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domingo, 7 de maio de 2023

O materialismo histórico defendido por Marx e Engels

O materialismo histórico é um objeto de estudo desenvolvido pelo filosofo alemão Karl Marx, no qual as forças de produção determinam as repartições de trabalho e de bens, condicionando o desenvolvimento da sociedade através de um conflito de interesse econômico que possui correlação entre a política, o jurídico e a filosofia. Ademais, o materialismo seria um estudo objetivo da sociedade que possui uma força de produção que se tornam destrutivas com o tempo de acordo com Engels, pois quanto mais o proletário trabalha ele torna  forte a classe para quem ele trabalha.

A priori, é cabível pontuar como o materialismo dialético afeta a vida pessoal dos indivíduos, um exemplo é no artigo “Deriva”, onde um pai começa em um a trabalhar de maneira desenfreada em uma empresa com o ambiente hostil, para dar para seu filho uma boa qualidade e vida e uma chance de ascensão social, mas acaba não tendo uma relação de proximidade com o filho por conta da extensa carga horaria. Nesse contexto, Sennett defendia que é necessário se ter um sentido de pertencimento para que a realidade nas cidades seja agradável.

De acordo com a ideologia alemã, o Estado para Marx por mais democrático que fosse a nação, sempre colocaria no topo do poder a classe dominante e mantendo junto seus privilégios, evidenciando que não são os pensamentos que conferem o mundo, mas sim as relações de produções que condicionam as ideias. Além disso, pensar que logicas de ideias dominam o mundo só vale na prática para as classes dominantes, evidenciando que essa relação resulta em uma nova dinâmica social que certamente terá resultados semelhantes, pois constantemente alguém será o dominado e o dominante, não sendo a consciência que determina a vida, massa vida que determina a consciência de acordo com Marx.

ALUNA: MARIA APARECIDA DE JESUS MACHADO

RA; 231224923

PERIODO: DIREITO MATUTINO

Um bate-papo com o titio Marx: o falseamento do real e o materialismo.

 

Primordialmente, eu gostaria de enfatizar a ideologia de Karl Marx, em que ele denota o "falseamento do real" e a reflexão realizada em aula diante da nossa realidade ser limitada por bens materiais, isto é, as representações como: a ciência, a religião e a arte apresentam uma aparência de autonomia, entretanto, elas não possuem autonomia! Elas são vinculadas a uma base material. Ademais, nota-se que as relações sociais também são engendradas pelas relações de produção, porque a máxima do capitalismo é justamente essa: tudo passa a ser contabilizado/materializado e todos vivem num sistema enviesado numa dependência de existência e sobrevivência por bens materiais.

Nesse sentido, percebe-se que há um método estabelecido de olhar para a realidade social, através de uma concepção materialista, aliás, essa é uma pauta mais relevante ainda no que tange ao direito, pois Hegel apontava que o direito viria como uma forma de suprir demandas da evolução do homem em sociedade, expressando o espírito de um povo fundado na vontade racional. Mas, observa-se que as transformações são tão profundas e complexas que a capacidade do direito de alcançar essa evolução, tornou-se desproporcional, é como se o direito não conseguisse acompanhar integralmente essas forças produtivas.

Portanto, o materialismo histórico e dialético de Marx e Engels, expõe uma crítica em detrimento do direito filosófico, em que se caracteriza como uma ideologia e não uma prática política. A perspectiva histórica deles encontra-se além de uma filosofia tradicional hegemônica, ela se preocupa em explicar a realidade vigente, logo, evidencia que não se deve pensar no mundo, mas sim em transformá-lo.

Nome: Melissa Estevam dos Santos - (1º Ano Noturno) RA: 231224321


Uma síntese da vida em três princípios

 

 A obra “A Ideologia Alemã”, de Marx e Engels, apresenta a síntese de três princípios básicos sobre o modo de produção no qual nós estamos inseridos, garantindo um guia de sobrevivência e perseverança através de uma leitura que prima por frisar, de maneira cronológica, o entendimento do homem burguês que se distingue dos animais logo que começa a produzir seus meios de subsistência, algo que, indiretamente, produz também sua vida material, a criação da própria identidade de acordo com o trabalho e a universalização dos pensamentos da classe dominante. 

 O fim da dependência da natureza, tido como o grande avanço que iniciou o antropoceno, determinou não só a garantia de subsistência, como também um método de separação hierárquica entre os homens ao instituir a posse de algo através do mérito da produção do mesmo. Desse modo, a antiga horizontalização do grupo com divisão igualitária do trabalho em diferentes funções deu lugar ao uso da propriedade como determinante na caracterização de uma vida material, na qual o que você têm institui quem você é e o quanto você deve trabalhar.

 Ao seguir esse segundo princípio básico do nosso modo de produção é feita uma clara distinção entre o vencedor (burguês dono do meio de produção) e o perdedor (trabalhador assalariado comum). Porém, não é uma verdade incontestável o questionamento da validade desse modo de vida e, de maneira majoritária, o discurso do “mérito” do vencedor em subjugar seu semelhante por fins materiais é o mais propagado. Sendo assim, vende-se o pensamento da classe dominante como uma ideia universal a ser seguida e perpetua-se a exploração dos iludidos trabalhadores engajados em uma ideia de mérito rara e falível.

