Total de visualizações de página (desde out/2009)

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Positivismo: A Ciência Além do Sobrenatural

           Auguste Comte foi o filósofo francês que viveu do fim de século XVIII a meados do século XIX, foi fundador da Sociologia e da Ciência do Positivismo. Para Comte todas as concepções humanas passam por três estágios: teológico, em que as respostas de todas as questões profundas estão no sobrenatural; metafísico, onde há a personificação de imagens sobrenaturais, arraigadas de abstrações; e positivo, nega que a explicação dos fenômenos naturais provenha de um só princípio. A visão positiva, assim como o método científico, abandona a consideração sobrenaturais das causas e pesquisa suas os efeitos que os regem.
           Como as ciências mais antigas, sua nova ciência inicialmente chamada de física social e posteriormente Sociologia, usaria a metodologia científica, observação, a comparação e a classificação, para estudar um determinado evento. Comte afirmou que os fenômenos sociais podem e devem ser percebidos como os outros fenômenos da natureza, ou seja, como obedecendo a leis gerais, fazendo da física social, uma ciência exata, assim como as outras que estudam a natureza. O método positivo, em termos gerais, caracteriza-se pela observação, onde os eventos são vistos com causa direta e consequência primária, sendo a estática a aptidão para a ação.

        Comte não só nos apresenta uma nova ciência, mas abre a humanidade uma nova forma de pensar, propondo uma total reforma no pensamento ciêntifico, rompendo com o isolamento entre as ciências. Apenas com a combinação de várias ciências se pode alcançar o conhecimento, que é uno.
Auguste Comte foi o filósofo conhecido como criador do positivismo e da sociologia. A corrente positivista consiste na valorização absoluta da ciência e da negação do sobrenatural e do metafísico. A ciência, para Comte, atenderia, a longo prazo, a todas as necessidades do homem, levando-o ao progresso. Para isso, portanto, seria necessário que o homem passasse dos estágios “Teológico” e “Metafísico” para o estado “Positivo” – o mais evoluído, no qual todas as formas de conhecimento seriam sistematizadas, objetivas, práticas e neutras. Não se buscaria a essência das coisas, mas a relação entre os fenômenos.
Seguindo esse raciocínio, o filósofo estabeleceu a chamada “física social”, uma área de conhecimento sobre as relações humanas que utilizaria processos de estudo semelhantes aos das ciências naturais, por exemplo. Essa iniciativa é precursora do que hoje conhecemos como sociologia.
Comte divide essa área em duas: a estática social e a dinâmica social. A primeira estuda ordem, as instituições e a sociabilidade do homem, condições para que haja os fenômenos da segunda, que, por sua vez, representa as mudanças sociais em si, o desenvolvimento humano.
Por fim, Auguste Comte deixa o legado da construção de uma educação moderna, positiva e que unisse as diversas áreas do conhecimento, tornando-os cada vez mais práticos. Embora estivesse equivocado em pressupor que as ciências humanas jamais receberiam cargas de parcialidade, o pensador foi mais um a dar um grande passo na formação da atual forma de investigação social.


Leonardo Nicoletti D'Ornellas - 1º Ano - Direito Diurno

A perpetuação do pensamento de Comte até os dias atuais

Auguste Comte, fundador do método sociológico e do Positivismo, nasceu no final do século XVIII e viveu até 1857. Através de sua famosa obra Curso de Filosofia Positiva, ele explorou dois conceitos, o do que seria a Ciência e do que seria a Lei dos Três Estados. 
A Ciência regra a vida humana e deve ser o único conhecimento possível, e seu método é o único válido. Já a Lei dos Três Estados caracteriza os períodos da história da humanidade como primeiramente o Teológico - em que se encontram fetichismo, politeísmo e monoteísmo -, e depois respectivamente o Metafísico e o Positivo. 
O Positivismo propôs uma reforma completa no pensamento humano. Suas principais propostas estão atreladas ao conhecimento real dos fenômenos, à quebra do isolamento das ciências e a combinação delas para se obter o conhecimento. O Positivismo apresenta, ainda nos dias atuais, uma das mais importantes bases para a Ciência Moderna.
O pensamento comtiano influenciou, por exemplo, a bandeira brasileira, na qual estão grafadas as palavras "Ordem e Progresso". Com a destituição da monarquia e a acensão dos militares, a ideia positiva de que o saber científico traria o progresso - com a condição essencial de ordem - estava influenciando diretamente a política brasileira. 
O estudo do Positivismo derivou no da "Física Social", ou seja, Sociologia. A Sociologia é o estudo que visa o desenvolvimento e engloba todo o conhecimento humano, sendo esse proveniente da Biologia, História, Ética, Política e Economia. Em suma, Comte e seus estudos ainda estão vivos e hão de perdurar por mais muitos anos.

