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domingo, 25 de março de 2012

O “Instauratio Magna” de Bacon

Francis Bacon escreveu sua obra “Novum Organum” no contexto da crise do século XVI. Esta criou a necessidade de novos métodos práticos da ciência para a resolução dos problemas enfrentados, como a fome e a peste negra - daí surge a elaboração do "novo método" pensado por Bacon, que surgiria como apoio na resolução da crise.
O novo método consistia na revogação da filosofia grega tradicional, pois o autor julgava que esta não possuía alguma aplicabilidade prática, uma vez que a principal função da ciência seria garantir o bem comum, e a filosofia não o fazia. Assim, pregava que a sociedade deveria ir além dos mecanismos utilizados pela filosofia para buscar o conhecimento, sem nunca se satisfazer com esse, pois sempre há o que descobrir. Principalmente, pregava ir além do método cartesiano, aliando a razão característica dele à experiência, por julgar que a primeira ainda poderia se equivocar.
Tal novo método foi batizado por Bacon como o plano "Instauratio Magna". Apesar de não ter se concretizado por completo, ascendeu como um importante fator no fundamento da ciência moderna e também do Direito, por ter instituído a exigência de provas concretas na avaliação da veracidade dos fatos.
Outro aspecto transcendente da obra de Bacon é a concepção de "saber é poder", que surge com o autor, e tem crescido ao longo do tempo. É um dos principais fatos sociais que regem a sociedade contemporânea, uma vez que vemos o nível de conhecimento científico cada vez mais avançado, e quem o domina atinge as posições mais elevadas dentro de sua área. Também há o considerável aumento no investimento em pesquisa científica como prova da importância de tal concepção.
Em suma, o Novum Organum de Bacon, mesmo não tendo se realizado por inteiro, consistiu em uma das inovações mais importantes da época, se impondo contra a falta de obras práticas da filosofia e construindo a verdadeira base para as ciências atuais.

Com a publicação de Novum Organum, Francis Bacon torna-se pioneiro no método de pensar com intenção de aplicar no mundo real inovações e melhorias para a sociedade. Esse modelo baseia-se no pensar despido de raízes culturais, fantasiosas ou incumbida de ídolos e deseja uma ciência útil, voltada para o bem do ser humano.
O autor acreditava que o conhecimento deveria produzir bens úteis e clareza no pensar. Isso tornou-se um novo método que conseguiu erguer-se parcialmente no mundo atual.
O efeito de sua obra será dividido em duas partes. Uma que mantém-se firme e outra que não perdurou no mundo contemporâneo.
A primeira está pautada no pilar "saber igual a poder" e que fica muito evidente no contexto das relações bélicas e técnico-científicas do mundo moderno. Exemplos de dominações entre Estados e incremento do poder político-econômico são consequências muitas vezes diretas do avanço do conhecimento e saber nas ciências exatas, humanas e biológicas.
A segunda, que não parece atuar no palco das relações modernas, encontrava-se no método de como efetuar a linha de pensamento. Segundo Bacon, deveria-se ignorar os ídolos tipificados em sua obra e despir-se de raízes culturais, religiosas, fantasiosas, etc. Prova-se estar morta pelo número infinito de litígios e conflitos com embasamento religioso, cultural e muitas vezes de fundo racista e preconceituoso. Infelizmente a alavanca criada por Bacon para desenvolver e melhorar nossos sentidos no plano racional carece de adeptos.






