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sábado, 30 de março de 2019


Experimentando, refletindo e criando para escapar do Fascismo

No nosso mundo contemporâneo estamos experimentando das mais diversas mazelas e catástrofes sociais, sendo uma delas o possível ressurgimento do autoritarismo no Brasil e no mundo, pois há um grande crescimento de movimentos de extrema direita que podem resultar novamente no fascismo. Desse modo, é preciso que a humanidade que já teve essa experiência e vivenciou essa época terrível, busque de forma racional meios de escapar desse autoritarismo que trouxe grandes atrocidades a humanidade.                                                                                                                                            No século XX, a Europa vivenciou uma das maiores calamidades da humanidade que foi o regime fascista, no qual perseguiu, humilhou e assassinou milhares de pessoas, portanto é dever das pessoas aprenderem a história desse trágico acontecimento, pois se as pessoas soubessem da experiência que o mundo passou quando vivenciou o Fascismo, elas deixariam de fantasiar em ter prosperidade vivendo em um regime autoritário, pois perceberiam através das experiências fascistas que os livros de história proporcionam que esse regime trouxe infortúnios como as guerras, humilhações, perseguições e assassinatos. Sendo assim, ensinando as pessoas o porquê devemos evitar esse regime que parece ser esperançoso, mas na verdade é repleto de desgraças, por isso o homem antes de fazer antecipações da mente sobre um governo e cair em devaneios de felicidade, o indivíduo precisa vivenciar esse regime (experimentar através de fontes históricas) o quão bárbaro e cruel é o fascismo, por isso o pai do empirismo moderno: Francis Bacon diz: “as antecipações são de muito mais valia para lograr o nosso assentimento, que as interpretações; pois, sendo coligidas a partir de poucas instâncias e destas as que mais familiarmente ocorrem, desde logo empolgam o intelecto e enfunam a fantasia”. Desta maneira, percebemos que as ideias fascistas tendem a fazer as pessoas fantasiarem e acreditarem que há soluções fáceis para problemas complexos, pois o indivíduo que apenas vê o sorriso de um líder carismático sem observar os fatos, não percebe o quão destrutivo e mal esse homem pode ser, assim acaba enganado pelas antecipações da mente, pois lhe faltou a experiência para mostrar a realidade, ou seja, faltou conhecimento histórico para apresentar a verdade sobre o Fascismo.                                                                                                                                                 O homem que sabe história, pode evitar que os erros do passado sejam repetidos no futuro, porém, para progredir a sociedade é preciso muito mais que evitar os erros, é preciso buscar uma nova maneira de pensar, novos valores, uma nova ideologia. No filme ponto de mutação, a personagem cientista cita os problemas na humanidade, mas apresenta soluções para esses problemas, ou seja, busca transformar o mundo com novas práticas, sendo essas práticas uma maneira de ensinar a sociedade sobre as características de um regime fascista. Essas características que foram descobertas por estudiosos que refletiram e pensaram sobre o fascismo e perceberam certas características peculiares nesse regime, características essas que foram abordadas na palestra inaugural pelo Doutor de filosofia Hélio Alexandre da Silva que mostrou as características de um indivíduo fascista segundo Theodor W. Adorno, mostrando que as pessoas que possuem o potencial fascista são seres que não tem autonomia, tem identificação cega com o coletivo, nacionalismo exacerbado e narcisismo coletivo e também foram comentados as caraterísticas de um Estado Fascista que é antidemocrático, totalitário e nacionalista.  Desse modo, uma sociedade que queira escapar do fascismo ao ter conhecimento sobre essas características pode antecipar e criar novas práticas, por exemplo,  mobilizações sociais contra os movimentos fascista antes que ele enraíze em toda sociedade, como foi o caso do movimento “EleNão” que foi contra o candidato a presidente Jair Messias Bolsonaro que é um político que tem muitas características fascistas, desse modo alertando a todos da sociedade o perigo que pode está por vir com essas manifestações de extrema direita e seu líder que possui muitos aspectos fascista, já que o movimento “EleNão” mostrou que a esquerda estava mobilizada e não aceitaria de forma passiva as retiradas dos Direitos sociais pela extrema direita, ou seja, o movimento “EleNão” foi uma prática nova que conseguiu ser realizada por causa da experiência passadas que o homem sofreu no fascismo e o homem ao sofrer essa experiência, racionalizou sobre ela e conseguiu através da reflexão, da razão, saber quais são os sinais que indicam os indícios de fascismo na sociedade. Assim uma ideia de ciência da forma como o pai do racionalismo René Descartes defende, uma ideia de ciência voltada para o bem do homem, uma ciência que traz fins práticos.                                                                                                                                          Destarte, o homem ao ter experiências históricas, pode refletir sobre os erros de sua história e refletindo sobre esses erros, ele pode criar uma ciência que visa escapar do Fascismo, pois uma vez experimentado pode ser racionalizado e uma vez racionalizado pode ser criado.