 Portanto, a cruel visão capitalista explicada na obra “A Ideologia Alemã” mostra o início da ideia que molda seus indivíduos para serem o que produzem ao invés do que sonham, para seguirem o que os domina e não o que pensam e, para produzir uma vida material no lugar de uma vida natural. Logo, cada sujeito nasce com um valor e, para os menos valorizados, a única chance de perseverar é produzir até garantir uma propriedade que valha mais do que a vida de um semelhante e o suficiente para designar a ideia de mérito burguesa.

Guilherme Trevisan, 1° ano de Direito Matutino, RA:231220359

O capitalismo como estilo de vida

As redes sociais e os avanços tecnológicos têm causado o surgimento de diversos ramos de mercado nos últimos anos. No entanto, um deles pode ser destacado: os coachs, pessoas que vendem a promessa de sucesso econômico partindo de uma ideologia neoliberal, muito presente no cotidiano. Ao olhar para esses conteúdos, é notável a repetição de certos ideais de meritocracia, de que se o indivíduo trabalhar o “suficiente” ele pode alcançar uma condição financeira muito melhor; estamos falando da clássica frase “trabalhe enquanto os outros dormem”.


Quando se analisa tais didáticas, a lógica capitalista se mostra presente. É exposta uma urgência de ser sempre produtivo, pois esta é a única forma de ascender socialmente. Tal concepção ignora totalmente a realidade da maioria da população brasileira, que é quem mais consome esse tipo de conteúdo. Afinal, como uma pessoa que acorda às 5 da manhã para ir trabalhar e só volta para casa após as 10 da noite vai poder “trabalhar enquanto os outros dormem”? Essa valorização da produção sobre outras necessidades humanas é uma espécie de alienação do proletariado, que se vê impelido a vender sua força de trabalho cada vez mais sob a promessa de uma melhor qualidade de vida. Desta forma, temos cada vez mais indivíduos sobrecarregados e doentes ao tentarem alcançar uma fórmula impossível para o sucesso.


Ademais, tal ideologia também afeta as relações interpessoais, uma vez que um dos conceitos divulgados por ela é o do networking: mesmo as relações sociais devem ser pautadas em interesses econômicos pois, mais do que amizades sinceras, é importante ter contatos que o ajudem a ascender na hierarquia econômica. Richard Senett exemplifica isso ao falar da “força dos laços fracos”, com um exemplo de como as dinâmicas de trabalho afetam o relacionamento de um homem com seus filhos. Este não consegue passar valores como lealdade pois não os vivenciam em seu cotidiano. Isso se reflete na realidade de várias famílias, que não conseguem conciliar este ritmo acelerado e insano de trabalho com uma relação saudável em casa.


Partindo de uma análise materialista, como proposta por Marx e Engels em seu livro A ideologia alemã, é vital perceber a diferença entre o que é propagado como meritocracia e aquilo que é a realidade do proletariado brasileiro. A ascensão econômica está relacionada a muitas outras coisas para além do esforço de trabalho das pessoas: enxergar a realidade desta forma é uma ilusão, pois não se leva em conta as particularidades de tal classe. Mais do que isso, tal ideal é uma forma de dominação, pois leva os indivíduos a venderem cada vez mais em situações precárias a sua força de trabalho, na vã esperança de um dia alcançar este sucesso prometido.


Ana Paula de Souza


RA: 231221029


1º Direito matutino


O MATERIALISMO HISTÓRICO DIALÉTICO DE MARX E ENGELS

O materialismo histórico dialético é uma corrente teórica desenvolvida por Karl Marx e Friedrich Engels, que tem como objetivo entender a história da humanidade a partir das relações sociais e das formas de produção. Para exemplificar o tema, podemos tomar como referência o filme "Tempos Modernos", dirigido por Charlie Chaplin. A obra retrata a exploração do trabalhador e as condições desumanas em que este se encontrava durante a Revolução Industrial. Essa realidade, segundo Marx, é fruto das contradições do sistema capitalista, que transforma as relações sociais em relações mercantis.

A partir do materialismo histórico dialético, podemos entender que a cultura também é um produto das relações sociais e das formas de produção. Para ilustrar essa relação, podemos citar o livro "O artista do mundo flutuante", de Kazuo Ishiguro. A obra retrata a cultura japonesa durante o período pós-guerra, que foi fortemente influenciada pela presença americana no país. Essa mudança cultural ocorreu em decorrência das transformações econômicas e políticas que o país passou a enfrentar após a guerra.

No texto "Deriva", de Richard Sennett, podemos observar a relação entre o materialismo histórico dialético e a vida cotidiana das pessoas. O autor argumenta que a vida moderna é caracterizada pela falta de conexão entre as pessoas e pelos espaços urbanos fragmentados. Esse cenário é fruto das mudanças econômicas e sociais que ocorreram ao longo da história, que foram marcadas pela busca pelo lucro e pela eficiência. Sennett afirma que é preciso resgatar o sentido de comunidade e de pertencimento para que a vida nas cidades seja mais saudável e satisfatória.

Em conclusão, podemos observar que o materialismo histórico dialético é uma corrente teórica que tem como objetivo entender a história da humanidade a partir das relações sociais e das formas de produção. Esse conceito pode ser aplicado a diversos aspectos da cultura e da vida cotidiana, como demonstrado pelos exemplos citados ao longo do texto. É preciso estar atento às contradições e transformações sociais para entendermos o mundo em que vivemos e para buscarmos uma vida mais satisfatória e equilibrada.

