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domingo, 27 de março de 2016

Pelas gerações que ainda estão por vir

Ponto de Mutação trata-se, sucintamente, das demasiadas maneiras de se compreender o mundo, utilizando-se desde filósofos clássicos – como Descartes, Bacon e Newton – até uma visão sistêmica de mundo; onde esta vem ganhando cada vez mais força em nossa sociedade contemporânea, principalmente em discussões sobre ambientalismo, sustentabilidade e problemas estruturais causados pelo método mecanicista fruto da Revolução Científica.
O filme, numa possível metáfora sobre a sociedade, move-se somente pelo conflito. Por todo seu decorrer, vemos o debate entre as personalidade e concepções conflitantes dos personagens, e a desconstrução de pensamentos antes tido como absolutos. Em contrapartida com a visão pragmática de Jack, Sonia – baseada num pensamento sistêmico e holístico – busca um entendimento integral do universo e seus fenômenos.
Ao se analisar o momento histórico em que vivemos – como Bacon sempre desejou – hoje possuímos completo domínio sobre a natureza, utilizando-a em nosso favor. E nessa sociedade marcada pelo consumismo exacerbado e consequente degradação do meio ambiente, a visão orgânica abrangida por “O Ponto de Mutação” se faz mais do que necessária para a propagação de noções de sustentabilidade e consciência ecológica.

Desta maneira, para que haja continuidade não só da espécie humana, mas de toda a vida como um todo – citando Sonia – “precisamos de uma sociedade sustentável em que nossas necessidades sejam satisfeitas, sem diminuir as possibilidades das próximas gerações”.

Bárbara Jácome Vila Real - 1º Ano de Direito Matutino

Compreensão Sistemática das Relações

O filme "O Ponto de Mutação" é, em essência, uma proposta. Trata-se de um projeto de ruptura com a perspectiva dominante, seguida da criação de espaço para a prevalência de novos princípios ou princípios que antes eram ignorados. Tudo isso relacionado a ideia de visão de mundo. É, em resumo, a proposição de uma nova forma de ver o mundo.

Dentro deste processo, defende-se uma premissa que parece ser fundamental, que é a verificação, sem exatamente norma rigorosa ou método exato, dos padrões de probabilidade das conexões. O tema central da obra é justamente a troca da visão fragmentada e mecanizada do mundo por outra em que se analise as conjunturas priorizando as relações em vez dos próprios objetos, da matéria em si.

Nesse tipo de visão, o ser humano é, em si, um sistema dentro de outro sistema, que por sua vez está dentro de outro sistema, numa infinidade continua de sistemas que interagem entre si e por vezes se interseccionam. Todos nós e tudo o que existe seria parte de uma teia inseparável de relações.

Existe no filme, a representação dessa compreensão, embasada na física subatômica, através de outros pontos de vista, notadamente a política e a poesia. Com todas as diferencias e contradições inerentes a aspectos tão diversos do entendimento, tudo parece convergir em uma tese ampla, porém palpável.

Mauricio Vidal Gonzalez Polino/Direito noturno/1º ano

Quebra Cabeça

Envoltos pelo pragmatismo que rodeia nossa sociedade, vivemos hoje todos guiados por ordens diretas e objetivas, funcionando precisa e mecanicamente como máquinas. Consequentemente, vivemos cerceados pelas limitações de tal comportamento. Perdemos a capacidade de resolver desafios como um todo, acostumados a analisar os fatos separadamente e então solucionando um por um (tal como sugere Descartes), esperamos que nossos problemas então tenham sido resolvidos. 

No filme "Ponto de mutação", pode-se perceber forte crítica no que se refere aos conceitos cartesianos citados no parágrafo anterior. Numa conversa a princípio inusitada, mas ao passar do tempo interessante, três pessoas (um político, uma cientista e um escritor) as quais tem pensamentos distintos, refletem sobre diferentes perspectivas de mundo. Bem convicta do que diz, um foco interessante se dá a cientista que põe em pauta problemas como a super-população, as condições as quais se submeterão as gerações futuras, a fome que alastra o mundo e muitos outros. Ela afirma que hoje, as visões de mundo se fazem muito individualistas sendo necessárias mudanças na forma de o ser humano pensar de modo que se pense no planeta como um todo. Assim, em oposição ao pensamento cartesiano, a cientista propõe o "Pensamento ecológico" para o desenvolvimento de uma condição de perpetuidade e oportunidades para o futuro, trazendo uma proposta sustentável e solidária.

Por mais que o político, de visão tradicional e individualista, tente argumentar contra a cientista, fica cada vez mais evidente a afirmação da física: a de que os políticos (representando a humanidade, como um todo) ainda pensam mecanicamente, tal como relógios antigos. E, nesse quesito, falham. Falham por que não se pode tratar problemas na economia, política, sociedade e em muitos outros âmbitos como peças isoladas. Falham por não pensar nas conexões. Falham por, uma vez sendo individualistas, não enxergar como todos esses fatores estão interligados. Falham por, analogamente a um quebra cabeça, tentar ver a solução absoluta dos problemas numa só peça, enquanto esta apenas aparecerá quando as partes que a compõe, forem encaixadas e interligadas. 

