Quando Max Weber iniciou seus estudos sociológicos, uma de suas principais preocupações era a de que a sociologia se transformasse em uma ideologia. Desse modo, visava torná-la “digna” de credibilidade, ou seja, uma ciência da realidade empírica. Diferentemente da posição positivista, por exemplo, que partia do pressuposto que a realidade em si é pautada por ações imutáveis, tal qual feita no campo das ciências nomológicas, Weber introduz na sociologia uma perspectiva inovadora, segundo a qual seria a sociologia teria de ser pautada por meio de uma interpretação social das ações individuais, e não de estruturas(econômicas, por exemplo) que contêm uma dinâmica fixa, compreendendo para isso que a ação sociais é antes de tudo movida por valores, variáveis de acordo com a situação específica.
Max Weber classifica assim, a ação social em quatro tipos: a)ação racional com relação ao objeto; b) ação racional com a relação a um valor; c) ação efetiva;d) ação tradicional.
O que pode-se concluir desta sistematização é que Weber visa usar delimitar critérios diferentes para definir um dado agir, aproximando-se desta forma o máximo possível da realidade objetiva. Parte dessa concepção explica sua crítica ao dogmatismo do materialismo histórico,que parte apenas da perspectiva econômica para explicar os fenômenos sociais, rebaixando, desse modo, a importância de valores culturais e éticos, por exemplo.
Pode-se concluir que, para a sociologia de Weber, os
acontecimentos que integram o social têm origem nos indivíduos e cujo objetivo
de tal ciência é compreender, buscar os nexos causais que deem o sentido da ação
social, evitando-se para isso uma "cair" numa ideologia.