Nicolas dos Santos Mattos - Primeiro Ano, Matutino 

RA: 231223731

Compreensão da realidade social à luz do marxismo

 Viviane e Max, entregadores de aplicativo, foram humilhados em espaço público por Sandra, moradora de um bairro nobre. Viviane teve a sua perna mordida e Max teve as suas costas chicoteadas. Ambos ouviram falas como “Eu não sou da laia de vocês! Voltem para a favela”, além de outros xingamentos racistas e aporofóbicos. Tal ocorrido não ficou marcado apenas na pele, por meio das marcas de dente e das marcas de chicote, mas também por toda a história daqueles indivíduos, os quais já possuem um passado que estigmatiza os seus corpos.

Analisar esse caso pela perspectiva marxista é entender a participação do passado no acontecimento presente. Nesse sentido, o peso da escravidão e o peso da negação de uma plena reparação histórica ainda impactam o comportamento social. O Brasil foi o último país americano a abolir o escravagismo e os governos pós- abolição não se preocuparam em investir em políticas públicas efetivas de inclusão social e reparação por tamanho erro. Com efeito, a população negra ainda sofre intensamente com o racismo - mesmo que eles sejam feitos de maneira velada – e com a pobreza, como pode ser observado na matéria do IPEA que revela que pretos são a maioria nas favelas. Marx afirma que os homens fazem a sua própria história, logo, possuem livre-arbítrio, mas eles não a fazem como desejam. Existem limitações que delimitam a história dos indivíduos que são legadas e transmitidas pelo passado. Portanto, percebe-se que a desigualdade racial e social, herdadas do passado brasileiro, são embates travados por minorias e que impedem uma vivência plena, com equivalência de oportunidades com as demais classes. Por isso, casos como o de Viviane e Max ainda são noticiados.

O entendimento histórico de tal dinâmica social contraria o ideal meritocrático pregado pelo mundo coorporativo e pela classe dominante. Para esses agentes sociais, o sucesso do indivíduo depende do esforço que ele empreende para conquistar os seus sonhos. Não há uma análise sociológica e histórica que compreende as mazelas sociais e catracas invisíveis que impedem que o esforço seja mero instrumento para ascender socialmente. Esse ideal mascara a bruta realidade em que, apesar de muito suor e trabalho, ainda existam filas em açougues para que famílias que lutam contra a fome consigam doação de ossos. Essa discrepância de olhar social demonstra o que Marx defende acerca da consciência: para ele, não é a consciência que determina a vida, mas a vida que determina a consciência. Tal determinação é, muitas vezes, feita por meio da base material. Por isso, há diferentes formas de se enxergar uma dinâmica social: para o mais abastado, que possui oportunidades e uma série de privilégios, o esforço pode ser sinônimo de sucesso. Infelizmente, para a classe social mais baixa, tal correlação nem sempre é verdadeira.

Conclui-se, pois, que analisar a sociedade a partir de uma concepção materialista da história é compreender o papel do passado nas dinâmicas contemporâneas e perceber como a base material influencia consciências engendradas no tecido social. Por tais motivos, os estudos marxistas estão à luz dos problemas sociais vigentes e se fazem tão importantes para o entendimento deles.

 Aluno: 231224702 - Giulia Lopes Batista Pinto | Direito - Matutino

 

O MATERIALISMO HISTÓRICO DE MARX E ENGELS

     Um dos expoentes do idealismo alemão do século XIX foi o filósofo Friedrich Hegel. Pensador alemão do período compreendido entre o final do século XVIII e início do século XIX, uma das principais teorias de Hegel diz respeito ao movimento histórico e à construção do conhecimento a partir do processo dialético. A dialética hegeliana, de forma sucinta, consiste na evolução histórica e do conhecimento a partir da criação de sínteses provenientes do conflito entre teses e antíteses; para o autor, tais sínteses não seriam a completa oposição entre uma certa tese e uma antítese, mas sim sua superação, englobando, de certo modo, ambas.

     Entretanto, o maior uso de destaque de sua teoria no contexto das ciências sociais se deu com o materialismo histórico de Karl Marx e Friedrich Engels. Os autores propunham que a análise social deveria ser feita por vias concretas, tendo sempre como foco a realidade em si, sem idealismos ou abstrações (a sociedade e os indivíduos tal como são, não como deveriam ser). Ainda, alegam que a observação da realidade social deve ser feita a partir dos meios materiais de produção a que utilizam, visto que, para eles, são estes que regem uma sociedade e a vida e as ações dos indivíduos que a compõem.

     No tocante ao encontro da teoria de Hegel e de Marx e Engels, embora os últimos se posicionem contra a maioria do pensamento hegeliano, calcado no idealismo, todos concordam acerca do movimento histórico dialético. Para Marx e Engels, as características básicas da sociedade capitalista (contexto histórico no qual estavam inseridos e que perdura até os dias de hoje) são os meios de produção como sua base e a existência de classes sociais conflitantes, divididas em duas, a que detém a propriedade privada dos meios de produção e aquela que é forçada a vender sua força de trabalho. Assim, analogicamente aos conceitos de tese e antítese, os autores afirmam ser essa luta de classes a responsável pelo movimento da história de modo que, ao curso do tempo, classes dominante e dominada confligem, resultando em uma nova dinâmica social, também dividida entre classes dominante e dominada, e assim sucessivamente.

