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terça-feira, 26 de junho de 2012

O sociólogo das multi determinações


  Max Weber é um sociólogo das multi determinações dos indivíduos portanto, critica profundamente o determinismo marxista de que o comportamento social é um mero reflexo do econômico. Weber acredita que o indivíduo sobrepõe-se à sociedade, e, diferentemente de Marx, acredita que o econômico nem sempre é o determinante.
  A ação social para Weber,então, não é determinada por um mecanismo único e sim por uma rede de valores, que podem ser classificadas das seguintes maneiras: Ação racional com relação a um objetivo, em que há o vislumbramento de um objetivo específico assim como há escolha das melhores maneiras de alcança-lo; ação racional com relação a um valor, na qual o fim não é o que orienta a ação mas sim o valor que pode ser ético, religioso ou moral; ação afetiva, em que a conduta é feita irracionalmente já que é movida por sentimentos como vingança, orgulho, paixão; e a ação tradicional, que tem como fonte motivadora os costumes e hábitos.
  Weber usa como ferramenta metodológica para análise o chamado tipo ideal.O tipo ideal é um referencial imaginário de características hegemônicas de um determinado grupo, vale lembrar que esse tipo na realidade não existe uma vez que é puramente conceitual, é uma utopia.
  Trabalhar com o tipo ideal significa fazem um modelo e verificar se existe de fato, no real, as determinadas características no determinado grupo, assim se chega na verdade científica por meio da comparação dos fatos e do tipo ideal.
  O pensamento Weberiano faz um interpretação mais pessoal das relações sociais, ele não irá interpretar todas as pessoas a partir de um único método e sim focará no individual, assim poderá se entender o que ocorre realmente derrubando então os esteriótipos sociais.

Weber: a importância da análise socioeconômica.


Max Weber, no século XIX, condicionou seus pensamentos acerca de dois pontos: a religião e o capitalismo. Para este, em uma primeira análise, a religião era um dos fatores chave para as diferenças entre o desenvolvimento ocidental e oriental, acarretando, naquele, o surgimento do sistema econômico capitalista.

Já em uma análise posterior, Weber disserta sobre o a função da sociologia e do conhecimento. Aquela teria o papel de compreender o sentido da ação social, enquanto este deveria ser pautado em bases neutras, no qual os valores do sociólogo não deveriam influenciar na sua pesquisa.

Os objetos socioeconômicos, na visão weberiana, dividir-se-iam em três categorias: os especificamente econômicos, ligado às suas condições materiais; os economicamente condicionados, ou seja, aqueles que por si só não apresentariam um caráter econômico, mas são assim transformados pelo capitalismo; e por fim, os economicamente relevantes, configurados nas necessidades materiais da natureza dos meios de poder.

Uma ferramenta de análise de tais objetos seria o conceito de “tipo ideal”. Parte-se de uma ideia geral, definindo-se características diversas que, posteriormente, serão anuladas no decorrer do estudo. Para Weber, obtém-se um tipo ideal mediante a acentuação unilateral de um ou de vários pontos de vista e mediante o encadeamento de grande quantidade de fenômenos isoladamente dados, difusos e discreto, que se podem dar em maior ou menor numero ou mesmo faltar por completo.

Por fim, Weber introduziu o conceito de ação social, referindo-se a qualquer ação que considera as ações de outros indivíduos e modifica-se baseada nesses eventos. São elas: a ação social em relação a um objetivo (combinando meios para atingi-lo); ação racional em relação a um valor (pautado em seus ideais); ação afetiva ou emocional (estimulada por paixões); e, finalmente, ação tradicional (estimulada por caráter intrínseco ao ser, como costumes e crenças).