço.
Em conclusão, percebe-se que o ser social é muito importante, e que o papel da sociedade se sobrepõe ao individuo, de modo que são as atitudes de uma sociedade que explicam um fato social.

Durkheim e a Coerção

      Para Durkheim o fato social é distinguido por três características básicas: “ Coerção Social “ ; fatores “ exteriores ao indivíduo”; “generalidade”.
     O comportamento desviante num grupo social pode não ter penalidade prevista por lei, mas o grupo pode espontaneamente reagir castigando quem se comporta de forma discordante em relação a determinados valores e princípios. A reação negativa da sociedade a certa atitude ou comportamento é, muitas vezes, mais intimidadora do que lei.
     É social todo fato que é geral, que se repete em todos os indivíduos ou, pelo menos, na maioria deles; que ocorre em distintas sociedades, em um determinado momento ou ao longo do tempo. Por generalidade, os acontecimentos manifestam sua natureza coletiva, sejam eles os costumes, os sentimentos comuns ao grupo, as crenças ou os valores. Formas de habitação, sistemas de comunicação e a moral existente numa sociedade apresentam essa generalidade.
     Predominava em sociedades pré-capitalistas, onde os indivíduos se identificavam por meio da família, da religião, da tradição e dos costumes, permanecendo em geral independentes e autônomos em relação à divisão social do trabalho. A consciência coletiva exerce aqui todo seu poder de coerção sobre os indivíduos. 
     É típico da sociedade capitalista, em que, pela acelerada divisão do trabalho social, os indivíduos se tornavam inter-dependentes. Essa inter-dependência garante a união social, em lugar dos costumes e das tradições ou das relações sociais estreitas, como ocorre nas sociedades contemporâneas. Nas sociedades capitalistas, a consciência coletiva se afrouxa, ao mesmo tempo em que os indivíduos tornam-se mutuamente dependentes, cada qual se especializa numa atividade e tende a desenvolver maior autonomia pessoal.


Arthur Gouveia Marchesi
Obscuridade dos pensamentos
Em sua obra Durkheim enfatiza a ideia de que a soma dos comportamentos individuais é diferente do comportamento coletivo como um todo. Essa ideia é um pouco confusa, pois se pensarmos que para Durkheim, a sociedade molda os comportamentos, os sentimentos, então todos seres humanos deveriam, em tese terem os mesmos comportamentos.
O que realmente acontece, é que deve-se agir de determinada forma quando se está em conjunto, comportamentos que deveremos adquirir seguindo o comportamento coletivo institucionalizado. Entretanto, quando um ser se encontra em sua casa, pensativo, seus comportamentos mudam. Agora ele pode agir conforme acha correto, ou nos valores em que realmente acredita. Um grande exemplo dessa ideia, é a manutenção do racismo. O significado da palavra, olhando-se no dicionário é o seguinte: Doutrina que sustenta a superioridade de raças; Preconceito ou discriminação em relação a indivíduos considerados de outras raças. No Brasil, o racismo é considerado crime, mas não existem tantos decretos de prisão relacionados a esse crime, seria porque o problema não existe mais? Na verdade não é bem assim, esse crime é poucas vezes expresso, ele acontece no imaginário das pessoas, elas cultivam o desprezo por outras raças, estereotipam, chegam até a agredir, só que tudo isso mentalmente. Isso é um tanto quanto bizarro, as pessoas nunca são o que aparentam ser, nem quando se é amigo delas, cada uma possui sua própria mente, onde alguns pensamentos até mesmo obscuros são encontrados, como se a pessoa tivesse duas mentes: a individual e a social, uma aberta para se enxergar e a outra fechada.
Talvez a ideia de problemas psicológicos também seja interessante: pessoas que as vezes possuem distúrbios psicológicos parecem seres sociais normais, agem como todos devem agir, entretanto em sua mente, não é bem assim que acontece.


