Texto Semana Jurídica
Não essa, não feita por eles.
Durante uma das palestras da
semana jurídica a professora Júlia Lenzi disse algo parecido com: os
especialistas não conseguem acertar qual a será a inflação do próximo
trimestre, mas sabem que se não houver uma reforma na previdência em 2035 vai
dar tudo errado. Realmente, se acreditarmos em tais projeções tão divulgadas na
mídia apoiaremos a urgência da realização de uma reforma previdenciária.
No entanto, a argumentação
contraria à reforma previdenciária da professora Júlia Lenzi e do Doutor Kleber
Cabral baseia-se em diversos estudos, inclusive o resultado do relatório final
da CPI da previdência, que apontam a impossibilidade de se afirmar a existência
de um “rombo” nas contas da previdência. Ainda segundo os palestrantes, por
culpa da mídia, as notícias que tratam dos estudos que contestam a crise
previdenciária não possuem nem sombra do alcance das notícias que versam sobre
défices de bilhões na previdência. Mas por que isso ocorre? A mídia gosta de
propagar notícias ruins? De acordo com a professora Júlia Lenzi e o Doutor
Kleber, não. Ambos afirmam que isso é uma tentativa de justificar uma reforma
desnecessária e extremamente prejudicial a população com o intuito de promover
planos de previdência privada, negócio muito lucrativo.
Além disso, é importante
salientar diversas contradições que provam a não necessariedade da reforma proposta.
Os defensores do “rombo” e da reforma previdenciária são os mesmos que concedem
benefícios previdenciários a algumas classes. O que nos leva a questionar: se o
rombo realmente existe, por que alguns estão sendo beneficiados, enquanto
outros perdem direitos?
Em síntese, existe sim, a
necessidade de uma reforma previdenciária, não porque temos um "rombo" na previdência, mas para garantir um futuro mais tranquilo, visto que diversos fatores que
influenciam esse meio vêm mudando. Queda da natalidade, aumento da expectativa
de vida, entradas tardias no mercado de mercado de trabalho, etc.. No entanto,
não é dessa reforma que precisamos, e não são essas pessoas que devem propor a
reforma, esse é o ponto principal da problemática.
Luiz Felipe Fermoselli
Andreotti. 1º ano, Noturno
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