     Dessa maneira, percebe-se a importância da análise materialista proposta por Marx e Engels para o entendimento do paradigma atual das sociedades capitalistas. Fica evidente o acerto dos pensadores quanto aos meios materiais de produção e a luta de classes serem, respectivamente, a base das sociedades contemporâneas e o motor da história. À exemplo destes, pode-se citar não só a Revolução Francesa (marcada pela luta de classes entre nobreza e burguesia) como um dos principais criadores do modelo social vigente na maior parte dos países do mundo contemporâneo, mas também o fato de que a grande maioria das sociedades atuais baseia todo o seu modo de vida e de organização em fatores como classe econômica e situação trabalhista, além do fortíssimo estigma e segregação àqueles que tentam se posicionar contrários à tal sistema.

Maria Clara Feitosa de Oliveira - 1° ano de Direito - matutino - RA: 231223481 


Marx, Engels e Sennett

O materialismo histórico-dialético é uma maneira de analisar a sociedade com base em suas mudanças históricas e sociais. Esse método de análise é desenvolvido por Marx e Engels.

Utilizando esse método no texto de Sennett, podemos observar como o capitalismo, através da história, consegue se manter mesmo com a evolução da sociedade. 

O capitalismo traz a ideia de que se você trabalha, ganha dinheiro, logo pode enriquecer através do acumulo de capitais, entretanto percebemos essa mentira escancarada quando vemos pessoas que trabalham mais de oito horas por dia, e não conseguem acumular capital (isso pois não são donas do meio de produção, o que se torna dificil ser sem dinheiro gasto para necessidades básicas de sobrevivencia).

Ao longo da história esse sistema se adaptou as inovações tecnológicas, hoje é possível trabalhar de casa, permitir que tarefas antes feitas por pessoas, agora seja feita por máquinas, pessoas com diplomas não conseguem emprego, ao mesmo tempo que o mercado exige muita qualificação. 

Comparando o capitalismo atual com o de Rico e Enrico, personagens do texto de Sennett, podemos ver mais claramente essas mudanças. Rico precisou estudar e ter um diploma para adquirir conhecimento da área em que trabalha e abriu a própria empresa, Enrico precisou trabalhar como faxineiro para comprar a sua casa, nos dias atuais pessoas com e sem diploma encontram-se desempregadas.

Coaches e a ideologia capitalista

 Life coaching é uma indústria em expansão com muitas pessoas buscando orientação e apoio de profissionais “especializados” em fornecer conselhos e estratégias para ajudá-los a alcançar seus objetivos pessoais e profissionais. Essa indústria sugere que a chave do sucesso está dentro do indivíduo e que, com a mentalidade, as ferramentas e as técnicas certas, qualquer um pode alcançar seus sonhos. Essa abordagem individualista do sucesso está profundamente enraizada na sociedade capitalista, onde o sucesso é igualado à realização pessoal e ao ganho financeiro.


Os coaches, ao reproduzirem a ideologia da classe dominante, falham em reconhecer a dinâmica de luta de classes que permeia nossa sociedade. Ao encorajar os indivíduos a se concentrarem exclusivamente em seu desenvolvimento pessoal, os coaches perpetuam a crença de que o sucesso é apenas o resultado do esforço e da determinação individual. Isso ignora o fato de que o sucesso geralmente depende de fatores fora do controle do indivíduo, como status socioeconômico, acesso a recursos e desigualdades sistêmicas.


A teoria marxista argumenta que a ideologia é moldada pela classe dominante e serve para manter seu poder e controle sobre a sociedade. No caso dos coaches, a ideologia do auto aperfeiçoamento reforça a ideologia capitalista dominante que impede o trabalhador de perceber os problemas estruturais que o mantém em sua condição de dominação, dessa forma fortalecendo a posição de poder da burguesia. 


Portanto, é possível notar que a ideologia dos coaches é oriunda das classes dominantes e tem como objetivo disseminar entre a população geral os ideais de produtividade e individualismo. Ao promover a ideia de que o sucesso é apenas o resultado do esforço individual, os life coaches ignoram os fatores sociais, econômicos e políticos mais amplos que contribuem para a desigualdade e a opressão. A ideologia capitalista de auto aperfeiçoamento não apenas reforça as estruturas de poder existentes, mas também serve para obscurecer a verdadeira natureza da exploração e as consequências negativas do capitalismo. De uma perspectiva marxista, fica claro que o life coaching perpetua a ideologia das classes dominantes e reforça o status quo em vez de desafiá-lo.


Caio de Sousa Dias Santos
RA:231222611
1°ano direito noturno

O materialismo como fonte do capitalismo na sociedade

Desenvolvido por Karl Marx e Friedrich Engels no século XIX, o materialismo histórico consiste em um método de entendimento da realidade social que considera as relações de produção, condições materiais, forças produtivas e espírito para justificar a evolução da sociedade ao passar dos anos. Por essa visão, as relações sociais são geradas e influenciadas pelas relações de produção, pois na medida que a produção aumenta, a classe trabalhadora tende a dar mais de si para satisfazer as necessidades que a classe dominante possui.
Dessa forma, Marx explica que os indivíduos fazem sua própria história, mas a fazem a partir de escolhas e circunstâncias pelas quais estão submetidos de acordo com a continuação das gerações. A título de exemplo, podemos citar a relação entre pai e filho, Enrico e Rico, presente no texto de Sennett, já que o filho estava indiretamente submetido a ter a mesma vida e o mesmo trabalho que seu pai teve. 
    Trazendo para a realidade atual, observa-se a imersão do capitalismo através do materialismo em nossa sociedade, em que as pessoas apenas se preocupam com produzir e adquirir cada vez mais, independentemente das consequências desse processo. Portanto, vê-se que a sociedade segue sendo influenciada e construída a partir das relações de produção e, por consequência, a partir das relações de poder, o que a torna pouco imutável em comparação com a realidade social do século XIX em que Marx e Engels desenvolveram suas ideias.