Essa imagem, retirada do filme “O iluminado” de Stanley Kubrick representa bem essa ideia: o protagonista do filme, Jack, quando morador de uma cidade, tendo uma vida em sociedade, nada fazia a sua mulher e ao filho, pelo menos não de forma descarada, já chegou a quebrar o braço do filho, mas dizia que não fez de propósito, entretanto, quando se mudaram para um hotel vazio, que deveriam cuidar nos meses em que era coberto por  neve, Jack passa a demonstrar seus pensamentos obscuros, o ódio pela mulher e o desejo pela morte dela e do filho, longe da sociedade, longe de ser julgado, ele se abre, sua mente individual toma conta da mente social, ele segue apenas sua consciência individual. 







De acordo com Durkheim, a sociedade segue uma lógica de coerção interna do Estado. Esta serviria como uma forma de manter a estrutura social harmoniosa. Com isso, sabemos que o indivíduo dessa sociedade deveria abrir mão de parte de sua liberdade individual para seguir os hábitos de uma coletividade, desempenhando, desse modo, o seu papel dentro da mesma.

Diante disso, percebemos o quão perturbado torna-se o indivíduo que tenta se guiar pelas suas vontades individuais e, consequentemente, aos poucos, passa a deixar de pertencer a um determinado grupo. Por exemplo, se pensarmos nos casos de adolescentes que, por motivos nem sempre claros, tomaram a decisão de realizar um assassinato em massa, como aconteceu em Realengo, podemos dizer que tal fato é, na verdade, uma ação coletiva, pois foi fruto de uma não adaptação do indivíduo em um meio social. Nesse caso, após o massacre, o rapaz comete, ainda, suicídio – que podemos entender como uma maneira de fugir da sua realidade, na qual não se sentia inserido na sociedade.

O padrão de vida da família de classe média no Brasil é muito claro: você deve estudar, conseguir o ingresso em uma boa universidade, preferencialmente pública, conseguir um bom emprego,  casar-se e constituir família. Caso você não siga uma das etapas, passa a ser cada vez mais cobrado pela família e pela sociedade, como acontece com os jovens que não querem estudar ou que não conseguem passar no vestibular ou com os adultos que atingem uma determinada idade sem se casar.

É necessário, então, que haja um equilíbrio entre os hábitos individuais e os hábitos da coletividade, pois, ao mesmo tempo em que devemos seguir determinados padrões sociais para que haja uma harmonia na sociedade, é essencial mantermos a nossa individualidade e garantirmos o respeito pelos outros membros da sociedade.




Ao afirmar princípios altamente deterministas como o do corpo social que coage os indivíduos a agirem sob determinados princípios e a profunda ligação entre o exercício de funções e a solidariedade, Durkheim abre a possibilidade de várias interpretações. Ambos os princípios podem servir como legitimação do simples exercício de poder arbitrário e exploratório do capitalismo atual. E ao mesmo tempo, como possibilitadores de uma releitura da maneira como devem funcionar os sistemas de controle e formação da sociedade. É importante que Durkheim seja lido de agora para o futuro, que as idéias defendidas por este, e que estão tão evidentes na sociedade, sirvam para que as instituições adquiram um caráter realmente mais formador e preventivo, e menos coercitivo e repressivo. Pois é evidente que as instituições como se encontram atualmente não estão sendo capazes de suprir a demanda social como esperado. Talvez o ditado popular “O melhor remédio é a prevenção” também seja valido para o Corpo Social.

A censura humana: somos quem queremos ser?