Lygia Carniel D'Olivo - 1° Direito Diurno 

Crítica à neutralidade científica comteana

Auguste Comte criou o positivismo, um sistema que se baseia nos fatos e na experiência, repelindo a metafísica e o sobrenatural. Pregava que tanto na natureza quanto nas ciências humanas deveriam afastar-se qualquer preconceito ou pressuposto ideológico, tendendo a encarar a vida só pelo lado prático e útil. Também, afirmava a ideia de que o conhecimento científico leva ao progresso e as tecnologias por ele criadas responderiam a todas as necessidades humanas, acreditando em uma possível neutralidade científica, a qual considerava a ciência como imparcial, objetiva e neutra, sendo construída a partir da simples observação de fatos e experimentos. Porém, nesse tópico Comte cometeu um equívoco. Ao basear-se no pressuposto de que a objetividade da ciência basta para suspender a subjetividade dos cientistas é um ledo engano, pois, a ciência é uma atividade humana e consequentemente é movida por interesses e paixões, escolhas e objetivos prévios, sendo sempre marcada por um conjunto de valores e princípios do pesquisador ou da comunidade científica. O que pode ser constatado através da observação do uso parcial da tecnologia ao longo da história humana, com a criação de bombas atômicas visando a destruição, por exemplo, aliado à devastação ecológica e sócio-cultural.

Ingrid Juliane dos Santos Ferreira - 1 ano direito noturno

O pensamento de Comte na atualidade
       
        A frase da obra de Comte que sintetiza a corrente positivista é: “o real frente ao quimérico, o útil frente ao inútil, o certo frente ao incerto.” Assim, não busca a essência das coisas pois não há ideia única e absoluta, apenas analisa a causa imediata. Por exemplo, Comte não compactua com as idealizações sobre o estado de natureza do homem, uma vez que não é possível analisa-lo fora da vida em sociedade.
        Um aspecto muito relevante no pensamento de Comte é a valorização da educação. Como ele acredita que os indivíduos possuem o papel de garantir a coesão social, logo, o governo deve proporcionar um meio para tal, sendo este a educação.
        Entretanto, também constrói uma crítica acerca da educação atual, de padrão europeu e estritamente independente. Para Comte, deve haver uma “reforma da educação”, a partir da qual as ciências sejam estudadas de forma interligada. Tendo isso em vista, é possível perceber que certas ações do governo atual estão dentro da perspectiva positivista. Além de doutrinas educacionais a favor da interdisciplinariedade, o enem é uma avaliação interdisciplinar, ou seja, que procura ligar as áreas do conhecimento.
         Assim, é possível perceber o quanto a criação do positivismo não apenas foi de grande relevância, mas também o quanto essa corrente de pensamento influencia a sociedade atual.

Ana Julia Arruda - Primeiro Ano Direito Diurno

O positivismo de Comte

Augusto Comte foi, sem dúvida, uma das principais figuras no meio científico do século XIX. Viveu em uma época onde as ciências começaram a conceber várias tecnologias que revolucionariam o modo de vida das pessoas, o que acabou por influenciar seu pensamento. O positivismo de Comte, por exemplo, pregava que a ciência progredia constantemente e que a tecnologia atenderia a todas as necessidades humanas. Era um grande defensor do empirismo, acreditando que só seria possível a obtenção de conhecimento científico válido através da experimentação e do uso de um método científico. Rompe, portanto, com a filosofia por esta não se comprovar cientificamente. Suas idéias tiveram grande aceitação na época, tendo o positivismo influenciado até mesmo a Proclamação da República no Brasil, facilmente constatado no lema "Ordem e Progresso" grafado em nossa bandeira.