Sophia Re - 1° Ano Direito Diurno 

A visão Holística

A trama do filme se desenvolve com uma crítica ao modo cartesiano de percepção de mundo, ou seja, ver o mundo como algo mecânico, onde todos os problemas podem ser resolvidos peça por peça, não causando uma transformação definitiva do mundo e sim, apenas algo paliativo.

O Filme oferece como uma maneira alternativa a percepção do mundo como algo orgânico e vivo, algo quase simbiótico, onde todos e tudo fazem parte de um sistema único. No filme essa visão holística é bem trabalhada abordando temas que são atuais: ecologia, feminismo, educação alimentar, temas relacionados a medicina e etc. Se observarmos o mundo em que vivemos pela Interdependência das coisas, que é, por definição a base da visão holística, Se conseguiria soluções para os problemas atuais muito mais efetivos e práticas do que pelo método cartesiano.


Podemos relacionar o filme com a nossa atual crise política, onde fazer conexões entre as parte políticas, sociais, econômicas e até mesmo históricas contribuem para o que vivemos atualmente e com isso, de alguma forma, desenvolvermos soluções mais eficazes e inteligentes dos que a estão sendo tomadas na política brasileira atual.


Victor Felipe de Castro - 1° ano Direito Noturno

A visão panorâmica e o jogo da política

O filme Ponto de Mutação tem como enredo a divergência de opinião entre uma cientista (a ex- física Sonia) e um político (Jack) que cogita chegar à presidência dos Estados Unidos. A primeira relaciona os problemas atuais com uma falta de visão panorâmica dos assuntos; ou seja, as situações difíceis que a humanidade enfrenta teriam conexões com os mais variados assuntos e essa falta de conhecimento amplo impediria a solução (ou prevenção) desses problemas.
                Jack, por sua vez, pensa a respeito da política. Se essa visão fosse interpretada e colocada em pauta nas propostas de campanha, raramente geraria o efeito desejado: o apoio da população. As pessoas prefeririam ter soluções imediatistas para o problema do que ver o contexto como um todo ser melhorado.
                Trazendo essa discussão para uma esfera recente, podemos pensar a respeito da questão da redução da maioridade penal no Brasil. No quesito segurança, certamente há lógica em dizer que as infrações cometidas por menores poderiam diminuir. Porém, se pensarmos a longo prazo, qual seria o futuro desses adolescentes que fossem presos? Isso iria contribuir para torná- los aptos a integrar a sociedade novamente, quando a pena acabasse?

                A visão de Sonia se encaixa nesse contexto, visto que a criminalidade dos menores tem muitas causas e consequências. A discussão seria: quais são elas e como podem interferir no futuro.  Ou seja, são questões interligadas, não isoladas. Assim, resta saber se essa aplicação na política seria plausível; ou melhor, desejada. 

Anna Beatriz Vasconcellos Scachetti
1º ano- Direito diurno

Um feixe de boas ideias

O Filme “Ponto de Mutação” baseado no livro de mesmo nome do escritor Fritjof Capra, de 1983. O enredo do filme se baseia no diálogo entre um político, um poeta e uma cientista, passam o tempo todo discutindo filosofia, Descartes, política e ciência – e com isso inter-relacionando com a natureza e o ser humano ou a intervenção do ser humano na natureza.

No filme há uma certa comparação entre o pensamento cartesiano (ou pensamento newtoniano-cartesiano, teve um impacto incalculável ao libertar a razão das amarras da superstição e do controle da igreja, dos “ídolos baconianos” mas, com o tempo, foi superado) ao problemas do século XX. O primeiro é reducionista, mecanicista e divisível demais. O autor quer nos mostrar a parte holística ou sistêmico, que propõe ver o todo como indissociável; o estudo das partes não permite conhecer o funcionamento do organismo. As comparações são feitas em vários campos da cultura ocidental atual, como a medicina, a biologia, a psicologia e a economia, por exemplo.


Com isso podemos concluir que não se pode (ou não é proveitoso) olhar separado os problemas globais tentando entendê-los e resolve-los separadamente. Devem-se entender as conexões, o que os envolve para depois tentar resolver os problemas das populações. E essas soluções nos faz ter uma reflexão sobre a própria condição humana atual: o todo ainda é possível? Se sim, somente por meio dos processos de convivência e interação que poderemos construir um feixe de boas ideias. 

Victor Hugo Xavier, 1° ano Direito- noturno.

A visão multifacetada

O filme Ponto de Mutação apresenta a visão de três diferentes profissionais sobre o mundo, deixando claro o foco em discussões acerca da ciência moderna, desenvolvimento econômico, e O impacto ambiental deste, em meio aos conflitos pessoais de cada um dos personagens.