Durkheim, na continuação de sua obra, fala sobre a ideia de consciência coletiva. Isso quer dizer simplesmente que a vontade do indivíduo é colocada como inferior, em prol de uma unidade, de um comportamento padrão que todos estamos sendo ensinados – ou estaríamos sendo, inconscientemente, obrigados? – a seguir.
Trazendo tal pensamento acerca da consciência coletiva à nossa realidade, é inevitável nos lembrarmos dos meios de comunicação em massa e, em especial, das redes sociais. Afinal, o que são os meios de comunicação em massa (e suas “recentes” adaptações para obter uma aproximação do público – sim, estou me referindo aos realities shows e participações populares nos programas televisivos) senão um método de padronizar o comportamento e até o pensamento – que brilhante senso crítico nós possuímos! - das pessoas? O que seria a crítica à “orkutização” do Facebook senão a reprova a determinados atos nessa “nova sociedade”?
Ao lado do pensamento inicial, nota-se ainda que, como é o indivíduo que se habitua, se molda de acordo com a sociedade, a consciência coletiva não é, necessariamente, o conjunto das consciências individuais. Assim, por exemplo, por mais que a consciência coletiva já tenha se transformado e esteja caminhando para a aceitação total da relação e até da união estável entre homossexuais, essa ainda não é uma voz uníssona em toda a sociedade, que ainda tem alguns preconceitos, influenciados pela educação mais tradicional recebida anteriormente.
O fato é que somos todos peças, engrenagens, órgãos, partes integrantes de um todo. Devemos “funcionar”, pensando na coletividade, para que não prejudiquemos o restante do sistema. É nesse ponto que a solidariedade, que, para Durkheim, é o próprio altruísmo, aparece como inibição ao individualismo. Individualismo, esse, que “danificaria” o sistema padrão, e que está extremamente presente na sociedade capitalista – e selvagem - em que vivemos.
            Assim, diante do contato com a obra de Durkheim, e com essas ideias impactantes de que não somos totalmente conscientes e responsáveis por nossos atos ou ainda que somos instruídos a seguir um modelo vigente e que, para isso, abdicamos de nossas próprias vontades, é que fica a grande curiosidade: como agiríamos sem toda essa coerção? Como agiríamos se seguíssemos a nossa vontade individual? Como agiríamos se ninguém pudesse nos ver?






Individualismo vs. Durkheim


 Durkheim, autor do texto em análise, aborda o tema do coletivismo dentro do âmbito sociológico. Segundo ele o individualismo é exprimido para que a força do conjunto comum (fato social) tome lugar. Seu método é eficaz e funciona até os dias de hoje.
  Por mais que se tente fugir, toda instituição possui seus métodos e força coerciva para que se exerça a pressão suficiente capaz de continuar ativa. Mesmo o grupo mais distante dos padrões chamados de "normais" possuí suas próprias regras de conduta, excluindo aqueles que querer se individualizar entre os membros que se intitulam "diferenciados".
  Ao abrirmos mão de certas vantagens naturais entre homens, como a força de uns e a coragem de outros, estamos caminhando em direção ao que Durkheim chama de solidariedade. Essa que segundo o autor possibilita o convívio e a socialização do homem.
  Com a evolução desse convívio, surgem as instituições, como a família, igreja, polícia, etc. Estas que no entanto, mantiveram-se devido á mutação não de seus rituais, mas sim de seu significado para o publico da época, adquirindo diferentes conotações ao longo da história. Essa capacidade dos pilares fundamentais do fato social mudarem mostra a importância que o coletivo apresenta sobre o individual mais uma vez.
   É curioso de se pensar que, ao contrario da química, por exemplo, onde um conjunto de partículas magnetizadas irá resultar num corpo certamente magnetizado, na sociologia, a individualidade de opinião e pensamento não reflete necessariamente numa sociedade de acordo com a linha de cada membro, mesmo em casos majoritários. Um exemplo atual é a reflexão sobre a homossexualidade. Diversos homens pensam de maneira conservadora e até mesmo preconceituosa a cerca da união entre homossexuais. No entanto perante a opinião publica e "midialógica" a sociedade tende a aceitar essa união, como se esse pensamento fosse tomado por uma outra entidade, uma nuvem superior ao individual, mesmo que pautada nos indivíduos em sí como base.
   A conclusão que chego é, por mais coro que o individualismo tenha ganhado e por mais propaganda de produtos supérfluos dizendo que você é único em suas atitudes, você pouco controla suas ações dentro do grupo social, mesmo nos dias de hoje. Nós somos um reflexo daquilo que o todo passa, no momento conjunto de tempo e espaço. A corrente é maior que a marca de roupa ou pensamento que você use para se diferenciar. Chorem o quanto for, mas nosso individualismo é pouco ativo, mesmo com toda a liberdade que nos foi prometida.
 