Bárbara Vitória Gomes Bugiga

1º ano Direito - Noturno

RA: 231222203


Materialismo e Fetichismo

          Marx desenvolveu uma metodologia de estudo científico utilizando o método dialético de Hegel, porém com presença da análise histórica materialista. Isso deu uma percepção social mais próxima da realidade gerando estudos sobre as estruturas da sociedade que influenciam as dinâmicas dos indivíduos.

          A análise materialista observa qual a relação material de uma determinada sociedade em uma determinada época. Com isso conseguimos observar como esta comunidade se hierarquiza, suas prioridades e como se formam todas as outras superestruturas.

          Com base neste conceito, Marx observou que alguns produtos dentro da sociedade capitalista tinham um valor social maior que outros de mesma natureza, esses produtos continham uma característica que Marx definiu como “fetichismo da mercadoria”, pois os mesmos eram contaminados por um pensamento de que os materiais comercializados geram benefícios ou status aos indivíduos que os possuíssem.

          Podemos observar fetichismo na atualidade utilizando o método materialista nos celulares, por exemplo, é observável que o celular Iphone, contém tanto um valor monetário maior como social também, mesmo não se diferenciando de seus concorrentes. Isso decorre da valorização da marca Apple como um produto elitizado, “aumentando o status social” de quem o tiver.

          Conclui-se que o método Materialista-Histórico-Dialético ainda nos ajuda a entender nossa realidade, evidenciando as dinâmicas sociais que influenciam nosso comportamento Individual, como o Fetichismo da mercadoria.

NOME: David Gardeazabal Orotona

SALA: 1° ano Direito (noturno)

RA: 231220316

Coaches e a ideologia capitalista


Life coaching é uma indústria em expansão com muitas pessoas buscando orientação e apoio de profissionais “especializados” em fornecer conselhos e estratégias para ajudá-los a alcançar seus objetivos pessoais e profissionais. Essa indústria sugere que a chave do sucesso está dentro do indivíduo e que, com a mentalidade, as ferramentas e as técnicas certas, qualquer um pode alcançar seus sonhos. Essa abordagem individualista do sucesso está profundamente enraizada na sociedade capitalista, onde o sucesso é igualado à realização pessoal e ao ganho financeiro.

Os coaches, ao reproduzirem a ideologia da classe dominante, falham em reconhecer a dinâmica de luta de classes que permeia nossa sociedade. Ao encorajar os indivíduos a se concentrarem exclusivamente em seu desenvolvimento pessoal, os coaches perpetuam a crença de que o sucesso é apenas o resultado do esforço e da determinação individual. Isso ignora o fato de que o sucesso geralmente depende de fatores fora do controle do indivíduo, como status socioeconômico, acesso a recursos e desigualdades sistêmicas.


A teoria marxista argumenta que a ideologia é moldada pela classe dominante e serve para manter seu poder e controle sobre a sociedade. No caso dos coaches, a ideologia do auto aperfeiçoamento reforça a ideologia capitalista dominante que impede o trabalhador de perceber os problemas estruturais que o mantém em sua condição de dominação, dessa forma fortalecendo a posição de poder da burguesia. 


Portanto, é possível notar que a ideologia dos coaches é oriunda das classes dominantes e tem como objetivo disseminar entre a população geral os ideais de produtividade e individualismo. Ao promover a ideia de que o sucesso é apenas o resultado do esforço individual, os life coaches ignoram os fatores sociais, econômicos e políticos mais amplos que contribuem para a desigualdade e a opressão. A ideologia capitalista de auto aperfeiçoamento não apenas reforça as estruturas de poder existentes, mas também serve para obscurecer a verdadeira natureza da exploração e as consequências negativas do capitalismo. De uma perspectiva marxista, fica claro que o life coaching perpetua a ideologia das classes dominantes e reforça o status quo em vez de desafiá-lo.


Caio de Sousa Dias Santos 

RA:231222611

1° ano direito - noturno


A superficialidade das relações pessoais no capitalismo contemporâneo

 Segundo o materialismo histórico, teoria proposta por Karl Marx e Friedrich Engels, a produção material define a humanidade, de forma que os meios de produção estão intrinsicamente ligados ao modo de vida das sociedades. Sob essa ótica, é interessante notar como a forma de trabalho influencia na vida pessoal e familiar, tema apresentado pelo sociólogo Richard Sennet em seu livro “A corrosão do caráter”, no qual é descrita a história de Rico, considerado bem-sucedido, filho de trabalhadores sindicalizados, que trabalharam diariamente para que seu filho pudesse ter uma boa formação acadêmica. No entanto, esse conceito materialista de sucesso é destrinchado ao longo da trama, uma vez que se percebe que sua busca por enriquecimento financeiro, dentro do modelo capitalista contemporâneo, degradou suas relações interpessoais e sua vida pessoal.  

Diante desse cenário, a exploração capitalista na contemporaneidade é marcada pela insegurança e pela transferência de responsabilidades do empregador para o trabalhador sob uma máscara de maior liberdade e flexibilidade. Nesse sentido, as novas tecnologias possibilitaram a flexibilização do trabalho, como o home office e a uberização, e essa nova relação trabalhista é panfletada como uma maneira de independência, por exemplo de controlar o próprio horário de trabalho, sem um horário pré-estabelecido. Contudo, essa suposta autonomia faz com que o empregado não diferencie seu horário de trabalho das horas de descanso, uma vez que para conseguir bater as metas da empresa e receber um salário suficiente, muitas vezes o indivíduo tem que trabalhar muito além do período estabelecido.