Assim, o filme baseado no livro de mesmo nome do escritor Fritjof Capra mostra os pontos de vista de uma física que se vê desiludida com a própria profissão, um político americano que perdeu as eleições presidenciais e um poeta recém divorciado que se encontra na crise da meia idade. Analisando os personagens como um todo, são pessoas que passaram por frustrações de origens diversas e que a partir delas colocaram sob questionamento suas vidas, visão de mundo e tudo aquilo que acreditavam ser real ou verdadeiro.

Um dos principais questionamentos apresentados em meio as discussões se dá sobre a visão cartesiana, unilateral, ou seja, sobre a necessidade de fragmentar o mundo em partes para tentar compreendê-lo e solucionar seus problemas, maneira vista por muitos como a forma clara e objetiva de fazê-lo. Em contrapartida, é apresentada a ideia de que a visão deve ser unificada, ou seja, que não basta a solução de uma parte do problema se as demais não forem solucionadas, ou nem mesmo analisadas. Assim, o filme deixa a sua grande reflexão, que pode ser aplicada facilmente aos dias atuais, um período de crises políticas e econômicas no cenário nacional, mostrando que não basta resolver o problema em seu menor fragmento, mas que ele deve ser olhado como um todo e a solução buscada da mesma forma, para que assim exista o efeito esperado e não apenas uma mudança temporária.
Camilla Bento - Direito (Noturno) 
Quebra-cabeça social
O filme “Ponto de Mutação” é baseado no livro do escritor Fritjof Capra e conta a história de um diálogo de três pessoas (um poeta, uma cientista e um político) com diferentes modos de viver e pensamentos divergentes.
A cientista critica o método de Descartes, método, o qual muitos políticos enxergam a realidade e tentam mudá-la, pois nesse método, Descartes analisa parte por parte separadamente, enquanto o político, seguindo essa analogia, ele analisa os problemas do país separados, sem fazer uma conexão entre todos eles. O método correto seria o sistêmico, um método em que deve-se procurar a conexão entre todos os problemas e buscar solucioná-los.
Vamos usar como exemplo o trânsito, que principalmente na região sudeste, vive congestionado e o governo para solucionar adota medidas como rodízio de veículos, mas isso é apenas uma parte do problema, pois o governo deveria analisar várias outras partes como o investimento maciço em transporte público como ônibus e metrô, para assim diminuir os veículos que circulam outro lado que ele deve olhar também é a questão ambiental, pois se deve ensinar na escola que os carros e as motos poluem muito o ar e que ao usar transporte público ou muitas vezes bicicletas a poluição diminuiria consideravelmente e por fim analisar a cultura, pois muita gente pensa que ter um carro próprio e andar com ele é demonstração de riqueza, e por isso elas querem fazer isso para se mostrar, enquanto em países desenvolvidos, pessoas importantes andam de transporte público sem nenhum problema.

Então, por isso os problemas devem ser trabalhados analisando um todo como um quebra-cabeça, pois se a pessoa olha apenas as peças separadamente, ela nunca terminará, mas ela procura associar uma à outra, o quebra-cabeça começa a se formar, até associar todas as peças e resolver o problema.
Hélio José dos Santos Júnior - 1º Ano - Direito Noturno

Ponto de mutação - a expansão de horizontes

O filme Ponto de mutação (baseado no livro de Fritjof Capra, publicado em 1983) tem sua história ambientada em um castelo medieval onde três pessoas, aparentemente muito diferentes entre si (uma cientista, um político e um poeta), passam seu tempo refletindo sobre paradigmas clássicos modernos.
O combate à uma visão cartesiana e cientificista (como a de Descartes e Francis Bacon) do mundo e seus problemas é tema central do longa-metragem; ao decorrer da trama, a discussão sobre uma forma holística (ou sistêmica) de se encarar os fatos é bem trabalhada através de exemplos de problemáticas atuais, como a questão da medicina moderna  em conjunto à ecologia e educação alimentar.
John Donne, citado no filme, em uma das suas meditações disse: " Nenhum homem é uma ilha isolada (...)", ou seja, estamos conectados. Não só a pessoas, mas à sistemas e situações, e é disso que o holismo trata: interdependência entre as coisas. Na resolução de uma problemática, uma visão que abranja não só o objeto do problema, mas também suas conexões, pode trazer resoluções mais práticas e inteligentes do que caso fosse avaliada parcialmente.

O filme sugere a aplicação dessa visão no ambiente político, e em meio a nossa crise política atual, é mais do que necessário para que possamos compreender o porquê da situação e sua possível solução. Não é possível despregar do problema político a parte social, econômica e até mesma histórica, devido às influências que uma possui sobre a outra. Essa interdependência faz com que o problema não esteja só no campo político, sendo assim necessário o trabalho, fiscalização e pesquisa em cima de todas as outras áreas, um trabalho mais denso, porém muito mais satisfatório do que está ocorrendo atualmente.