ID

Hobbes, já no século XVII, afirmava que “homo homini lupus”, ou seja, o homem é o lobo do homem e, somente por um contrato social, poderia viver em paz com os outros. Assim, antes da sociedade, não haveria uma compaixão pelo próximo.
Durkheim, em seu texto “As regras do método sociológico”, afirma também que o amor paterno e filial, por exemplo, não são inatos ao Homem, surgindo de uma necessidade social. Assim, antes da sociedade, o ser humano seria como todos os outros animais.
Do contrário, não haveria necessidade da existência de diversas instituições, como a família, a igreja e a escola, que, ao longo de nossas vidas, nos ensinam como agir em sociedade, a não causar mal ao próximo etc.
O Homem traz em si um instinto de sobrevivência inerente a todos os outros animais, renegando esse impulso devido à consciência coletiva que, não diferente dos animais, também possui uma pulsão de sobrevivência.
Dessa forma, não passamos de marionetes, pois o social, em prol de sua perpetuação, suprime os impulsos do indivíduo e manipula sua consciência, lançando mão das instituições para lhe fazer uma “lavagem cerebral”. 


A partir do momento em que nascemos, somos inseridos na sociedade e em todo o seu esquema de funcionamento. Não porque escolhemos, ou porque seja algo que pode nos fazer bem, mas porque não devemos fugir do padrão. 
Desde os primeiros anos de vida, as crianças são forçadas a comer e dormir em horários regulares, a serem obedientes, a respeitarem o próximo, a seguirem regras e a não agirem de acordo com suas vontades individuais. Por muitas vezes as crianças são repreendidas pelo seu "excesso" de sinceridade, o que deveria ser considerado algo bom, se não ferisse outras pessoas e não mexesse com a ordem "natural" da sociedade.
Conforme crescemos, assimilamos os hábitos, os costumes, a moral, enfim, toda forma de lei não escrita que influencia a convivência do "grupo", pois sabemos que se assim não o fizermos, estaremos às margens da sociedade.
É o que Émile Durkheim afirma no capítulo V de seu livro "As regras do método sociológico". Os indivíduos, para ele, devem ser "solidários", no sentido de abrir mão dos desejos individuais para um bem coletivo. É como se cada um de nós fosse uma pecinha de uma máquina. Se alguma peça falha ou resolve cumprir outra função senão a sua, ela estará condenada a ser substituida em prol do funcionamento do todo.
E Durkheim acertou mais uma vez. Não podemos ser diferentes, não podemos discordar da maioria e muito menos discordar dos "superiores" a nós. Devemos  buscar nosso quase insignificante espacinho na máquina, procurando não falhar e não fugir do caminho, e nada além disso. O que é uma pena.
                      O conjunto das densidades, nos leva ao equilíbrio dinâmico.


Para  Émile Durkheim, a sociedade é regida pelos fatos sociais que não necessariamente se encontram atreladas às necessidades imediatas, pois estes fenômenos podem surgir de um acúmulo de tensões sociais, ou como o próprio autor relata, as ''causas eficientes''. Instituições como a Igreja ou até o Estado, podem sofrer mudanças no que diz respeito às funções executadas perante e a sociedade, todavia sua imagem permanece intacta. Este é um mecanismo que as instituições sociais utilizam para se adequar e atender aos anseios da população, um meio muito comum nas sociedades atuais.

O grande ator dos fatos sociais, é a consciência coletiva; grandes fenômenos sociais como a Revolução Francesa e a Queda do Muro de Berlim, surgiram da conscientização total do grupo, que abriram mão de interesses individuais em prol de um bem maior e comum a todos os cidadãos. É claro que tudo isso depende do momento histórico em que se está inserido e, principalmente do meio social interno, de onde se originam todos os processos sociais que podem causar grande repercussão ou não.

O grande fator que influencia e modifica o meio social é o conjunto das densidades, a dinâmica e a material. A densidade dinâmica se define pela padronização de uma conduta comum a todos integrantes da sociedade, contribuindo assim para igualdade do meio social. Já a densidade material, trata das pessoas, responsáveis por cada vez mais emergirem metrópoles e aumentar o fluxo econômico, técnico e informacional do país.

Observamos então, a transferência destas características gerais para o meio social particular da vida das pessoas, alguns podem chamar de alienação, porém penso que isto pode ser chamado de equilíbrio dinâmico da sociedade, onde todos os fatos estão interconectados e todos somos responsáveis pelas transformações e mudanças que os fatos sociais nos trarão no futuro.