Vinícius Bottaro -1º Ano Direito (Noturno) 

Positivismo de Comte no Brasil




                    O século XIX foi marcado pela comprovação da eficiência da ciências exatas, usadas para a construção de máquinas, que revolucionaram e melhoraram a qualidade de vida do homem, como por exemplo as máquinas a vapor. Augusto Comte, filósofo francês, viveu nesse contexto histórico, sendo portanto influenciado a usar as bases das ciências exatas, como as verdades imutáveis e regras inquestionáveis nas ciências humanas em busca de alcançar a mesma eficiência, para melhorar a vida da sociedade. Assim criou o positivismo, filosofia, que considera a lei dos fenômenos, mais importantes que as as causas, pois estas possuem respostas que são além do que a capacidade humano possa entender. Alega a 'evolução' de outras ciências como a biologia , química, física e matemática, que passaram por um processo de sistematização e objetividade, transformando-as de ciências abstratas à positivas.
                     Seu pensamento e filosofia influenciaram a sociedade brasileira, principalmente nas áreas militares, que atuaram em diversos períodos históricos, como por exemplo a Proclamação da República e no período de Ditadura Militar, em que o ideal comtista de que o progresso é possível ser alcançado apenas por meio da ordem, foi exageradamente aplicada. A repreensão e censura eram justificadas pelos militares como ações para manter a ordem e atingir futuramente uma melhora social. A frase na bandeira brasileira 'ordem e progresso' evidencia a grande influência de Comte no processo de formação da identidade brasileira.
                     


Positivismo e o Culto à Ciência

Quando se pensa em ciência é comum que sejam associados a esse conceito certas ideias que expressam valores diversos como a tecnologia, poder, riqueza, inteligência ou até a de uma ferramenta que possui igual potencial de preservar e destruir tudo que conhecemos. No entanto, é necessário ressaltar que esta conceituação é deveras recente; até a década de 1940, não tinha-se noção alguma do potencial do conhecimento científico, porque, somente em 1945, com a detonação de duas bombas atômicas nas cidades de Hiroshima e Nagasaki, foi possível mostrar ao mundo que a ciência poderia dar aos homens coisas que eles nunca antes haviam imaginado.
Se comparada com a história do Homo sapiens, que tem aproximadamente 200 mil anos, a ciência moderna torna-se um fato recentíssimo; apesar de conhecer fenômenos como tempestades e incêndios, o homem que vivia em cavernas pouco se importava em entender tais acontecimentos por não ter motivos para tal ou por não dispor de ferramentas adequadas para fazê-lo. Somente a partir do final do século XVI, através de intelectuais com Newton, Galilei, Descartes e Bacon, que a ciência moderna tomou forma e transformou-se no que hoje chamamos simplesmente de ciência.
O positivismo do filósofo francês Augusto Comte (1798-1857) identificou a ciência como a etapa final no desenvolvimento da humanidade. No livro Curso de Filosofia Positiva, uma palavra, que é repetida várias vezes, e com boa justificativa, no decorrer da obra, ganha destaque - progresso. O progresso pode ser medido apenas quando possui-se meios claros e inequívocos de compará-lo e mensurá-lo, como no caso da tecnologia, onde as técnicas mais refinadas e complexas são as medidas utilizadas para traçar as linhas que separam o rústico do moderno. 
Comte, elaborando a teoria dos três estados, encontra na ciência, que está no terceiro e último estágio desse processo evolutivo, a resposta para todas as dúvidas, criando-se assim, um culto ao conhecimento científico. É possível então enxergar que o positivismo trata a ciência como a ferramenta que trará o progresso para que todos dele possam desfrutar; pregando o culto à humanidade e o altruísmo, tem-se um substituto para todas as velhas crenças que não encaixam-se com o positivismo.
Por fim, Auguste Comte propõe a Sociologia como responsável por unificar o estudo de assuntos relativos ao homem, e por isso seria a mais importante de todas as ciências. Como resultado, o pensamento humano seria preenchido de valores humanos, e todo tipo de progresso seria controlado exclusivamente pelos avanços científicos.

Pedro Neves da Cruz Júnior
Direito - Noturno - 1º Semestre

Positivo, professor Xavier.