Ana Carolina Gracio de Oliveira - Direito diurno - 1º ano

Tudo se relaciona

Desde o advento da visão iluminista nós vemos os mundo em partes, Economia, Direito, História etc. Essa visão mecanicista, o mundo como uma maquina, continua em vigor em grande parte de nossas ações, prejudicando nossa habilidade de resolver nossos problemas, pois todo problema é  resolvido sob esta perspectiva, consertando a peça , se resolve o problema. Por exemplo, a educação pública é ruim, institui-se as cotas, a desigualdade gera o crime, contrata-se mais policiais, isso se repete na resolução dos problemas em geral, resolve-se algo sem pensar em sua relação com outros problemas, sua interdependência.
No filme  "Ponto de Mutação" há a procura da interdependência entre as coisas, a saúde esta ligada à alimentação, que se liga à agricultura, que se liga à economia e assim por diante. No filme uma das personagens vê o mundo como um grande sistema, uma reação à visão  mecanicista, tudo deve ser encarado como relações, pois resolvendo os problemas pontuais, não se chega à solução dos problemas em geral. O mundo deve transcender a visão mecanicista.
O filme revoluciona ao tentar lutar contra a visão  de Descartes e Bacon, defendendo a visão do mundo não como partes separadas e sim como um todo que se relaciona o tempo todo, só assim pode-se resolver os problemas do mundo atual, complexo como ele o é.
Juan Antônio Miranda Castilho- 1° ano- Matutino

O debate como ponto de mutação

Uma das questões que permeou a educação brasileira na última década foi a discussão acerca do ensino de Filosofia e Sociologia no Ensino Médio, finalmente resolvida em 2008, com a decisão pela obrigatoriedade do ensino das matérias. Os defensores de tal medida se manifestavam tendo como base a necessidade de situar o aluno em relação ao mundo a seu redor, permitindo que ele refletisse sobre questões essenciais da vida em sociedade e assim tivesse uma formação humanista, enquanto seus detratores diziam que ambas as matérias poderiam ser ensinadas no decorrer de outras disciplinas, sem haver a necessidade de estender ainda mais a carga horária dos estudantes. O fato é que, independente do lado escolhido ou da argumentação utilizada, pela primeira vez foi colocado em pauta a Filosofia e a Sociologia como instrumentos para a vida prática dos cidadãos.

Embora muitos ainda prefiram acreditar que tais áreas do conhecimento sejam apenas uma “completa abstração”, uma parcela considerável da população atual já tem em mente que, sem recorrer a pensamentos ou questões já levantadas por grandes filósofos e sociólogos, é impossível pensar de forma racional as questões da contemporaneidade e, consequentemente, intervir nelas.  É justamente desta pauta que trata o filme “Ponto de Mutação”, dirigido em 1990 por Bernt Capra, em que uma física, um poeta e um político passam uma tarde apenas utilizando as mais variadas visões de mundo para entenderem o mundo a seu redor.

À medida em que os três protagonistas da obra adentram questões mais complexas, como o ambientalismo, o conservadorismo e o uso político da ciência, eles vão questionando não só o mundo em que habitam, mas também à si próprios, em um processo de autoconhecimento que os encaminha até a própria essência da natureza humana. Sonia, a física, por exemplo, passa a questionar a finalidade de todo seu tempo de dedicação científica; o político Jack, a possibilidade de se efetivar todo o seu idealismo político; e o poeta Thomas, se não seria mais um escapista como considera os seus colegas.


Dessa forma, voltamos ao debate acerca da Filosofia e Sociologia, pois percebemos que, mais do que mecanismos para dar sentido ao universo, são mecanismos para darmos sentidos às nossas próprias vidas e à forma como compreendemos a vida em si (vide as sequências finais do filme citado). Sem questionar e indagar, nossa própria vida passa a ser guiada quase que de forma automática, sem aquele ponto de mutação que muitas vezes precisamos para conseguir enxergar os elementos de um mundo tão dinâmico e complexo.

Luiz Antonio Martins Cambuhy Júnior
Direito Matutino - 1º Ano

Ora Horácio,

Ora Horácio,

Não se emolduram

os corpos nus
dos amantes em ação
Não se usam

folhas escritas de poesia
como artigo de decoração
A água da cascata de pedra

que construíram no jardim
nunca foi chuva que cai
Nenhuma declaração sincera

é em forma de Haicai
Ora Horácio,
Nenhum perfume é petricor
terra molhada ou folha de papel
Não existe boa pessoa

que queria mesmo ir pro céu
relógio mecânica ecológica conexão

a vida é muito mais que teoria ou especulação
e, Horácio, há muito mais aqui do que cabe à nossa imaginação
a vida é mais vida quando vivida e não falada e se essa poesia é sobre a vida e é assim pra ser sentida não há porque ter rigor métrica ou qualquer tipo de pontuação 

Gustavo Soares Pieroni, 1º Ano Direito Diurno

"O Ponto de Mutação" e o método cartesiano

O filme "O Ponto de Mutação", de 1990, dirigido por Bernt Capra e baseado no livro homônimo de Fritjof Capra, trata sobre o encontro, em uma sala de um castelo medieval francês, entre três personagens: uma cientista, um poeta e um político, em que cada um apresenta um ponto de vista particular. A partir desse encontro inicia-se uma discussão filosófica.