Vítor Augusto Momma Portioli 



Bullying, um caminho para a coerção

  Ao prestarmos um pouco de atenção na sociedade, em suas situações corriqueiras, por exemplo, percebe-se um alto nível de estratificação, não só financeira, mas também ideológica. É justamente esse acamamento social que leva a interação social que, por sua vez, forma pré-conceitos. Dependendo do número de adeptos a estes, pode-se impelir ao esquecimento composições sociais e culturais autênticas. O pensamento coletivo coerindo o comportamento individual sintetiza o pensamento durkheimiano sobre o fato social, sendo este formado de pré-conceito que não vislumbram o bem comum.
      O Bullying é uma ferramenta de manutenção da coerção social, ao passo que impõe as determinações sociais àqueles que não se encaixam ou fogem às normas comuns. As pessoas que são submetidas a está ferramenta são vistas como disformes e a sociedade tratará de remodelá-la e assim reinserira ao meio comum.
      Jovens em geral são que sofrem com essa ferramenta, muitas vezes por mais que se queira chegar ao padrão, por maior que seja o sofrimento de ser uma vítima do bullying o jovem não consegue se moldar. O jovem sob pressão coletiva acaba não se aceitando e pode acaba encontrando como única saída o suicido. Essa fuga é inerente ao fato social, apontando-o como um grande fator de sofrimento humano. Mas afinal, seria a vida humana menos importante que a manutenção dos padrões sociais?

No Caminho da Alienação

Segundo Émile Durkheim, todas as sociedades funcionam por meio de uma mesma coesão interna, cuja finalidade é o cumprimento de determinadas funções sociais. A coesão é mantida por meio de punições como uma resposta do conjunto social, pois transgressões não são toleradas. Diante de uma certa ameaça à coesão interna o grupo deve encontrar e punir aquele indivíduo que a causou. Isso é permitido dentro de uma sociedade, porque os instintos individuais são apagados com a ajuda de determinadas instituições sociais.
Tais instituições surgem não como uma vontade individual, mas como vontade do corpo social para manter o equilíbrio do sistema. Como exemplo dessas instituições: a família, a escola, o trabalho, o Direito. O simples sentimento individual de não estar inserido em algumas dessas instituições gera um sentimento de angústia no indivíduo.
Analisamos o casamento como forma de reprodução da sociedade. A grande maioria das pessoas considera-o como uma forma de garantia do equilíbrio social, na medida em que une indivíduos de sexos opostos e possibilita a perpetuação da raça humana na Terra gerando descendentes. Contudo atualmente, tem-se encontrado alguns tribunais que estão autorizando o casamento de indivíduos do mesmo sexo. Muitas pessoas acham que este tipo de casamento é inconcebível, pois não há possibilidade de gerar descendentes e, portanto, há um desequilíbrio na manutenção da sociedade.
Não há como contestar que precisamos nos sentir inseridos na sociedade, os fatos sociais existem para essa finalidade, mas estamos perdendo demais nossa individualidade, a capacidade de pensarmos em agir por si próprio está cada vez mais diminuta. Este acontecimento é muito sério e merece especial atenção, pois pode nos levar à alienação, no sentido de perturbação mental, ocasionando a perda da personalidade individual.
Matheus da Silva Mayor

