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sábado, 11 de junho de 2022

A ascensão do neoliberalismo

 

O materialismo histórico nasce do entendimento de que qualquer fenômeno humano só faz sentido se analisado o seu percurso histórico e as relações sociais e materiais em que se introduz. A visão marxista expande o horizonte de análise denunciando a imbricada relação entre economia e política. Quando observamos o curso da história moderna, evidenciamos que toda crise tem um elemento comum: o desmantelamento ou transformação do funcionamento das instituições edificadas a partir da racionalidade hegemônica. O neoliberalismo nasce em função na necessidade de readaptar as instituições à nova racionalidade econômica, imposta em função das transformações dos modos de produção do capitalismo, assim, com o paradigma liberal em crise, os direitos fundamentais do indivíduo passaram a ser vistos como empecilhos à racionalidade do mercado. Com a ascensão desse novo modelo de gestão do Estado, alicerçado na desconstitucionalização dos direitos, observamos a transformação de cidadãos em consumidores, e a flexibilização das leis trabalhistas, levando a formação de uma nova massa de proletários - o precariado - modelo baseado na autogestão do trabalho, sem qualquer contrapartida ou vínculos empregatícios. Surge também, uma nova oligarquia financeira, a qual obtém seu lucro a partir do capital improdutivo (rentismo). Esse novo movimento do capitalismo, leva ao acúmulo abissal de capital nas mãos de poucos, e a completa cooptação do poder político ao poder econômico, culminando na corrosão da democracia - consoante com a crise do modelo liberal.


Luiza David F. Neves - Direito 1º Matutino

O Poder da Alienação

    Apesar de Marx ter sido um pensador do século XIX, suas ideias podem ser consideradas como atemporais, visto que há críticas feitas pelo filósofo há quase 200 anos que perduram na sociedade até os dias hodiernos. Uma delas diz respeito à questão da alienação do trabalhador, o qual exerce suas funções acreditando que faz alguma diferença para a linha de produção, quando, na verdade, essa classe é vista como facilmente descartável e substituível. 

    Desse modo, o proletário, em uma linha de produção, fica completamente alheio ao produto final, e, por conseguinte, não tem ideia do valor produzido por seu trabalho. Assim, a classe detentora dos meios de produção consegue remunerar o proletário de forma injusta, pois o que ele produz não é o mesmo que ele recebe. 

Nesse sentido, a alienação torna-se um processo fundamental para a dominação do trabalhador, perdendo sua humanidade e sua liberdade, de forma a ser visto apenas como um objeto integrante da linha de produção, o qual é necessário para o resultado final, mas ao mesmo tempo, configura-se como substituível, sendo, portanto, desumanizado até os dias de hoje (apesar de esse processo ser mais bem mascarado, é, ainda, muito presente).




Giovana Pevarello Parizzi
1° Direito Matutino
RA: 221226125

Marx, Engels e o Manifesto Comunista

Os filósofos alemães Karl Marx e Friedrich Engels formularam a mais fora da curva e peculiar teoria econômica já feita: o marxismo. Tal teoria faz uma análise econômica e social da sociedade capitalista e do conflito de classes como o principal vetor de mudanças sociais. 
O livro ´´Manifesto Comunista`` foi o livro criado pelos dois filósofos e autores que retrata a ideologia marxista e as contradições burguesas e capitalistas. A obra analisa as principais tendências políticas do movimento socialista e assenta o programa dos comunistas no movimento operário. Fazendo uma análise histórica do capital e do capitalismo , o ´´Manifesto Comunista`` expõe e defende que o comunismo não é uma utopia, como acreditavam os socialistas anteriores, mas uma possibilidade aberta pelo desenvolvimento da sociedade burguesa atual, com o processo de industrialização, articulação da economia mundial, desenvolvimento da ciência e surgimento do proletariado, classe que produz a riqueza social, apropriada pelo capital sob a forma da mais-valia, que vive inteiramente de seu próprio trabalho e que não tem, portanto, interesse em manter a sua exploração social. Por isso, apesar das dificuldades da classe operária, Marx e Engels defendem que a revolução deve ser feita pelo proletariado, com intuito de eliminar as injustiças e e dar poder a quem produz as riquezas capitalistas e é explorado pelo próprio capital. 



Guilherme Corazza Veloso 
Primeiro Ano, Direito, Noturno, RA: 221220542