A história da todas
as sociedades que já existiram é a historia da luta de classes. É dessa
maneira que se inicia uma das maiores obras de nossa sociedade. “O Manifesto
Comunista”, de Karl Marx e Friedrich Engels, trata do antagonismo de classes, fato
este já existente, porém aprofundado pelo surgimento da burguesia e o regime
capitalista.
A emergência de uma sociedade burguesa decorre do processo
de decaimento do feudalismo. A partir desse momento, abandona-se uma economia
autossuficiente e eleva-se o modo de produção capitalista, cuja característica maior
é a fabricação de produtos em massa. Deste modo, a diferença de classes foi ampliada,
assim como a sua exploração. Apesar da maioria proletária, eram os burgueses
que detinham os meios de produção, o que facilitava o abuso por parte destes.
A impressão da burguesia como estrato revolucionário logo se
transformou na figura de um homem explorador, com uma barriguinha saliente
fruto da fartura gerada por seus operários. Já estes se valiam de uma expressão
pálida, raquítica, que demonstrava o quão explorados eram.
No Manifesto Comunista, Marx e Engels apresenta essa
sociedade de maneira a critica-la. A burguesia criaria uma nação à sua
semelhança, atingindo todos os pontos desta. Tudo estaria baseado no pensamento
capitalista, não sendo diferente no Direito. Este defenderia o interesse do
explorador, direta ou indiretamente.
Assim ocorre também com as famílias, que se tornavam reflexo
da exigência social capitalista. Os filhos não passavam de mercadorias para
seus pais, que os viam como forma de enriquecer e atingir o patamar burguês. O
consumo, por sua vez, era o meio de se conseguir a tão desejada felicidade,
transformada em um objeto de valor.
Atualmente não seria diferente. A imprensa reflete o pensamento em massa; nas ruas deparamo-nos com o consumismo exagerado, que resulta em crises mundiais, fome e miséria; e, por fim, o aumento da diferença entre classes é exponencial.
A solução para essa luta de classes seria, na visão dos
autores, a revolução proletária. O Comunismo, sistema defendido por eles,
acabaria com o antagonismo e livraria os trabalhadores das amarras
capitalistas, que impedia suas ações e o seu livre pensamento. Todos seriam
livres para exercer suas funções objetivando somente o bem comum, e não seu
beneficio próprio. Por isso, trabalhadores
de todos os países, uni-vos! Assim, a sociedade tornar-se-á ideal para
todos os seus membros.