Idealistas, Engels e Marx puderam ver a sociedade pautada no
Capital além da ideia generalizada de perpetuidade. Para eles, só é possível
alcançar o estado Socialista da sociedade a partir do Capitalismo. Contudo,
após os maus exemplos da implantação de tal sistema, o senso comum adota
concepções equivocadas e mesmo errôneas com relação a este tema. Marx e Engels,
não dispensaram os avanços científicos nem tecnológicos provenientes da Revolução
industrial. Pelo contrário, afirmaram a necessidade dessas evoluções, uma vez
que, disseminadas, poderiam até mesmo poupar o homem do fardo do trabalho.
Detectaram também, a existência de um trabalho não remunerado que é roubado do trabalhador. A este, chamaram-no de mais-valia. Servindo de base a todo o sistema capitalista, a mais-valia é o principal mecanismo de exploração dos trabalhadores. E, com o aumento da produtividade por meio das máquinas, os bens deixam de representar apenas o trabalho (assim como afirmava Adam Smith), mas representam também a apropriação do trabalho pelo industrial. Aos moldes socialistas, essa exploração silenciosa deixa de existir.
O socialismo é anterior a Marx e Engels, contudo limitava-se à idealização. Nas utopias sociais, as teorias são isentas de falhas ou
defeitos e para alcançá-las se trata de uma reforma generalizada. O Socialismo
não é diferente. No entanto Marx e Engels veem a efetivação de um modelo Comunista apenas
por meio de uma Revolução e, após a conquista, estabelecer-se-á uma Ditadura do
Proletariado. Nesta, o trabalhador é o povo, possui direitos e a soberania
política e assim atuará como moderadora da exploração evitando seu reaparecimento. Tal Revolução, não dispensa a coerção física, tal qual a revolução
burguesa do século anterior. Após Marx e Engels, o socialismo toma novas formas e contempla sua versão científica.