A consciência coletiva definitiva

A consciência coletiva da qual Durkheim fala não é um conceito inovador. Podemos encontrar um exemplo de tal fenômeno em todas as partes do globo, entre formigas ou abelhas, em diversos níveis. Por isso, não seria estranho imaginar a presença de tal fenômeno em nossa sociedade.
 Nossa sociedade é regida por uma série de ditames, de regras e normas que ultrpassam o âmbito individual para se tornarem um fato aceito pelos diversos membros constituintes de uma comunidade, ou de várias comunidades diferentes, como vem sendo o caso cada vez mais evidente em nossa realidade. Esse progresso em direção à criação de verdades universais, que de fato sejam acatadas e seguidas por todas as comunidades humanas do globo, abre espaço para várias estipulações acerca do futuro da humanidade.
 Será possível mesmo que o ser humano perca definitivamente sua individualidade em prol de uma maior homogeneidade com relação a seu próximo? Fato é que somos condicionados desde que chegamos ao mundo a pensar de uma forma que se encaixe nos moldes criados pelo coletivo. Somos instruídos a seguir determinados cursos que são concebidos pela maioria como corretos, ou desejáveis. Somos ensinados a viver em sociedade, a nos comportarmos de modos específicos diante de diferentes situações, de pensar de forma semelhante a nossos colegas de classe. Estabelecemos conceitos prévios acerca do que nos cerca e nos atemos a eles como forma de garantirmos nossa segurança e nossa imagem social.
 Nos tornamos massa de manobra para os poucos que se deem conta de tais fatos e ascendam ao poder. Através de meios de comunicação e propagação de informações, absorvemos informações cuidadosamente elaboradas, aceitamo-las como verdades, e agimos de acordo com elas, e de acordo com a valsa orquestrada pelos poucos que detém o poder.
 No caso apresentado, vemos o que se dá quando uns poucos forjam verdades e normas, e se valem dessas para manter seu poder. Contudo, o que seria da humanidade, se essa consciência coletiva que se torna cada vez mais predominante em nossa sociedade se tornasse absoluta? Não seria essa a chave para o progresso definitivo de nossa raça? Se todo individualismo fosse abandonado, se todo homem passasse a trabalhar para o bem da comunidade, não superaríamos, consequentemente, diversos dos problemas que nos afligem?
 Sim, seria uma realidade infeliz, a morte do individualismo, da propriedade tanto física quanto mental, mas é impossível ignorar os benefícios que tal realidade poderia trazer. Tal configuração da sociedade se daria través de um sacrifício imensurável, que de forma alguma poderia vir a ocorrer se levarmos em conta a natureza do ser humano e a diversidade presente entre os homens. Contudo, as proposições de Durkhiem me levaram a esses pensamentos, a imaginar o que poderia ser da raça humana se agíssemos de forma mais coesa.

A consciência coletiva e a robotização do ser social


     Os fatos sociais, nomeados na teoria de Emile Durkheim, estão ligados ao funcionalismo das instituições que se relacionam com o indivíduo. Sendo assim, são eles os responsáveis pela manutenção da organização interna da sociedade, regendo o comportamento dos seus integrantes e a relação entre eles. Tal manutenção é tão importante que tornou-se a principal função do Direito, uma vez que ele institui as punições para qualquer ameaça à quebra do equilíbrio da sociedade.
     Entretanto, as práticas instituídas pelos fatos sociais não são fixas, elas se alteram ao longo do tempo, com o surgimento de novos fatos sociais, únicos capazes de mudarem os primeiros. Isso é facilmente observado com a questão da aceitação dos relacionamentos homoafetivos: antigamente, era uma realidade distante, uma vez que, por não poderem gerar descendentes, eram considerados uma quebra da ordem interna e assim, condenados. Hoje, no entanto, são mais aceitos, como pode ser visto nos diversos países que já legalizaram o casamento homossexual e pela mudança na reação da própria sociedade, que está cada vez mais passando a encarar tal situação com normalidade. Existe ainda muito preconceito, mas o processo é de transição para que ele diminua cada vez mais: isso está acontecendo porque um novo fato social está combatendo o antigo.
     Assim, constrói-se a concepção de Durkheim, que a sociedade não é representada pela mera soma das consciências individuais, e sim é a representação da consciência coletiva. Esta configuração da sociedade traz a ela um grande problema, que é a padronização dos seus integrantes. Sendo que o fato social tem como função reger o comportamento dos seres, todos acabam se tornando robotizados, pensando e agindo das mesmas maneiras, julgando que possuem uma consciência própria quando, na verdade, são apenas levados a aderir à uma consciência já pré-determinada e imposta pela coerção social.