Em dado momento, as ideias de Rene Descartes são apresentadas, em particular seu metódo: deve-se fracionar o objeto de conhecimento em pequenas partes para que este seja melhor investigado.  Tal pensamento é duramente criticado no filme, pois, desta forma, as interconexões do objeto estudado com o mundo ao seu redor são desconsideradas, o que resulta na apresentação um resultado incompleto e superficial, já que nessa situação somente uma pequena parte da realidade é levada em consideração pelo sujeito que efetua o estudo. Em outras palavras, para melhor entender o meio ambiente, tema recorrente no ano em que o filme foi produzido e atualmente, deve-se observar não somente a natureza em si, mas também outros fatores aos quais ele está conectado, como a política, a economia, a sociedade, entre outros fatores que possam estar relacionados ao assunto.


Desse modo, "O Ponto de Mutação"  revoluciona o pensamento consolidado anteriormente por Descartes, Newton, Bacon e outros ao contrariar o método cartesiano e defender que não se deve olhar separadamente os problemas globais para entendê-los e resolvê-los, e sim compreender suas interligações para que, por consequência, seja possível resolver tais problemas.  

Lígia Lopes Andrade - 1° Ano Direito Noturno 

A união de perspectivas

“Ponto de Mutação” traz uma reflexão extensa sobre a interligação das coisas e de como tudo merece uma revisão de perspectiva, uma visão diferenciada da que estamos habituados. O filme conta a história de três personagens com suas histórias distintas, cada um com seus problemas e frustrações, estudando diferentes áreas. O filme pode ser considerado em âmbitos distintos, já que consegue se relacionar com muitos aspectos da sociedade. Um exemplo é a política que o filme trata com bastante profundidade, devido o personagem Jack Edwards. Neste contexto, é possível identificar no mundo atual posições de “direita e esquerda” extremas com pautas repetidas e sem nenhum tipo de acordo. No Brasil, por exemplo, a esquerda e a direita vivem em conflitos em uma tentativa de manter ou retirar o governo atual do poder. A esquerda entende o impeachment como um golpe e a direita como legitimidade.
Ainda neste filme, existe um debate de visões, com uma visão unificada, que não consegue compreender o mundo vendo somente uma parte e uma visão unilateral, que leva em conta o que se vê. Isso pode ser aplicado ao mundo contemporâneo, um exemplo de aplicação é como uma censura ao capitalismo, que apesar de elevar o estilo de vida de uma parcela da população, do outro lado causa miséria e destruição. Ou até mesmo uma crítica a nosso modo de ver o mundo, que se reflete em como os três personagens conseguem uma experiência muito maior quando tem mais de uma visão, quando obtém uma perspectiva de mundo maior, quando debatem e veêm opiniões distintas das suas próprias. 


Barbara Moreira Ortiz - 1º ano - Direito Matutino.

Mutualidade de tudo

"O Ponto de Mutação" filme dirigido por Bernt Capra e baseado no livro do físico teórico e escritor, Frijtof Capra, trata de três diferentes pontos de vista e percepções de mundo. Jack, um político, se preocupa com a melhor forma de governar e agradar a maior parte das pessoas. Sonia, uma cientista, busca uma relação na existência de tudo e uma nova visão de mundo. Thomas, um poeta, procura por uma perspectiva renovada baseada na essência. Nada obstante às suas distintas formas de assimilação, ambos buscam entender a mutualidade de tudo.
O filme questiona como o mundo é visto a partir de uma visão mecanicista, como se o ser humano e o planeta fossem uma máquina. Esta visão é tida a partir de alguns filósofos como Descartes e Bacon que consideravam tudo individualmente. Ainda hoje, no século XXI, o ser humano tem uma interpretação egocêntrica de mundo, impedindo-o de enxergar a corelação entre todos os sistemas vivos, sua essência e sua interdependência.
"Não evoluímos no planeta, evoluímos com o planeta". A grande questão do filme: as diferentes formas de percepção de mundo e como estas se articulam, ainda envolvem e instigam a muitos. Apesar de haver vários modelos de discernimento sobre como cada ser é e se associa, mostra-se necessário compreender que além de sermos indivíduos vivemos interligados por uma rede de relações interdependentes, coexistindo como um todo.
O ser humano busca, na maioria das vezes, explorar e não se preocupar com a possibilidade do esgotamento da natureza e dos recursos, pois o pensamento mecanicista leva a crer que se pode simplesmente intervir caso algo dê errado sendo desnecessário prevenir para que isto não aconteça. Mas torna-se indispensável buscar formas de enxergar que o planeta e os seres vivos não podem ser considerados como máquinas, pois não há como dividir em várias partes o todo que estes são. É substancial prevenir e cuidar desse todo porque, diferente de uma máquina, este não pode ser facilmente consertado, pois tem uma essência e não está meramente programado. “Quando percebermos que nós e o planeta somos, na verdade, um só, uma realidade, uma só consciência, teremos chegado ao ponto de descobrir que nossa transformação não foi apenas uma atitude, mas uma mutação”.