 

Ademais, essa flexibilidade, o dinâmico mercado de trabalho, facilita as demissões e as constantes mudanças, de forma que os trabalhadores estão sempre inseguros e, como Rico, mudando de emprego. Essa vulnerabilidade cria um forte ambiente de competitividade, pois o funcionário que menos produzir pode facilmente ser demitido, o que causa desconfiança entre os colegas de trabalho. Assim, essa concorrência, somada às várias demissões e alterações de emprego, dificulta a formação de vínculos de amizade e faz com que a relação entre as pessoas se torne extremamente impessoal e superficial.

 

Consequentemente, as relações no ambiente de trabalho afetam e prejudicam a vida pessoal dos trabalhadores, já que se tornou mais difícil a separação entre o emprego e o privado. Nesse contexto, Rico pode ser citado, pois também apresenta dificuldade em manter o convívio familiar, em passar tempo com sua família e com seus filhos, de forma que isso pode afetar as crianças de várias maneiras, como pelo sentimento de solidão, problemas de convivência e de relacionamento com outras pessoas, entre outros. Além disso, assim como a relação trabalhista é inconstante e superficial, os relacionamentos amorosos muitas vezes tendem a também o ser, o que pode ser retratado pela existência de aplicativos de relacionamento, como o Tinder, no qual é fácil de “trocar” de companheiro, de modo a tornar as relações rasas e rápidas.  


Portanto, em consonância com o materialismo histórico, a forma de trabalho influencia nas relações pessoais, de modo que o trabalho contemporâneo, por ser incerto e volúvel, baseado na competição e na maior eficiência possível, enfraquece as relações pessoais, que são relegadas, enfraquecidas e marcadas pela superficialidade.  

Maria Eduarda Bergamasco-1° ano Direito(matutino)

 O Capitalismo e suas várias roupagens: a modernidade e o mundo do trabalho


O século XIX foi marcado por diversas mudanças sociais e políticas ao redor do mundo, uma nova classe social surgia: a burguesia e com ela outras formas de exploração da classe trabalhadora. Nesse contexto conturbado, Karl Marx e Engels tentam olhar para essa sociedade por uma nova óptica, a materialista. Segundo essa lógica, o mundo material influencia a mentalidade dos indivíduos, ou seja, as circunstâncias concretas e materiais atuam como principal meio de explicação da sociedade vigente e dos fenômenos sociais. 

Apesar de serem filósofos de dois séculos atrás, o pensamento de Engels e Marx perpetua até os dias atuais. Nesse sentido, o sociólogo Richard Sennett escreve um texto chamado “deriva”, que por meio da história de “Rico”, faz uma analogia com a sociedade capitalista. A história se trata da vida de um pai e seu filho que passam toda a vida trabalhando para ascender socialmente, além disso, o texto mostra as inseguranças e implicações que Rico passa no mundo do trabalho e que apesar de estar em uma condição de vida melhor que a do pai, ainda vive em função de seu trabalho.

Tendo em vista esse contexto, é necessário fazer uma análise mais profunda da sociedade atual e das dinâmicas de produção. Segundo o filósofo Zygmunt Bauman em seu livro “amor líquido”, na atualidade as relações sociais são guiadas por uma lógica de consumo, pois em um mundo volátil, no qual há rápidas mudanças a todo momento, é impossível que essa “liquidez” não tenha consequência nas relações sociais. Deste modo, o filósofo explica que por meio das tecnologias e plataformas de comunicação, as pessoas encontram um perfil na internet que as interessem e rapidamente surge uma nova amizade, depois se algo nessa relação não agradar mais, com um clique é possível desfazer essa conexão e ir em busca de outras. Essa lógica também é observada na vida de Rico, pois por não ter um emprego fixo, ele sempre precisa se mudar em busca de novas oportunidades e, assim, acaba não possuindo relações de amizade longas e duradouras e sua vida social é submetida à lógica de trabalho. Desta forma, apesar de as plataformas de comunicação serem muito recentes, esse fenômeno se relaciona analogamente ao pensamento de Marx e Engels, já que eles dizem que o modo de produção vigente define as relações sociais do indivíduo e o seu modo de vida.

Além disso, é preciso analisar a questão da precarização do trabalho no mundo atual. Com o advento das tecnologias de informação, as redes de serviço se adequaram a essa modernização, utilizando plataformas digitais para intermediar e facilitar a relação com os clientes. Nesse sentido, surgiram aplicativos como Uber, iFood e Rappi que apesar de simplificar as relações entre trabalhador e cliente, acarretam em péssimas consequências sociais. Esses aplicativos seguem uma retórica diferente do que era visto até então, eles adotam um discurso que o entregador ou motorista não se enquadra como funcionário e sim como colaborador autônomo, desta maneira, essas empresas digitais não tem praticamente nenhuma obrigação trabalhista com o trabalhador e, assim, ele é privado de muitos direitos. Além disso, muitas dessas plataformas pedem para os usuários avaliarem o serviço do motorista, fazendo com que os que forem pior avaliados recebam poucas propostas para entregas, diminuindo seu salário. Nesse sentido, pode-se afirmar que essa realidade é análoga a de “Rico”, pois por não ter um trabalho fixo, ele está em um estado constante de insegurança, sendo um dos principais dilemas de sua vida. Desta forma, é evidente que apesar de estarmos em um mundo diferente, as inseguranças e a precarização do trabalho permanecem em todas as épocas das sociedades capitalistas.

