Em "O Tao da Física" Fritjof Capra estabelece relações entre a filosofia oriental e as novas descobertas da física quântica, em "Ponto de Mutação" a mistura não e menos estranha. A partir de conceitos da física moderna e da teoria dos sistemas, Sônia, a cientista, tenta apresentar a Jack, o político, uma visão de mundo muito diferente da qual não apenas ele, mas também nós estamos acostumados, a visão mecanicista, fundada em conceitos de antigos filósofos e cientistas como Descartes e Bacon.
A nova forma de ver o mundo proposta por Sônia, mais orgânica, propõe novas soluções para os problemas sociais que Jack está acostumado a combater de maneiras tradicionais, buscando estabelecê-los não como peças defeituosas em uma maquina, mas como nós em uma complexa teia de relações.
As opiniões de Sônia são aceitas com ressalvas por Jack, visto que na prática o político enfrenta resistências à sua ação, como lobbys, interesses políticos e problemas no sistema democrático.
Somando-se ao cenário, um castelo francês medieval, Thomas, o poeta, vem dramatizar ainda mais essa quase reflexão do mundo sobre si mesmo.