Nos tempos hodiernos, muitos
juristas são fortemente influenciados e baseiam suas decisões no que é chamado
de positivismo jurídico – pensamento fundamentado tão somente nas normas, sob
uma perspectiva crua, leviana e, por vezes, aporofóbica da realidade. Nesse
sentido, o marxismo como base na formação e atuação do jurista vem para
combater essa ideia excludente e para formar profissionais com pensamento
crítico e conscientes, questionando como as estruturas legais refletem e mantêm
as relações de poder na sociedade e como combater as desigualdades e injustiças
presentes no sistema jurídico.
Ademais, a influência do
marxismo nessa área de formação e atuação dos juristas pode trazer mais
consciência social, capacitando-os a advogar de forma mais eficaz em prol da
justiça social, uma vez que haveria uma compreensão mais profunda das questões
sociais e econômicas implícitas e inerentes aos casos legais.
Portanto se houvesse uma maior influência do marxismo na formação e, por conseguinte, na atuação profissional dos juristas, é possível afirmar que suas decisões seriam mais justas, sob uma análise crítica dos casos, além de combater decisões inspiradas do positivismo jurídico que só prejudicam ainda mais as classes desfavorecidas da sociedade, como pôde ser visto e elucidado em diversos casos de injustiça comentados na palestra do CADir.