Conclui-se, portanto, a atualidade do discurso de Marx e Engels, pois eles discutem a fundo a lógica do modo de produção capitalista e inovam a maneira de pensar a sociedade usando a dialética materialista. Assim, por meio de uma história tão simples como a escrita por Sennett, é possível identificar os pontos mais profundos da sociedade em que estamos inseridos.


Gabriela Cristina de Freitas Abreu

Primeiro ano de Direito Noturno

RA: 231220278


O Papel do Capitalismo na Corrosão do Caráter

    O livro "A Corrosão do Caráter" de Richard Sennett apresenta uma análise crítica da sociedade contemporânea, dando enfoque nas mudanças no mundo do trabalho e em suas consequências para a formação do caráter das pessoas. Por sua vez, o capítulo "Feuerbach: oposição entre a concepção materialista e o idealista", do livro "Ideologia Alemã" de Karl Marx e Friedrich Engels, trata sobre a relação entre a materialidade do mundo e as ideias que as pessoas têm sobre ele, ambos os livros se complementam, como será desenvolvido no decorrer do texto. 

    Sennett destaca que a forma como as pessoas trabalham mudou drasticamente nas últimas décadas, com o incorporado de novas tecnologias e a crescente importância do setor de serviços. Em muitos empregos, o trabalho tornou-se mais mecânico e repetitivo, com pouca oportunidade de expressão criativa e de desenvolvimento pessoal. Essa mudança afeta diretamente a formação do caráter das pessoas, sentindo a capacidade de criar laços afetivos duradouros e gerando uma sensação de falta de propósito e de alienação em relação ao trabalho.

    Para Marx e Engels, a alienação é um processo que criado nas relações sociais protegidas na produção material de bens e serviços. Ou seja, o modo como as pessoas trabalham, a forma como a produção é organizada e a propriedade dos meios de produção são elementos que realizaram diretamente a formação da consciência humana e a visão que as pessoas têm de si mesmas e do mundo que as circundam.

    Assim, pode-se ver que a perspectiva de Sennett se complementa com a de Marx e Engels. Ambas destacam a importância das relações sociais na formação do caráter das pessoas e a influência do modo de produção nas ideias e concepções que as pessoas têm sobre si e a respeito do mundo. O capitalismo, como sistema dominante na atualidade, é visto por ambas as perspectivas como um elemento que gera a alienação e a resistência do caráter, por sua ênfase na produtividade e na eficiência, em detrimento das necessidades e aspirações dos trabalhadores.

    Em suma, a análise de Sennett sobre a decoração do caráter nas sociedades contemporâneas se complementa com a perspectiva de Marx e Engels sobre a relação entre a materialidade do mundo e as ideias que as pessoas têm sobre ele. As duas percepções apontam para a importância das relações sociais e do modo de produção na formação do caráter das pessoas, e mostram como o capitalismo, como sistema dominante, gera a alienação e a falta de propósito no trabalho.

RA: 231223552

O paradoxo das aberrações vegetativas

Tema: Marx e Engels + Sennett. 

Na obra “A corrosão do caráter – consequências pessoais do trabalho no novo capitalismo” - Sennett entrevista Enrico, pai de Rico, trabalhador sindicalizado que tocava a vida mediante o cronograma do sindicato, ao passo que trabalhava visando a sacrifícios para a construção econômica do futuro. O autor compara o capitalismo flexível (de curto prazo) com o capitalismo de longo prazo, sendo caracterizante do primeiro a flexibilidade, oportunizando uma plasticidade do caráter humano tendente a uma corrosão propriamente dita. Já o trabalho de longo prazo permitia o luxo da linearidade de vida, contendo o planejamento e a motivação, com menos chance de alterações de caráter; daí a transformação do homem motivado em homem irônico. 

Com efeito, ao analisar a diferença entre os dois tipos de capitalismos, Sennett mostra que o de longo prazo é parte das organizações hierárquicas rígidas com autoridade centralizada e o capitalismo flexível envolve uma constante flexibilidade no sentido de que os trabalhos em equipes ocorrem sem o poder de autoridade inflexível. Assim, o novo capitalismo, através da lógica hipercompetitiva, cria o homem irônico que tem como consequência seu caráter corroído. Logo, por não propiciar as condições para a construção de um tempo linear, há a destruição de valores e da disciplina ética, afetando o caráter pessoal. 

Por conseguinte, o novo capitalismo contribui para a corrosão dos laços de amizade e de família, gerando alienação. Dentro disso, os empregados tornam-se meros seres vegetativos, já que não pensam de maneira crítica, tornando-se desqualificados. Outrossim, a indiferença e competitividade levam a um esvaziamento e a um contínuo estado de vulnerabilidade e incertezas para com o futuro. A sociedade passa a se basear em tempo e espaço indefinidos e desregulados, de forma que a continuidade de exposição ao risco extermine o senso de caráter pessoal. Logo, as pessoas tornam-se escravas do presente e do tempo no exercício do correr riscos no novo capitalismo. 