"Pai do empirismo"

Francis Bacon, filósofo considerado o “Pai do Empirismo”, é uma das principais influências aos pesquisadores científicos da sociedade atual, devido ao seu conceito de construção científica, baseado na combinação entre razão e experiência.
 A idéia baconiana está vinculada à prática, assim como as experiências científicas do mundo contemporâneo,  pois as principais descobertas científicas foram frutos da construção da ideia na mente, seguida de uma série de experiências, afim de comprova-lás através da utilização dos sentidos.
Bacon critica o caráter especulativo da filosofia e a mente guiando por si mesma, pois, de acordo com a sua concepção de ciência, o conhecimento irreal é fruto apenas do exercício da mente, sem bases experimentais.
Cientistas da sociedade atual seguem a concepção de Bacon sobre a ciência, cuja principal função é o bem estar do homem, pois as principais descobertas do ser humano foram frutos de especulações e experiências, como a criação dos motores a combustão,  dos transplantes de órgãos, das vacinas, da roda e entre muitas outras invenções que foram fundamentais ao desenvolvimento da sociedade.
A ciência é o principal instrumento de desenvolvimento da sociedade e só é possível devido a anos de exercícios da mente, especulações e experiências. 

Francis Bacon ainda é um metafísico.

O pensamento de Francis Bacon, exposto em seu livro “Novum Organum”, propõe que seja elaborado um novo método científico pautado na experiência. Pois Bacon acredita que a ciência tem de ser útil ao homem ao invés da concepção grega que toma a ciência, muitas vezes, como uma mera atividade para o desenvolvimento do intelecto. Deste modo, um leitor pouco atento, acreditaria que Bacon é um autor extremamente racional e crítico da metafísica clássica. Porém podemos tomar Bacon como um assassino da metafísica e influenciador direto do raciocínio que a ciência atual utiliza?

É certo que Bacon, rompe bastante com a metafísica grega ao longo de sua obra. Mostrando que a lógica aristotélica está muito mais próxima de ser considerada um tipo de arte do que ciência propriamente dita. E por isso ele é considerado o pai do empirismo. Todavia não podemos esquecer de resaltar que ele ainda é um filosofo metafísico. E, portanto, seu novo método ainda esta um pouco distante do da ciência contemporânea.

Isto ocorre, pois por mais que Bacon passe a sensação, ao longo de sua obra, de que seu método é o correspondente a “verdade” (ao “real”). Ele se esquece de que a sua concepção de “verdade” é ainda aquela bastante metafísica que fora dada pelos filósofos gregos. Pois seu novo método científico voltado para a experiência, utiliza a causalidade.

E graças à percepção do filosofo David Hume, a concepção de causalidade é transformada em uma crença que não, necessariamente, é lógica. Além disso, segundo Rudolf Carnap, enunciados como “real”, “verdadeiro” e “Deus”, muito utilizados no “Novum Organum” pertencem à classe de palavras sem sentido, isto é, palavras que carecem de ligação com quaisquer características empíricas. O que aproxima Bacon ainda mais da metafísica.

Em resumo, o pensamento de Bacon foi um passo importante para o desenvolvimento da ciência, mas por causa de seu lado metafísico não devemos tomá-lo como o representante fundamental da ciência contemporânea.

A busca pelo perfeito

"A cracked window distorts the image/ but no worse than it was when it was fogged " The Queenstons

