A sociedade sempre teve fatores de pertencimento, como a cultura e a língua, que possuem em seu cerne um caráter tanto inclusivo, quanto excludente. Assim, ao longo da história, as comunidades se organizaram em sistemas que, embora externos, atuavam na individualidade do humano, influenciando seu relacionamento com seu exterior. Dessa forma, na contemporaneidade, certos modos de vida regulam as relações sociais, analogamente ao modo que Durkheim explica o fato social.
Sob esse viés, para Durkheim, o fato social- o objeto de estudo da Sociologia- é uma série de comportamentos que são externos ao indivíduo, de modo a serem obtidos pela coerção da sociedade, e não pela intenção individual. Nessa via, pode se notar que as tendências atuam de modo a transformar o exemplo de um, em uma regra para os outros,ao passo que, o capitalismo, e seus desdobramentos, moldam o modo que os cidadãos se vinculam entre si, e com o mundo.Assim, essa orientação de maneira de viver propicia uma pressão externa, como o fato social, para certa conduta.
Paralelamente a isso, fatores como moda, arte e oportunidades se tornam objetos que agem de maneira similar ao fato social, pois denotam uma necessidade de pertencer a certo grupo, visto que ao se ausentar dessas predisposições, o indivíduo torna-se excluído ou isolado, daquele grupo coeso,que por sua vez é influenciado por uma grande ordenação financeira.
Em suma, torna-se notória a relação análoga entre a teoria de Durkheim e os fatos vistos na contemporaneidade, seja pela coerção social, ou pela pressão das tendências hodiernas, buscando o pertencimento.