Filósofo, Isidore Auguste Marie François Xavier Comte viveu numa França conturbada pós-revolução francesa, de política instável cercada por todo tipo de revolucionários. O ambiente provavelmente o influenciou na criação de sua Filosofia Positiva, centrada no estabelecimento formal de um novo método epistemológico que uniria as ciências, as desenvolveria em direção ao conhecimento verdadeiro e possibilitaria a ordem social e o bem comum. Essa era a teoria do Professor Xavier francês, cujas últimas consequências o levaram a se ver como papa de sua própria Igreja e cujas ideias se firmaram de forma ironicamente dogmática entre grandes intelectuais do mundo todo.
            A filosofia de Comte explicava o pensamento do mundo como dividido em Teológico, Metafísico e Positivo. O primeiro seria o mais primitivo, as divindades criadas pelo homem explicavam os fenômenos e suas causas. O segundo seria apenas uma fase de transição até o positivismo, uma mera tentativa de explicar o conhecimento de forma abstrata e não científica, não muito diferente do estado teológico. O terceiro, porém, ao reconhecer a impossibilidade de conhecer as causas íntimas dos fenômenos, busca as leis inerentes aos fatos observados, combinando a observação ao raciocínio. O estado positivo seria o mais desenvolvido, o último estágio que todas as ciências deveriam atingir.
            Para Auguste, essa evolução do conhecimento já estava ocorrendo nas categorias principais de fenômenos naturais, os astronômicos, físicos, químicos e fisiológicos. No entanto, havia uma lacuna nos fenômenos sociais e para fechá-la criou a física social. Assim como todas as outras ciências, ela deveria ser capaz de estabelecer leis universais de funcionamento da sociedade seguindo os mesmo métodos daquelas. Além de estabelecer esses objetivos, o autor tratou também da natureza ideal de como deveria ser gerida a sociedade. A ordem social se alcançaria com cidadãos educados positivamente buscando o bem comum. Portanto, seria necessária uma reforma da educação que rompendo com o isolamento das ciências culminaria num conhecimento uno, ordinário e reorganizador da sociedade.

            Essa era a única revolução aceitável pois levaria à ordem. A moral católica de salvação pessoal deveria ser substituída pela moral positivista de primazia da sociedade em relação ao indivíduo. O bem comum vem primeiro pois todo nosso desenvolvimento provém da sociedade e a solidariedade era essencial para alcançar a felicidade privada devido a essa associação com o bem público. Infelizmente, a distorção do pensamento positivo originou ideologias cruéis, preconceituosas e até mesmo sádicas. Quando nem tanto, foi distorcida por seu próprio criador que a transformou em religião única e universal. O Positivismo foi e é extremamente importante, sobretudo para o Direito e para a criação da Sociologia, mas é preciso cuidado ao usar suas ferramentas. “A experiência positiva leva à formação de uma moral essencialmente humana”, terrena, porém suscetível às intempéries dos nossos defeitos. Não há lei que seja tão universal que o homem não possa corromper. A grandeza humana reside na forma como irá lidar com a lei.


                           
                                                  Um revolução sem desordem 
                  Augusto Comte viveu entre os anos de 1798 e 1857 e foi responsável pela criação do positivismo,uma novo método de se obter o conhecimento que revolucionou a humanidade no século XIX até os dias de hoje.O positivismo em si,renunciou as buscas pela origem e pelo destino do universo para defender um método baseado na comparação,na observação e no experimento como única forma de se atingir o conhecimento real .
                  Em sua obra,Curso de filosofia positiva,o pensador defende por base a evolução do pensamento humano para se atingir o chamado "estado positivista" ou "estado científico" .Segundo Comte,o conhecimento passou por 2 estados antecessores para que se fosse possível a obtenção do método positivista,são eles :  1-Estado teológico -baseado na ideia dos agentes sobrenaturais-;2 -Estado metafísico -baseado em forças abstratas.
                   Vale ressaltar,que para o positivismo o progresso permanente se baseia na ideia da existência de uma ordem natural das coisas,que deve ser rigorosamente respeitada, para que se possa ter o alicerce do progresso cientifico ou seja,do progresso real. Para tanto,têm-se a famosa frase de Comte "O amor por princípio e ordem por base;o progresso por meta" onde o autor deixa explícito que o positivismo não é uma escola revolucionária,contudo, que acredita em mudanças sociais advindas do conhecimento científico obtido através da ordem.
                   Embora seja do século XIX,o positivismo ainda é a base do pensamento de muitas sociedades atuais.Por isso,há diversos exemplos de ações positivistas no mundo,como a ações governamentais na China onde ocorre o descarte de " patologias " sociais ( aqueles que são contra a ordem vigente) pois esses impedem o progresso e a implementação das UPP's no Rio de Janeiro,onde se elimina literalmente uma "ordem alternativa"(aquela que não é o estado brasileiro) para a consolidação da "ordem real",baseado no poder estatal sob a sociedade.


Guilherme Dadalto- Direito/noturno.
                   

Positivismo à brasileira

"Amor como princípio e ordem como base; o progresso como meta". Com essas palavras, Auguste Comte viria a influenciar a política brasileira ao longo dos séculos XIX e XX, conforme pode-se constatar até mesmo no lema inscrito na Bandeira Nacional: Ordem e Progresso. Essa influência, introduzida no plano político brasileiro pelas Forças Armadas, estende sua influência ideológica sobre a população até os dias de hoje.