     Durante os séculos XVII e XVIII muitos foram aqueles que se incomodaram com a esterilidade do conhecimento que o ser humano havia conquistado até então, ou por ser simples discussões sem resultados, como a filosofia escolástica, ou frutos da fantasia ou de interpretações ilusionárias da natureza, como a magia, a astrologia e a alquimia. Essa incomodação foi a semente para o desenvolvimento da ciência moderna. Os principais nomes dessa base são Descartes, Galileu e Bacon.
     Bacon defendia que o homem não deveria discutir o que poderia ser conhecido, mas experimentar e utilizar a natureza à seu favor. Desse modo cria um método de "Cura da mente", com o fim de tirar do homem suas pré-noções (ídolos) que atrapalhariam a ação dos sentidos. Se opõe portanto ao pensamento racional de Descartes, e é diferente das interpretações matemáticas de Galileu. Então como poderiam três linhas de pensamento no mínimo diferentes se unirem como caminho para entender a natureza?
     Todos eles têm como objetivo a formulação de métodos para o entendimento dela e portanto são guiados pelas dúvidas acerca da mesma e a necessidade de respostas úteis . Mas útil nem sempre significaria correto. Um grande exemplo disso é  a física newtoniana que durante séculos foi parâmetro para o estudo do universo, mas foi substituída no século XXIX pela física quântica e a teoria da relatividade, que e já estão em vias de serem substituídas por uma nova teoria unificadora. O conhecimento não precisa ser uma verdade absoluta desde que tenha utilidade para o homem, da mesma maneira uma verdade absoluta que fosse inútil ou ininteligível não alteraria o nosso progresso.
     Mas, mesmo o que não é uma verdade, é encontrado na busca por ela, uma forma distante e perfeita que defina o objeto e o permita existir, como definiria Platão, a propriedade básica da matéria, como definiria Locke ou outros filósofos posteriores à Bacon, então a busca pela verdade é digna, o seu encontro é, quando possível, apenas uma consequência.
     Portanto, da mesma maneira que o que revolucionou a ciência foram métodos para se conhecer, o que a faz crescer é a quantidade de dúvidas que se tem acerca do mundo, e o quanto o ser humano é capaz de interpretar a natureza e torná-la útil à ele, e este mesmo conhecimento pode ser renovado a qualquer tempo. O que não é aceitável é o contentamento com o que já se conhece. Essa é a lógica da evolução humana.

Contrariedade Tão Antiga quanto o pensamento


             
           No estudo filosófico de Francis Bacon ocorre o desenvolvimento de um novo método de estudo científico que ele chamou de Instauratio magna (Grande restauração), método que revolucionaria o campo epistemológico, este guiado até então pelos pensamentos de Platão e Aristóteles. Dentre suas diversas críticas Bacon argumentava que o pensamento em si, o discurso pelo discurso, a retórica sozinha, eram tão estéreis perante a sociedade humana quanto qualquer outra discussão informal, pois apesar de profundas e filosóficas nem sempre tinham efeito influenciador na melhora nas condições de vida do ser humano.
            A partir desse preceito Bacon coloca como principal agente de seu novo método o empirismo, ou seja, o uso das experimentações científicas objetivando comprovar novos conceitos, estes que não seriam descobertos apenas pelo uso do raciocínio visto que a natureza tende a surpreender os valores pré-estabelecidos pelos seres humanos. Apesar de ser um dos maiores influenciadores do raciocínio que rege a ciência atual, Bacon tem em seus valores primordiais a existência de um Arquiteto Maior cujas intenções divinas elaboraram seus objetos de estudo: a natureza e o ser humano.
            Ao mesmo tempo temos outro exemplo desse mesmo raciocínio em um campo dado como oposto: São Tomé,- que na cultura católica é conhecido por sua incredulidade, a própria premissa de estudos de Bacon e Platão - apóstolo de Cristo, Tomé era dito como o maior dos teólogos cujos questionamentos possibilitaram a Revelação de Cristo e da santa trindade, mas como ato mais marcante, duvidou da ressurreição de Cristo. O teólogo e os grandes questionadores do pensamento aparentemente têm pouco em comum, mas trazem a contrariedade mais antiga e persistente até os dias de hoje: aquela entre o desenvolvimento da razão e a fé (não importando qual) visto que apesar dos avanços modernos, a existência de uma divindade ainda não foi provada, nem o oposto.
        Apesar do momento de grande desenvolvimento cientifico em que nos encontramos, tais  questões tão antigas quanto o próprio pensamento ainda nos rondam, colocando em perspectiva o nosso real conhecimento. 

