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sábado, 1 de setembro de 2012

Solidariedade mecânica e orgânica de Durkheim

                                                          Solidariedade Mecânica
                                                            Solidariedade Orgânica




   Na construção de sua teoria, Durkheim preocupa-se em diferenciar a solidariedade mecânica da orgânica, e as analisa profundamente. Enquanto a primeira é típica das sociedades menos especializadas, em que a paixão sobrepunha a razão e a investigação dos fatos, a segunda faz-se presente quando há certa divisão do trabalho, quando a especialização torna-se fenômeno suficiente para gerar uma interdependência, e a simples emoção não é capaz de restituir o que foi lesionado.

   Mesmo havendo grande diferença entre essas duas solidariedades, elas coexistem em nossa sociedade atual. Podemos verificá-las facilmente vivenciando alguns fatos ou lendo notícias em jornais e revistas.
   Quando assistimos a cenas de violência ou impaciência estamos diante da solidariedade mecânica. Esses atos se realizam sem que haja uma racionalização intensa, a paixão é superior a qualquer argumento. Está claro que, em um assassinato que é resultado de uma briga de trânsito ou o linchamento de uma aluna por conta de um vestido curto, a razão não é o lado mais forte e direcionador das ações.
   Quando a ciência do direito se faz presente para analisar e julgar atos criminosos, não é a emoção e o desejo por vingança que decidem o destino daquele que cometeu tal ato, mas sim a razão, a técnica. Esse é o tipo de ação que é característica da solidariedade mecânica.
  
   Nossa sociedade é complexa demais para que a analisemos considerando apenas um dos lados da questão. Não há uma classificação, ela é dinâmica, não se encaixa em conceitos delimitados. Somos profundos e isso faz com que em nossa socieadade se dê tanto ações mecânicas quanto orgânicas.