A sociedade em que vivemos possui suas
diversidades, suas culturas, seus diferentes modos de vestir e de falar, possui
subdivisões que variam em partes entre si. Porém, cada subdivisão apresenta
características próprias que a distingue, e a sociedade em si, apesar das
subdivisões, apresenta características que a forma, que a distingue de qualquer
outro conceito. Essas qualidades, comportamentos, regras de conduta, foram
passados de geração a geração, e se enraizaram de tal forma que pensamos que é
algo inato e natural, mas não, há um sentido para as coisas serem como são,
segundo Émile Durkheim.
Os fatos sociais que regem nossa
sociedade são causados por mecanismos muito profundos, são regidos pelos
interesses e pela harmonia das instituições que nos cercam (Estado, casamento,
religião, escolas, universidades, a cidade onde se vive, dentre outros). Dentro
dos fatos sociais e regidos pelos costumes, os indivíduos dão sequencia aos
valores apreendidos, como se isso fosse afirmar a individualidade e o poder de
escolha.
Para Durkheim, o social tem uma
natureza, uma substância diferente da natureza individual; o grupo pensa,
sente, age diferentemente da maneira de pensar, sentir, agir de cada indivíduo
isolado pertencente a esse grupo. Isso significa que os verdadeiros valores e
opiniões estão ocultos nos pensamentos ou extremamente restritos a poucas
pessoas mais próximas; as pessoas “dançam conforme a música”, seguem uma moral
imposta pela sociedade para serem aceitas e bem vistas. Não há uma moral inata,
há a moral que absorvemos no círculo social causada pelo ciclo harmonioso de
interesses das instituições da sociedade.