O burguês tornou-se o titular do poder político oficial
Como demonstração de sua força e riqueza
Converteu os povos mais remotos em civilizações burguesas
Tratado de Nanquim, 1842, fim da soberania chinesa
Revolução Meiji, 1867, modernização e ocidentalização japonesa
Religião, moral, política, direito, cultura e instituições passaram a ter a economia como base estrutural
Assim, toda produção de ideias é a expressão da produção material
Os homens fazem sua história em desacordo com o seu querer
E a vivem sem ter a quem recorrer
As mudanças dos meios de produção alteram as relações sociais
O consumo e a produção atingem níveis mundiais
Não existe estabilidade
Segundo Zygmunt Bauman, essa é a liquidez da modernidade
O capitalista se apropria do produto coletivo, essa é a maior contradição
A sociedade encontra ilusão, justificação e refúgio na religião
As leis são as vontades burguesas e o direito garante suas regalias
Os operários são reduzidos a meras mercadorias
A educação, separando o capitalista inovador do proletário incompetente, defende a pobreza como fenômeno natural
Enquanto a história da humanidade mostra sua produção e manutenção artificial
O capitalismo, em seu próprio desenvolvimento tem a sua queda
Em crises periódicas culminam a desenfreada busca pela moeda
Estados Unidos da América, 1929, superprodução
Estados Unidos da América, 2008, impulsionar o mercado imobiliário era a intenção
Como deixamos isso ocorrer?
Até quando o capitalismo vai viver?
Esse sistema fornece as condições necessárias para a revolução proletária acontecer
Desse fato Lênin muito entendia
Pois manteve o capitalismo na microeconomia
Chegamos ao ápice? É a hora? Seremos libertos enfim?
Sinto muito amigo, mas nem todos querem um mundo assim
As forças materiais e intelectuais necessárias para contruir um mundo utópico existem
Mas a própria sociedade não se mobiliza a respeito
A alegria de rimar finda-se com essa desprezível constatação
Eloáh Ferreira Miguel Gomes da Costa/Direito-Matutino/1° ano