NADA MAIS FASCISTA QUE UM SOCIALISTA NO PODER

O Fascismo é uma doutrina política surgida na Itália no período entre-guerras, caracterizada por elementos como totalitarismo, nacionalismo, culto pessoal ao líder da nação, supressão das liberdades políticas e econômicas. Assemelha-se em muitos destes aspectos ao Nazismo alemão e aos regimes socialistas decorrentes da Revolução Russa e às atuais ditaduras Venezuelana e Norte-Coreana.

Na nossa realidade, vemos alguns dos elementos característicos ao Fascismo rondando nossas frágeis e jovens instituições democráticas. Decisões nacionalistas de cunho econômico como exigência de conteúdo nacional mínimo nas plataformas da Petrobrás, culto personalíssimo a ex-presidente mesmo que condenado criminalmente por corrupção através de processo legal com garantias constitucionais de ampla defesa (chegando ao absurdo de, nas últimas eleições, em que o criminoso fora apeado da disputa por ser "ficha suja, o candidato substituto de seu partido abrir mão de sua própria identidade em favor da identidade do criminoso), tentativa de centralização do poder através da compra de congressistas, desrespeito a plebiscitos e referendos populares, tentativa de suprimir a liberdade de imprensa com leis restritivas, supressão da liberdade política através de intimidações, agressões e tentativas de assassinatos de manifestantes... são alguns dos acontecimentos na nossa história recente que mostram o quanto valores fascistas nos assombram.

A este ponto muitos leitores estarão indignados. Uns por sentirem-se enganados pelo discurso propalado pelo status quo como verdade absoluta nos últimos 16 anos, enfim desmascarado. Outros por não admitir que podem estar errados, julgando então este texto como devaneio desprovido de fundamento acadêmico.

Não é esta a discussão aqui proposta.

O que aqui se aborda é a similitude entre as doutrinas políticas teóricas. Idealizam pessoas, situações, comportamentos. Desconsideram a individualidade, ao mesmo tempo em que nos dividem em raças, gêneros e classes. Ao serem confrontados com a realidade diversa daquela idealizada, usam da força física, da intimidação moral e da concentração do poder para tentar impor sua doutrina, seja ela "de esquerda" ou "de direita".  Nisso fascistas e socialistas concordam.

A visão segmentada da sociedade está ultrapassada. Entender que as relações entre grupos são fluidas e complexas é o primeiro passo para a evolução política do poder. Cada parcela da sociedade tem seu papel, o qual não é estanque, tampouco os grupos são homogêneos ou estáveis. Tudo está constantemente em um movimento variável, ainda que muitas vezes previsível.

O pensamento científico cartesiano seria suficiente para refutar categoricamente certas doutrinas ideológicas que teimam em sobreviver dentro de mentes teóricas. Bastaria a simples observação atenta da história recente, a comparação entre povos que sofreram com as limitações do socialismo e aqueles que desfrutam da liberdade proporcionada pelo capitalismo. Não é científico achar que a eliminação do direito à propriedade privada pode solucionar os conflitos de uma sociedade - a experiência já nos mostrou que isso leva a baixa produtividade e consequente carestia numa população. No entanto, justamente tal pensamento cartesiano leva políticos da atualidade a teorizar sobre como devem lidar com o poder.

A ciência moderna pode ajudar a compreender a sociedade como modelos sistêmicos, em que cada componente é interdependente e não pode ser considerado isoladamente. Essa visão sistêmica pode ser usada como contraponto à visão segmentada característica de doutrinas autoritárias como o socialismo e o fascismo.