(Isabela Rafael Soares - Direito Noturno - 1 º ano)

A parte pelo todo?

          O filme "O Ponto de Mutação" consiste no diálogo entre três pessoas com visões diferentes do mundo. A primeira delas é um político, cansado de apenas ler discursos prontos e tentar agradar o público. O segundo personagem é um poeta e o terceiro, uma cientista.

          Após muito debaterem, a conclusão possível de ser interpretada através das ideias do filme é que o mundo e tudo envolvido nele - objetos, pessoas, escolhas, conflitos - devem ser analisados de forma integrada, ou seja, não se deve separar cada parte para se entender a totalidade, mas entender o todo para que possamos resolvê-lo. Isso vai de encontro com os conceitos cartesianos, por exemplo, que pregavam uma forma mais individualista de análise.

          Para que o mundo se transforme, então, é necessária uma mudança na visão humana, considerando, sempre, todos os envolvidos no caso a ser enfrentado. Com a mudança no olhar de cada um, será possibilitada uma mudança no que tanto nos desagrada ultimamente. Dessa forma, dividir o objeto a ser estudado em seus mínimos detalhes pode não ser a escolha correta.

Mariana Smargiassi - Primeiro ano Direito (diurno)

Utopia x Pragmatismo



    “O Ponto de Mutação”, filme de 1982, trata de assuntos muito debatidos na realidade atual: a questão da saúde mundial, o feminismo, a desigualdade socioeconômica e a preservação do meio ambiente. Tais temas começaram a ganhar espaço nas discussões a partir do pós-guerra, contexto no qual o filme foi produzido, e para eles ainda não há solução, por isso ainda são questões atuais.
       No filme, a cientista propõe uma resolução para os problemas: começar a pensar no planeta e na humanidade como um todo, “um só, uma só realidade”, isto é, suprimir o método cartesiano de tentar entender parte por parte do sistema para, depois, buscar uma solução para cada uma dessas partes separadamente (utopia). Em contrapartida, o político a interpela sobre como colocar em prática essa ideia de pensar em uma unidade (pragmatismo).
       Assim, percebemos que a utopia e o pragmatismo mais uma vez se chocam, como sempre ocorreu no decorrer da História humana. No entanto, apesar de aplicarmos apenas aquilo que é possível (pragmatismo), a utopia, o sonho e as idealizações são essenciais à humanidade. Faz com que acreditemos que a realidade possa ter mudada.   A ausência da utopia gera descrença e desesperança, o que pode nos paralisar na busca por melhorias da realidade. 


Nathalia Neves Escher - 1º ano (Noturno)

Mescla de Pensadores



O filme, ``Ponto de Mutação´´, retrata uma discussão filosófica a partir de postulados de pensadores antigos, como Descartes, Bacon, Newton, entre outros. A discussão se passa através de três personagens principais, um poeta, uma cientista e um político, de modo que é basicamente uma figura básica das sociedades atuais, cada um com um ponto de vista.
É citado a poluição de rios e mares, o desmatamento para ampliação de pastos, a criação extensiva de gados, mas ao mesmo tempo, tentativas de soluções para tais desregularidades com a natureza. O Político, então, como representação da figura tradicional, fala e defende seu ponto de vista para conseguir votos e se manter no poder, indiferentemente se o meio é algo virtuoso ou não, o que Maquiavel já analisava, porém, é visto na atualidade. O poeta, tenta manter uma figura neutra e imparcial, o que hoje, os júris tentam ser e julgar com a melhor decisão, se possível sem prejudicar ninguém e acharem a melhor solução. E a cientista, critica os meios políticos e julga corromper o homem, e assim, desequilibrar a relação homem-natureza.
Enfim, com uma sociedade capitalista, geradora de toneladas de lixo, pelo consumo exagerado e necessário para o sistema se concervar, não achará solução plausível sem certas partes sejam desmanteladas, o que o filme propõe: o problema tem que ser resolvido pela base, para que se possa construir uma excelente sociedade. O qual aí então, passaria a respeitar os direitos humanos, ambientais e animais sem que haja uma lei nos obrigando a cumprir, pois os direitos são, ou não, antecedentes ao homem?