Auguste Comte foi um matemático e filósofo francês, nascido em 1798, em Montpellier, no sul da França. Nascido após o auge do Iluminismo e na ascensão do modelo de produção industrial, Comte assistiu às mudanças profundas que a ciência trazia para a vida do homem. As relações humanas foram, na época, violentamente alteradas em seus aspectos mais íntimos. Grandes contingentes populacionais que habitavam o campo passam a viver agora nas cidades, tornando o meio urbano palco dos conflitos do homem . O ritmo de produção das indústrias passa a ditar a vida na cidade, o choque entre operários e industriais se intensifica, a dependência dos produtos industrializados alavanca a industrialização européia, tudo isso em um espaço de tempo incrivelmente curto. Na vanguarda dessas mudanças estava a ciência, que provia a técnica e a máquina. Foi nesse contexto que Comte desenvolveu sua Filosofia Positiva, baseada no cientificismo e na objetividade, como instrumentos para reformar a sociedade e atingir um estágio mais "evoluído" de sociedade.

Os ideais comtianos alastraram-se principalmente na América do Sul, graças a falta de tradição filosófica desses países e a sede por ideologias que as jovens nações americanas possuíam. No Brasil, um dos principais difusores do Positivismo foi Benjamin Constant, professor da Escola Militar e da Escola Superior de Guerra. O grande impacto dessa filosofia deu-se no exército, onde os ideias da lógica e racionalidade, aliados às noções positivistas de um progresso humano através de uma hierarquia social e da tecnologia, clamavam às aspirações de Oficiais jovens e antigos, que passaram a enxergar nas Forças Armadas o papel de impulsionar as mudanças necessárias para atingir o progresso. A partir daí, começava uma tradição golpista por parte dos militares, que, enxergando-se como defensores da pátria, acreditavam que suas interferências na política dirigiriam o Brasil para o desenvolvimento. Assim deu-se a queda do Império e a proclamação da República, o fim da República Velha e o início da Era Vargas, e finalmente a ascensão e queda do Regime Militar.

Conclui-se que muito da história do Brasil deu-se sob a influência da Filosofia Positivista de Comte. O modo de pensar comtiano ainda perdura na mentalidade do brasileiro em geral, como a questão do mito do progressismo brasileiro, eternizado em frases como "O Brasil é o país do futuro". Essa visão, de que é preciso atingir uma meta de desenvolvimento, pode ser perigosa justificativa para a ilegalidade e a violência, pois se o "Progresso" depende da "Ordem", esta será resguardada a qualquer custo.

Ordem e progresso? 

Momentos de instabilidade são, quase sempre, oportunidades para o surgimento de pensadores e novas correntes que visam compreender a situação e propor um meio de solucioná-la. Assim aconteceu com Auguste Comte, que viveu na primeira metade do século XIX, assistiu com aversão a retomada dos Bourbon ao poder e acreditava que a Revolução de 1789 deveria ser concluída por meio da industrialização, que levaria a França à modernização social.
           Mas para tanto, seria necessário algo revolucionário e, assim, obcecado em produzir nas Ciências Humanas os mesmo resultados e eficiência que os métodos científicos geraram nas Ciências Exatas e Biológicas, desenvolveu o positivismo. Marcado pela ideia que “Há leis tão determinadas para o desenvolvimento da espécie humana como para a queda de uma pedra”, criou a Física Social, que relacionando e utilizando os métodos das ciências naturais, estudar os fenômenos sociais.
           Além disso, o idealizador da máxima, quase matemática, “ordem e progresso” procurou classificar a evolução da espécie humana em estágios: o primeiro seria o teológico, influenciado por valores espirituais; o segundo, o metafísico, no qual se abandonaria parcialmente os dogmas, sendo, portanto, um momento de transição; e por fim, o terceiro, o positivo, estágio civilizacional, de dominação de tecnologias e maior conforto material.
          Assim, parece que o século XXI encontra-se nesse estágio, pois nunca se viu uma sociedade tão industrializada e cheia de aparatos tecnológicos. Contudo pessoas ainda morrem de fome e de virose enquanto outras moram em barracos de papelão. Dessa forma, é questionável o “progresso” ao qual a ordem do positivismo conduziu a humanidade.


