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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Texto Semana Jurídica


Não essa, não feita por eles.


Durante uma das palestras da semana jurídica a professora Júlia Lenzi disse algo parecido com: os especialistas não conseguem acertar qual a será a inflação do próximo trimestre, mas sabem que se não houver uma reforma na previdência em 2035 vai dar tudo errado. Realmente, se acreditarmos em tais projeções tão divulgadas na mídia apoiaremos a urgência da realização de uma reforma previdenciária.

No entanto, a argumentação contraria à reforma previdenciária da professora Júlia Lenzi e do Doutor Kleber Cabral baseia-se em diversos estudos, inclusive o resultado do relatório final da CPI da previdência, que apontam a impossibilidade de se afirmar a existência de um “rombo” nas contas da previdência. Ainda segundo os palestrantes, por culpa da mídia, as notícias que tratam dos estudos que contestam a crise previdenciária não possuem nem sombra do alcance das notícias que versam sobre défices de bilhões na previdência. Mas por que isso ocorre? A mídia gosta de propagar notícias ruins? De acordo com a professora Júlia Lenzi e o Doutor Kleber, não. Ambos afirmam que isso é uma tentativa de justificar uma reforma desnecessária e extremamente prejudicial a população com o intuito de promover planos de previdência privada, negócio muito lucrativo.

Além disso, é importante salientar diversas contradições que provam a não necessariedade da reforma proposta. Os defensores do “rombo” e da reforma previdenciária são os mesmos que concedem benefícios previdenciários a algumas classes. O que nos leva a questionar: se o rombo realmente existe, por que alguns estão sendo beneficiados, enquanto outros perdem direitos?

Em síntese, existe sim, a necessidade de uma reforma previdenciária, não porque temos  um "rombo" na previdência, mas para garantir um futuro mais tranquilo, visto que diversos fatores que influenciam esse meio vêm mudando. Queda da natalidade, aumento da expectativa de vida, entradas tardias no mercado de mercado de trabalho, etc.. No entanto, não é dessa reforma que precisamos, e não são essas pessoas que devem propor a reforma, esse é o ponto principal da problemática.




Luiz Felipe Fermoselli Andreotti.  1º ano, Noturno  

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