Paulo César de Oliveira Borges - 1º ano - Direito Noturno

Vendados pelo egoísmo e pela alienação

  A questão central de O Ponto de Mutação é a urgência de alterar a nossa perspectiva em relação ao planeta e a nós mesmos. Hoje, ainda vigora a visão mecanicista, próxima, no filme, dos ideais do político. A permanência dessa visão, que trata o ambiente e o indivíduo como máquinas, pode ser observada através das características do mundo atual: intensa degradação ambiental, consumismo, individualismo e falsa ideia de liberdade. Todos esses valores contemporâneos tem sufocado o homem e a natureza e estão na contramão de um mundo mais sustentável e humano, defendido pela cientista. 
  Descartes utilizou a metáfora do "relógio mecânico" para defender o mecanicismo. De acordo com o filósofo francês, o mundo e o homem são como uma máquina, disponíveis às eventuais manutenções, "troca das peças". Apesar de ter sido fundamental para a Idade Moderna, essa visão se tornou ultrapassada e nociva para a atualidade. No entanto, a maior parte da sociedade permanece como uma engrenagem de sustentação do sistema e o meio ambiente, colocado a disposição da ganância de poucos e de um consumo irresponsável. 
Isso ocorre porque, no cenário atual, é fundamental consumir para estar integrado socialmente- em especial, aquilo que é desnecessário (mas a mídia faz parecer indispensável). Enquanto que para sustentar esse consumismo, recursos naturais são sacrificados e milhares de pessoas perdem, sem perceberem, grande parte de sua existência.
  Para exemplificar esse paradigma, cerca de 80% do dia da maior parcela populacional é dedicado ao trabalho e um alto percentual dos salários é voltado para o consumo do supérfluo. Por outro lado, o planeta não suportará esse ritmo consumista. Estamos diante, portanto, de uma sociedade que não pensa nas gerações futuras, ou seja, muito próxima da perspectiva inicial do político: imediatista e individualista. 
Outra ideia defendida pelo político e que permeia o consumismo contemporâneo é a noção de liberdade- aqui falamos especificamente da sensação de liberdade atrelada ao consumo. Ao adquirimos um produto, temos- entre outras sensações- a de liberdade de escolha e de posse. Quando, na verdade, não nos damos conta do sacrifício ambiental e do tempo escravizado para comprar aquele bem que logo se tornará obsoleto. Isto é, trabalhamos excessivamente, como máquinas, para consumir aquilo que não precisamos, enquanto o essencial, aquilo que nos faz humanos- o afeto, a empatia e o lazer- é corroído.  
  Em contraste com esse pensamento egoísta, o filme traz a perspectiva humanitária e sustentável da cientista. Para ela, é necessário mudar essa visão mecanicista que não respeita os limites da natureza e nos torna seres menos altruístas. E essa mudança deve passar, de acordo com a física e, principalmente, com a nossa realidade, pela conscientização das gerações futuras acerca da necessidade de preservação dos recursos naturais, do consumo ecológico (o qual incluí desde a erradicação do supérfluo até a reciclagem) e da desconstrução dessa visão do outro como um eterno adversário.
Caso contrário, se continuarmos vendo o planeta e os homens como um grande relógio mecânico, caminharemos- cada vez mais- para a nossa auto destruição.

Juliana Inácio- 1 ano direito (noturno)

Visão mecanicista X visão sistêmica



O filme "O ponto de mutação", do diretor Bernt Capra, nos apresenta uma nova perspectiva, um novo modo de pensar referente a humanidade, a natureza, enfim tudo oque nos cerca e nos compõe.
No filme há três personagens que são: uma física (Liv Ulmann), um político (Sam Waterston) e um poeta (Jhon Heard), estes três personagens se encontram ocasionalmente em uma cidade medieval na França e a partir deste desfecho iniciam uma conversa sobre suas experiências, no decorrer deste diálogo podemos notar uma abordagem mecanicista e uma abordagem sistêmica, falando do nosso mundo, dos nossos tempos.


Este filme faz com que pensemos na diferença que existe entre a visão mecanicista que imperou no mundo durante muito tempo com a visão sistêmica, a partir desse ponto surge uma discrepância, o método cartesiano de analisar o mundo, o dividindo em partes não funciona mais nos tempos atuais, o mundo é um todo e deve ser visto por completo, como a cientista disse "[...] claro que pode consertar uma peça, mas ela vai quebrar de novo em um segundo, porque ignorou oque se conecta a ela. Precisamos mudar tudo de uma vez, ao mesmo tempo " esta fala resume a visão sistêmica de ver as coisas.