As amarras da Consciência Coletiva

  Segundo Durkhein a sociedade não representa a soma das consciências individuais, e sim da consciência coletiva. Sendo esta um conjunto cultural de ideias morais e normativas, padrões observáveis de pensamento em qualquer cultura. Sendo assim, os Fatos Sociais também independem da disposição individual do ser ou da psicologia. E isso se aplica também à Instituições ou práticas sociais. Ou seja, estas não existe se não para o ordenamento e manutenção da sociedade. 
  O que nos leva a constatar que o indivíduo é impulsionado à papeis que muitas vezes não condizem com sua vontade e natureza, como forma de manter a funcionalidade do sistema. As próprias escolas nos guiam para moldes socialmente aceitos, para que cresçamos como parte do coletivo, suprimindo posturas individuais. Crescemos com a noção clara do que devemos fazer, como devemos reagir, e como devemos pensar.
  Mas não seria esse um dos maiores problemas da sociedade atual? O excesso de coletivização e padronização de pensamento nos impossibilita de criar filosofias que trariam benefício social. Está claro que o modelo de pensamento atual está nos levando a degradação da saúde do planeta e dos homens. O grande problema é que mesmo aqueles que procuram se libertar dessas amarras e confrontar, mesmo que em pequenas doses, algo de errado na sociedade é suprimido e, o que eu acho ainda pior, desencorajado por aqueles que o cercam. Pode se observar isso em qualquer fase da vida: desde a infância, quando questionamos nossos pais sobre a opinião da "tia", professora, que não concordamos, e temos como resposta não questionar os ensinamentos da mesma. Até quando adultos, quando nos deparamos com um péssimo transporte público, e recebemos conselhos de se conformar e ouvimos frases como "confrontar não vai resolver, se acostume". 

Nicole Gouveia Martins Rodrigues

A Objetividade dos Fatos


No capítulo “Regras relativas à observação dos fatos sociais”, Durkheim enfatiza sua ideia de que a reflexão é anterior à ciência, porém critica o homem que, seguindo à risca tal preceito, passa a ver o mundo a partir daquilo que usa para compreender as coisas, e não vê o que elas realmente são em si, defendendo que os conceitos não podem substituir a essência das coisas. Para Durkheim, esse comportamento não é só intrínseco ao comportamento humano como também tomou conta do desenvolvimento da ciência natural.
Para ele, primeiramente é necessário ir até a coisa e, então, a partir daí, deduzir os conceitos. Para exemplificar, Durkheim afirma que, muitas vezes, aquilo que é tido como ciência não passa de pura arte, pois o cientista não se fixa naquilo que a coisa realmente é, mas sim nos conceitos passados a ele, numa ideia abstrata. Dessa forma, alguns conceitos como o de moral ou de leis econômicas não podem ser chamadas de naturais, mas sim devem ser tratadas como ‘conselhos de sabedoria prática’. Procedendo desta maneira, o cientista poderá chegar finalmente à verdadeira identidade dos fatos, objetivando-os. “O caráter convencional de uma prática ou de uma instituição não deve jamais ser pressuposto.”

Substituição do eu



Émile Durkhein afirma que existe uma consciência coletiva a qual ultrapassa a vontade individial e muitas vezes a domina. Tal fato pode ser percebido quando pensamos no que as pessoas fazem para serem mais bem aceitas fisicamente umas pelas outras no cotidiano.
Ínumeros são os casos de jovens que fazem operações sérias, em idades não tão aconselháveis, para ficarem mais bonitos e atraentes segundo um padrão pré-estabelecido, enquanto que raros são os indivíduos os quais distoam da multidão na rua, os quais vestem roupas inovadoras, até porque pode-se dizer que os grupos alternativos(punks, emos e etc) seguem uma regra de conduta também.
Tamanha é a força da coerção social sobre o homem, que é possível fazer a seguinte indagação: Até que ponto, com o advento da tecnologia moderna, o ser humano irá para ser bem aceito?
No filme “Os Substitutos”, a população não mais vive literalmente, cada um tem uma espécie de robô moldado a seu bel prazer o qual executa as tarefas desejadas. Será que é para isso que estamos caminhando? Será que, como na referida produção cinematográfica, esconderemos nossos corpos, nossas formas verdadeiras em casa para agir em sociedade de modo artificial? 
É importante criar mecanismos de defesa contra imposições sociais, afinal,  a realidade da mesma é dinâmica e portanto, passível  de manipulação: alguém que se dispuser a burlar a coerção da sociedade o conseguirá, agora o resultado desta atitude é outra história...