Muitos não compreendem o motivo de Olavo de
Carvalho ser tão venerado por uma parte da direita brasileira e ser o guru do
governo atual, mas há uma explicação: bom, Olavo de Carvalho é um positivista, assim
como Auguste Comte, aquele da frase na bandeira nacional, sabe? “Ordem e
Progresso”. Está bem, mas onde o Positivismo se encaixa nisso tudo? Simples: o Positivismo
é uma corrente bem racional, pé no chão, sem muitos sonhos, o oposto da esquerda
brasileira, que acredita em um mundo melhor, igualitário, mesmo que isso não
exista nem nos países socialistas.
O Positivismo defende a ordem e o progresso a
todo custo, então como mantê-los? Quem explica é Comte, que afirma que todos
devemos ter nossas funções sociais, possuir uma moral desligada da teologia e da
metafísica, ou seja, uma moral que pense no coletivo e não em si próprio, e
assim, Comte entende que a desigualdade social é inevitável, ou seja, lutar para
nivelar o pobre ao rico é uma perda de tempo e um preconceito da esquerda que
entende que alguns trabalhos são melhores que outros e todos devem ter a mesma oportunidade
de alcançá-los, sendo que Comte já dizia que todo trabalho é digno, então não
importa se o indivíduo é vendedor de balas no farol ou um grande empresário, vergonha
deve ter quem não quer trabalhar.
Enfim, aí entra Olavo, que afirma em seu livro “O
Imbecil Coletivo” que considera o gay, a lésbica e o/a trans aberrações, e ele
não está errado em seu ponto de vista, pois veja, um homem não pode ser fecundado
por outro homem, nem uma mulher por outra mulher, muito menos um indivíduo transgênero
pode fazer tudo o que um indivíduo cis faz, então como a humanidade se
renovaria se todo mundo resolvesse ser LGBT? Nota-se que o homem e a mulher
deixam de fazer seus papéis sociais principais, que é a procriação, incitando à
desordem e destruindo o progresso.
É possível também analisar a luta das
feministas por igualdade de gênero, mas afinal, se elas querem tanto fazer o mesmo
que homens, por que não defendem o alistamento obrigatório para mulheres também?
O que podemos deduzir é que elas querem igualdade de gênero apenas no que as beneficiaria,
como um salário equitativo, já que tudo se resume a dinheiro, ou seja, isso também
é uma aberração que provoca a desordem, pois existem coisas que homens podem fazer
que as mulheres não, e vice-versa.
Outro exemplo que a esquerda gosta muito de repetir
“ah, mas o governo Bolsonaro não acredita na ciência, porque quer dar cloroquina
para a população, mesmo os pesquisadores já tendo descartado sua eficácia”, mas
vamos analisar essa afirmação de maneira coerente: quantos casos foram testados
com a cloroquina? Pouquíssimos, em relação à quantidade de pessoas infectadas, e,
considerando que seja uma doença nova, como eles podem ter tanta certeza de que
esse medicamento não tem efeito? Bom, até onde sabemos, o próprio presidente Jair
Bolsonaro foi curado da COVID-19 tomando cloroquina, então que pesquisas são essas
que só querem tentar invalidar o líder do Brasil em vez de cuidar da população?
Pesquisas com viés ideológico, claro. O que percebemos é que, para Olavo, a ciência
é apenas analisada por um outro ponto de vista, pois o que conhecemos como “ciência”
é algo muito dogmatizado, uma vez que ela é a detentora da verdade em todos os aspectos,
não podendo ser contestada, e quando aparece alguém que pensa diferente, ela tenta
invalidar.
Por fim, depois de explicado tudo isso, podemos
compreender o motivo do governo brasileiro ter o positivismo de Olavo de Carvalho
como meta: o teórico não tem medo de se expressar e de ser contrário às ideias de
“ordem e progresso” que a esquerda impôs como certas, sendo mais racional em se
tratando da sociedade, pois ele sim pensa no bem de todos, e não quem incita à
desordem.
Nota: proposta de atividade do professor que não condiz em momento algum com a opinião do autor.