No século XIX, Augusto Comte foi um dos percussores do Positivismo. Tal corrente pouco prega a mudança de classes social, acreditando que cada indivíduo tem uma função importante dentro daquilo que atua. Ou seja, para Comte é necessário que haja o catador de lixo, o balconista, o padeiro, o médico, o engenheiro, o advogado, pois se alguma dessas classes falharem reinará uma desordem na sociedade. É simples, imaginemos um mundo sem catadores de lixo. Quanta sujeira e mal odores dominaria as nossas ruas e consequentemente, quantas doenças não se propagariam? No entanto, não se pode confundir a existência de diferentes ordens sociais com a existência de enfermidades sociais. A miséria, por exemplo, é uma enfermidade social e a sua existência afeta na evolução da sociedade. Por isso mesmo, é algo que tem que ser combatido para se alcançar a ordem e o progresso.
Augusto Comte
Por outro lado, porque chamar alguém de positivista virou uma maneira de ofender o próximo? O positivismo jurídico está muito ligado ao dogmatismo, legalismo, conservadorismo e é muito combatido pela Dialética. Hans Kelsen - um dos maiores nomes do positivismo jurídico - afirma que o Direito " se resume exclusivamente à norma; o chamado conteúdo social da regra jurídica, que revela a n-dimensionalidade do Direito, é alheio a esta disciplina, constituindo o objeto de outras ciências sociais; não há colocar qualquer fenômeno ideológico ou axiológico na ciência do Direito, fora do qual se situa, do mesmo modo, o problema da justiça." Em outras palavras, o positivismo está muito associado as normas, as leis, esquecendo-se que o Direito é uma construção social, produto da convivência e trabalho de construção teórica.