Nos tempos atuais nossos governantes ainda tem uma visão mecanicista diante dos problemas da sociedade, tais eles como a fome, desemprego, criminalidade, talvez seja por este detalhe que nada se resolve por completo, eles tentam resolver o problema usando o famoso "jeitinho brasileiro", substituindo a peça danificada e não eliminando a causa do problema e evidentemente o problema retornara assim se tornando um ciclo vicioso. Para concluir vou citar, uma frase que esta presente na abertura do livro "o ponto de mutação" de Fritjof Capra. " Ao término de um período de decadência sobre vêm o ponto de mutação. A luz poderosa que fora banida ressurge. Há movimento, mas este não é gerado pela força... O 
movimento é natural, surge espontaneamente. Por essa razão, a transformação do antigo 
torna-se fácil. O velho é descartado, e o novo ê introduzido. Ambas as medidas se 
harmonizam com o tempo, não resultando daí, portanto, nenhum dano" (I Ching).

Ari D'antraccoli Neto - 1°ano Direito (matutino)

Reflexões de uma qualquer: Mundos

Ao nascer o humano cria seu primeiro mundo, aquele em que há dependência e a descoberta de sensações. Cria vínculos com seus progenitores que parecem intermináveis, não se desloca, nem se emancipa. Se nutri. Cresce.

O segundo mundo é tomado por inúmeras transformações, cresce a independência, aumenta o número de opiniões. As sílabas antes impronunciáveis se tornam longos monólogos egocêntricos, dramáticos e superficiais. Tudo gira em torno do Eu, tudo se concentra no espírito narciso, é como se o mundo fosse o ser e o ser fosse o mundo. Amadurece.

Já o terceiro mundo renasce podando exageros, conservando o bom senso, contendo ações descontroladas, porém amando a si o bastante para ter medo do outro. Este se classifica mais consciente, mais autônomo de emoções, põem a volatilidade dos dias abaixo dos seus pés, age como domador do tempo, se ilude no controle de sua vida ao supor que com ela controla o mundo. Fragmenta, analisa, despedaça relações que são unidas em si. Contudo se estabiliza. Para.

Por fim, se arrasta o quarto mundo lento e pálido. Este se enrosca em conflitos do humano, se encontra em crises crescentes e finalmente conclui que o mundo, a vida e sua existência não se constrói só em pequenas partes desconexas. Aos poucos sente-se envolto por tênues linhas do universo conectando tudo que existe nos mundos, inclui o Humano a uma teia de relações mutáveis e passageiras.Liberta-se.

Assim é possível notar que nem o homem, nem o mundo se constroem em totalidade e individualidade, tudo se modela a cada instante, se origina e dá origem, se torna independente ao mesmo tempo que depende do todo que o cerca. Nada é mecanizado ou será que é? Não pode o ser! Pois a essência desta vida é sua auto-organização de tal forma que as ligações entre vida, natureza, homem e o mundo moldam todo o Universo.

Mas hoje, em especial, não posso deixar de considerar o rompimento dessas singelas relações ou mesmo quando algo interrompe a essência da Vida, de tal forma que só resta aos que ainda se prendem a essas linhas o sentimento de dor, a saudade e o vazio que as conexões existentes já não suprem mais. Poderia o poeta ser completo sem a Cientista ou o Político? Pode o Direito ser completo sem a História?Jamais.


P.S.: Descanse em paz Larissa Lages - Unespiana de História
        Em tão pouco tempo de convivência já vai fazer imensa falta.
        Luto 26/03/2016 



Nathália Galvão

A visão sistemática da vida

      O filme "O ponto de mutação", dirigido por Bernt Capra, apresenta como tema central uma nova forma de enxergar e compreender o mundo, como um sistema, e não como partes isoladas. Os personagens principais do filme - um político, um poeta e uma física - debatem esta visão durante o filme, fazendo com que cada um destes acrescente novos pontos e novos questionamentos à pauta principal.
     A visão da vida e do mundo como sistemas que interagem entre si se baseia no principio de que tudo tem como fundamento conexões e relações. Desta forma, tal visão é oposta ao método Cartesiano, visto que este propõe que "disseque-se" cada objeto de estudo e analise-se suas partes separadamente, para depois compreender o todo. O pensamento de sistemas sugere que cada objeto, ser vivo ou mesmo problemas ao redor do globo devem ser analisados como parte de um sistema maior, que interage com outros sistemas, e portanto, não pode ser compreendido separadamente destes. No filme, tem-se como exemplo uma árvore: um cartesiano observaria a árvore dividindo-a em folhas, tronco, caule, e estudando cada uma destas partes. Já o pensador de sistemas enxergaria a árvore como parte de toda a floresta, para compreender sua natureza de maneira efetiva.
     As ideias trabalhadas em "O ponto de mutação" são, certamente, discutíveis, mas podem, se observadas cuidadosamente, trazer novas noções para o pensamento, e fazer com que, ao buscar compreender algo, não nos foquemos apenas no objeto de estudo em si, mas naquilo que o rodeia, para que tenhamos uma visão mais ampla e abrangente daquilo que nos cerca.

Gabriel Cândido Vendrasco - 1º Direito (diurno)