O cine debate sobre o filme Madame Satã proposto no evento da semana da sexualidade e gênero, organizado pelos membros do CADIR, e em relatório à aula de sociologia do direito ministrada pelo professor Agnaldo Barbosa, teve como primeira e majoritária pauta as experiências sociais das palestrantes dentro de seus respectivos grupos de atuação tanto com o viés artístico, nas áreas de teatro, dança voguing e desfiles, com o de reivindicação das demandas sociais, no caso LGBT.
As palestrantes muito atuantes no processo de concretização da voz, que muitas vezes só eram ouvidos como ecos fracos, dessa minoria, têm como objetivo a transformação dos LGBT em co-protagonistas sociais e não somente figurantes. Elas mostraram indignação frente aos discursos machistas, racistas, homofobicos e transfobicos que assolam a atual conjuntura social brasileira. Cansadas de diálogos não efetivados e transformados em palavras jogadas ao vento, exclamaram de forma incisiva, "A paz é para brancos". Tal frase, que deve ser pauta principal na questão da sociologia do direito, pode desencadear o entendimento da responsabilidade social e jurídica no dia-a-dia das pessoas.
Em vista que o discurso de ódio, que vitimiza essa minoria como outras, causa uma reação para a sociedade, sendo além de fato que ofende o indivíduo, mas fato que ataca a dignidade de um grupo unido por valores. E tem como objetivo de instigar a violência, o ódio e a discriminação, além de buscar o silêncio delas. A atuação social das palestrantes entram em contraposição para impedir a concretização desses anseios que calam as vítimas.
Já no aspecto de debate sobre o filme, apesar de raso na palestra, desencadeou a identificação de diversos fenômenos sociais como prostituição, homosexualidade, entre outros, que são pautas e demandas sociais que protagonizam a esfera político-social atual.