O paralelo entre Marx e Engels com o pensamento de Sennett manifesta-se no paradoxo entre o pai Enrico, que exerce o trabalho material visando a sacrifícios para a construção econômica do futuro de sua família, e o filho Rico que pôde exercer o trabalho intelectual na ordem econômica vigente e escolheu propagar a mesma ilusão que os encarcera em contextos laborais distintos. Tal ilusão manifesta-se nesse paradoxo, que dobra as pessoas e as torna escravas do presente do capitalismo flexível, que corrói o caráter a partir da fragmentação do indivíduo e elimina os vínculos sociais. Além do mais, a oposição dessa classe é a materialização do complexo plano ideológico de fragmentação da subjetividade do ser na tentativa de se manter a hegemonia capitalista, ao passo que quanto mais repartido, dividido e multifacetado o indivíduo torna-se mais dominável e manipulável. A lógica do capitalismo flexível impõe as condições de trabalhos que não apresentam significados permanentes, já que há um aumento do individualismo metodológico e da seleção natural de Darwin, alienando os empregados e os transformando em seres vegetativos, já que os de atitude passiva estão iludidos demais para serem capazes de pensar criticamente, tendo a eliminação dos vínculos sociais como consequência, pois o trabalho não apresenta significados mais permanentes. 

Portanto, o que pretende-se destacar é que o caráter capitalista do modo de produção, que era primitivo nos séculos XIX e XX, perdurou ao longo do desenvolvimento do processo de trabalho. Exemplos disso são a força do individualismo, o aumento do desemprego e da precarização do trabalho nos setores da economia. Os direitos sociais duramente conquistados pelos trabalhadores estão sendo substituídos ou subtraídos e a "corrosão do caráter" é exemplificada por essas consequências do frágil modelo atual de organização do trabalho no capitalismo. 

Sophya Helena Batazuos Resende Bastianini de Souza - RA: 231224771

1º ano de Direito (noturno)

Do chão de fábrica ao asfalto: aplicativos,trabalho e novas relações produtivas

  Durante o fim do século XX, o colapso de países do bloco socialista como a antiga União Soviética e a Iugoslávia fez de senso comum a ideia do marxismo como ultrapassado ou equivocado. Como exemplo, surge o livro ''The End Of History And The Last Man'' do filósofo estadunidense Francis Fukuyama, em que se afirmava que o ponto máximo da evolução humana estava na democracia liberal e no livre comércio e seus ideais, que assim serviriam de exemplo para as sociedades que ainda não teriam alcançado tal ponto. Dentre tantos erros, na questão econômica, é interessante ressaltar que logo após o advento da internet e sua popularização, as relações de produção mudaram e alteraram a sociedade, ampliando a dominação da burguesia, comprovando as teorias de Karl Marx.

  De acordo com as ideias do materialismo histórico dialético, desenvolvidas no livro a Ideologia Alemã, vários aspectos da humanidade como a cultura, a religião e até mesmo a consciência estão submetidas às condições materiais de produção atuais. No contexto contemporâneo, observa-se que as formas de trabalho com aplicativos como Uber e Ifood marcam uma nova evolução da sociedade em seu passo para outra mudança do capitalismo liberal, e por consequência, isso impacta até mesmo as ideias que permeiam as pessoas inseridas nesse modelo de trabalho, como foi referenciado no livro do sociólogo Richard Sennett ''A Corrosão Do Caráter'', em que se denotava o neoliberalismo e a instabilidade do trabalho como agente da decadência de valores como lealdade e compromisso, nota-se a semelhança no caso de aplicativos, onde os trabalhadores não conhecem mesmo seus chefes, e são vistos como ''empreendedores'' e não como operários, de forma a dominar a classe proletária através da alienação das pessoas.

  Enfim, é evidente que a análise marxista da sociedade não deve ser considerada como equivocada, dado sua contribuição para as ciências sociais através do método de análise material e de concepção do mundo que pode ser comprovada pela realidade dos fatos, ao invés de concepções idealistas que partem muitas vezes de concepções dogmáticas que pouco se traduzem no cotidiano vivido pelos integrantes da sociedade.


Aluno: Arthur Henrique da Silva e Silva

RA:231223341


  

  

  

Alienação e Consciência de classe

  Karl Marx em sua teoria Materialismo histórico dialético, busca alcançar o conhecimento sobre a sociedade com o uso histórico para a busca de padronização de comportamentos relacionados ao tema central de lutas de classe, como exemplos temos a Grécia Antiga com conflitos entre patrícios e plebeus, no Feudalismo, clero e servos, e no contexto de Marx, a burguesia e o proletariado. Esta análise também pode ser relacionada a atualidade, já que é notório o abismo entre a classe dominante e a dominada, além da constante busca pela improvável mobilidade social. 

Em primeira análise, enfatiza-se o reconhecimento da autoridade da burguesia pelo povo, por isso a adequação de costumes para uma falsa sensação de pertencimento a alta sociedade é comum, assim a falta de consciência de classe é a principal artimanha para esta alienação, pois deste modo os interesses dos dominantes são mascarados e defendidos pela maioria, Friedrich Engels, parceiro de Marx, ressalta esta questão na frase: ‘O homem que desconhece a classe a qual pertence, age contra si próprio’. 

Consoante a teoria, o cenário é idêntico quando nos referimos a alienação sofrida no governo Bolsonaro, que apesar de discursos elitistas com falas extremamente problemáticas como: ''Só tem uma utilidade o pobre no nosso país aqui: votar. Título de eleitor na mão e diploma de burro no bolso, ainda sim conquistava grande parte da população de baixa renda no Brasil, em sua grande maioria pessoas que desconhecem sua verdadeira posição social. 


    Aluna: Heloísa Calixto da Silva / Ra: 231224631

1°ano Direito Matutino