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quarta-feira, 28 de novembro de 2012

O capitalismo desenvolvido pela conduta do homem


Em sua obra "A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo", Max Weber afirma que a simples ânsia por lucrar não constitui a essência do capitalismo, pois essa ambição para o ganho se fez e se faz presente por toda a história da humanidade.
Segundo a racionalidade de Weber, o sistema capitalista está intimamente ligado às relações de troca; entretanto, em seu cerne encontra-se a dinamização destas relações, e não apenas as relações em si. 
Com base nisso, ele alega que o que caracteriza o modo de produção capitalista é a racionalização (contábil, científica, jurídica e do homem), e que é necessário que o homem adote uma conduta racional para possibilitar a existência de um sistema econômico baseado na racionalidade.
Conforme seus estudos, foi a Reforma Protestante que possibilitou o desenvolvimento do modo de vida capitalista, pois o protestantismo modificou a consciência dos indivíduos, que antes viam a ideia de obtenção de lucro e luta pela prosperidade como uma atitude egoísta e depreciativa, e passaram a vê-la como expressão de eficiência.
Diante disso, Weber conclui que o modo de pensar capitalista do homem, e sua conduta condicionada por ele, é que desenvolveram o capitalismo, e não o contrário; ou seja, a superestrutura modifica a estrutura econômica.