Letícia Raquel de Lava Granjeia – 1º ano – Direito Noturno

Pensamento Positivista

Auguste Comte nasceu na França em 1798. Frequentou a Escola Politécnica de Paris, de onde traria inspirações para suas ideias. Seu sistema positivista desenvolveu-se através de três pontos: a filosofia da história, a fundamentação e a classificação das ciências baseadas na filosofia positiva e a sociologia que permitisse uma reforma prática das instituições.
Para ele, toda ciência deveria passar pela Lei dos Três Estados, ou seja, passar por três etapas distintas: a teológica, a metafísica e a positiva. Na primeira, o homem tenta dar explicações sobrenaturais para as coisas da natureza, importando mais a imaginação do que a observação, e pensa estar chegando a verdades absolutas. Na segunda, as “forças” explicam os fenômenos, e a imaginação dá lugar a argumentação. Na terceira e última etapa, a observação se sobrepõe tanto à imaginação quanto à argumentação, visando as relações imutáveis presentes nos fenômenos. O lema da ciência positiva é “ver para prever”.
Comte diferenciava a estática e a dinâmica sociais, a primeira era baseada na ordem e a segunda no progresso. Este precisaria da ordem para acontecer. Essa ideia foi trazida para o Brasil por Benjamin Constant, que dava aulas em uma escola militar, influenciando os militares com as ideias positivistas na época da instauração da República no país, e foi devido a isso que nossa bandeira carrega símbolos positivistas. Além disso, até hoje podemos ver influências desse pensamento no ensino brasileiro, pois toda a história do Brasil foi reformulada na época da ditadura militar com um viés positivista. 

Positivismo,Progresso e Impacto Histórico

Auguste Comte(1798-1857) foi um dos pensadores mais importantes da história moderna,como um dos pioneiros na sociologia e fundador do positivismo.
Comte,em sua obra"Curso de Filosofia Positiva" busca classificar as ciências e encaixa-las em seu contexto social pós revolução francesa.Utilizando como métodos a observação,a comparação e a experimentação,seguindo os passos de Descartes e Bacon no aprimoramento dos métodos de estudo cientifico.
Um dos principais pontos da teoria positivista de Comte é o das "leis" que regem o comportamento humano e a natureza.Para ele existia uma especie de padrão,uma relação comum nos comportamentos que advêm instintivamente.E essas "Leis" é que deveriam ser observadas e formar o sistema jurídico que mantem a ordem numa sociedade.
É importante apontar a valorização que Comte dá a ordem e sua manutenção.Para ele(e sua teoria positivista) a ordem era o meio para alcançar o progresso.Esse pensamento foi muito explorado pelas classes sociais dominantes ao longo dos anos,que utilizavam-se da ideia de manutenção rígida e imóvel das classes.Um bom exemplo é o amor que os militares brasileiros,historicamente conservadores e ligados as classes mais altas,ao depor o imperador estamparam na nova bandeira brasileira o lema "ordem e progresso".
O impacto da filosofia de Comte no mundo moderno é grande e inegável e o estudo de suas ideias é imprescindível para a analise do estado atual da sociedade e de sua formação histórica.

Conformidade ou transformação

Em um contexto histórico de afirmação do capitalismo com a Revolução Industrial, a filosofia de Augusto Comte deixou heranças inegáveis para o mundo moderno. Houve intensa valorização do ser humano e sendo assim, um dos fundamentos do positivismo é admitir como único caminho para se alcançar a verdade, o Método Científico. Sendo assim, Comte despreza os ensinamentos da Metafísica e da Teologia por não possuírem embasamento na ciência.
Em contrapartida, o positivismo deixou alguns aspectos negativos. Esta filosofia afirma que cada ser humano possui um papel social e é necessário que esta ordem esteja em equilíbrio para o progresso econômico ser alcançado. Por este motivo, é deixada de lado a capacidade de transformação que os seres humanos devem ter de seu ambiente. Renunciar sua vontade e conformar em cumprir o seu papel social para que a ordem permaneça é um caminho errôneo e que pode levar em algumas circunstâncias até a tirania.

E ainda, percebe-se que há uma “romantização” da ciência pelo positivismo. A imparcialidade da ciência e a crença de que todo conhecimento cientifico é verdadeiro e não deve ser questionado é falsa. A total imparcialidade é uma utopia já que em alguns experimentos há certa influência do cientista. Além disso, é questionável se o caminho que a ciência tem levado a sociedade é o único caminho correto já que esta tem contribuído para a desumanização do homem e tem levado a sociedade a vê-lo como uma máquina do sistema.