As
ideias, nas quais se baseia Emile Durkheim, se relacionam aos comportamentos
dos seres humanos, cujas condutas, segundo ele, são oriundas duma coerção
social a qual o indivíduo vivenciou. Além disso, é importante saber que Durkheim
considera os fatos sociais como coisas e, para ele, as decisões humanas se
baseiam nos fatos em que o indivíduo presenciou ao longo da vida, recebendo
influências do exterior para o interior. Assim, é possível observar que em
muitos casos, as pessoas seguem os costumes/tradições que sofreram maior
contato ao longo de suas vidas.
É
fato que numa sociedade em que há critérios de organização, é necessária a
presença de regras e valores. Logo após o nascimento, somos obrigatoriamente
impostos num ambiente em que aprenderemos a analisar o que seria o “certo” e o “errado”.
É evidente que essa análise do certo e do errado não é universal, dado que cada
sociedade de cada determinado período de tempo possui seus valores morais.
Dessa
forma, com base num processo de socialização, as pessoas assimilam valores e hábitos
que são julgados pela sociedade como corretos. Assim, as pessoas se fecham as
suas reais vontades (caso existam) e passam a reprimir qualquer conduta que
seja indesejável perante o olhar da sociedade.
Durkheim
teorizou o que são “fatos sociais”, os quais são, basicamente, as diversas
formas de agir e pensar que são exteriores aos indivíduos e que possuem certo
poder de coação sobre ele. Um exemplo relacionado justamente aos fatos sociais
é o sistema educacional. Desde o ensino infantil o elemento repressor está fortemente
presente, definindo como devemos agir, tanto com os colegas de sala quanto com as
autoridades presentes em sala. Todavia, a educação é a fonte que transmite a
cultura e os valores duma determinada sociedade, sendo, na visão do filósofo, importantíssima
para a conservação dos princípios sociais.
Assim,
é evidente que em sua teoria, Durkheim expõe que ninguém consegue excluir as
influencias sociais, sendo nós detentores de convenções pré-estabelecidas.