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terça-feira, 14 de maio de 2013

A sociedade anda por si só


Num debate clássico, contrapõe-se as concepções das possíveis origens da sociedade. Para Durkheim, a sociedade como um emaranhado de instituições, é fruto da necessidade humana. Assim, não bastam os desejos, nem mesmo a unanimidade para o surgimento de tais instituições. é necessário um condicionamento dos fenômenos e, então, a necessidade as realiza, institui, justifica.

Desse modo, a consciência coletiva é esculpida e passa a atuar imperativamente nos fatos sociais. Numa consequência direta, florescem as leis, escritas ou não, que buscam constantemente o estado de harmonia social. Assim nasceram as sanções: a necessidade criou instituições que impregnaram-se na consciência dos indivíduos e, desenvolvendo-se, legitima tais instituições por meio de leis.

Depara-se, pois, com um sociedade já regrada e consolidada, alterando-se com um dinamismo rastejante. Nesse lento modificar, a sociedade mantém-se pela coerção que suas leis provocam e assim, ao contrário de Hobbes, a sociedade não é guiada pelas vontades individuais, mas por suas próprias tendências. Nessa conjuntura, Durkheim demonstra o homem ultrapassado pela realidade social, na qual é impelido a adequar-se em sua função social. Assim, é possível sintetizar o fato social como uma realidade que mantém e assegura a continuidade de toda a divisão e ordenamento social.

Durkheim e os Direitos Humanos


Durkheim, em sua obra As Regras Do Método Sociológico, mostra que ao contrário do que a maioria dos sociólogos acreditam, a explicação dos fatos sociais não está apenas em sua função desempenhada, sua finalidade, e sim também em suas causas eficientes, pois estas surgem ao longo da história e exercem pressões sobre os homens de forma que forcem o surgimento ou modificação da função dos fatos sociais, determinantes do estabelecimento da harmonia social.
Usando como exemplo a construção de hospitais e a funcionalidade de convênios médicos. De acordo com os Direitos Humanos, o homem tem direito à saúde, consequentemente, é dever do Estado prove-la, abrindo espaço para que se esse provimento for ineficiente os cidadãos tenham direito de resistência, combatendo o governo com revoltas e greves. Assim, constantemente em campanhas eleitorais e propagandas de governo, o tema da saúde é abordado, para garantir que esse direito seja cumprido e a harmonia social seja mantida.