Separar o joio do trigo

   Francis Bacon reproduz em Novum Organum uma nova maneira de se produzir conhecimento, rompendo com a maneira tradicional que pravalecia no século XVII. Várias passagens do texto me lembraram ideias centrais de outras obras, como "Capelão do Diabo", de Richard Dawkins, que anseiam por uma metodologia científica e um pensar voltado para a razão do homem.
   Através dessa discussão podemos começar a distinguir o conhecimento científico do conhecimento não científico, o que é uma competência que não nasce conosco, mas no próprio conhecimento, sendo tal capacidade primordial, crucial e básica àqueles que estão ingressando no universo científico que a universidade representa. É daí que será feita a separação entre o senso comum e conhecimento científico aprofundado; é daí que será separada a informação sem bases sólidas da informação científica, apoiada em dados experimentais e estatísticos, que é confiavel e útil na produção de mais conhecimento.
   A partir do texto podemos também fazer relações entre ciência e tecnologia. A ciência surge através do conhecimento e volta-se à produção de tecnologia; que através do domínio da natureza fornece ao homem melhores condições de produzir mais conhecimento. Há portanto um elo que liga ciência e tecnologia, sendo essencial em áreas como engenharia e biologia. É o conhecimento criando meios de produzir mais conhecimento, com mais precisão e em menor intervalo de tempo.
   Por fim, concluo que a maior contribuição do texto para mim, é a apresentação da maneira como se deve tratar os diversos tipos de conhecimento; a distinção que se faz entre conhecimento científico e demais ciências, o que nos possibilita olhar para o mundo prontos para, com menor ingenuidade, aproveitar o melhor de cada informação e descartar aquelas que de certa maneira não acrescentam nada e confundem toda a linha de raciocínio, que juntamente com a metodologia, deve ser seguida.

Na dúvida, experimento!

Não é de se estranhar quando entramos em um laboratório e nos detemos na imagem de um químico repetindo diversas vezes o mesmo experimento e juntando diversos resultados de uma mesma experiência. Após essa fase de colhimento de informações o cientista agrega todos as respostas e de lá tira uma, dita como verdade. Já é antiga a prática de se realizar inúmeros experimentos para obter o resultado mais próximo do "verdadeiro". E podemos encontrar sua origem no pensamento baconiano que defendia a associação da experimentação empírica e o raciocínio lógico, pois admitia a falibilidade de ambas práticas. Juntando-se as duas alcançaríamos respostas verdadeiras.
Seu pensamento ilustra muito bem a ciência atual na medida que preza a excessiva comprovação e desconsidera a produção de conhecimento sem algum fim. Bacon, para demonstrar a sua visão quanto a produção de conhecimentos, critica os filósofos gregos que apenas se preocupavam em desenvolver pensamentos, mesmo que não se encontrasse fim prático.
Bacon ainda nega a metafísica já que essa não possui comprovações experimentais, é baseada totalmente no desenvolvimento do raciocínio e não possui como alvo de seu desenvolvimento um fim útil. Muito interessante todo seu pensamento. Contudo, a ciência, que adota esse método, já nos mostra como ele é falho. Todos os dias presenciamos retificações de "verdades". Foi sim um grande desenvolvimento que chegamos, mas essa forma de pensamento já não satisfaz mais a modernidade. Resta saber o que irá substituí-la.


Bacon X Conhecimento Filosófico

Francis Bacon, em Novum Organum , defende a busca do conhecimento através da exploração e da  experimentação, buscando uma ciência útil, que alivie e melhore a condição humana, e para chegar a esse conhecimento, Bacon propõe o método da indução, sendo o precursor do empirismo, sendo considerado por muitos o fundador da ciência moderna.
Por defender o experimento, Bacon despreza a filosofia e culpa os ídolos da caverna, do foro, do teatro e da tribo, pelas falsas percepções do mundo, e diz que a filosofia em nada contribuiu para amenizar a condição humana, para ele nenhuma descoberta filosófica teve função prática.
O método proposta por Bacon em seu livro realmente é mais eficaz, e proporcionou para o homem contemporâneo a possibilidade de fazer inúmeras descobertas importantes que só puderam se feitas devido a compreensão de matérias invisíveis ao sentidos (recomendação feita por Francis Bacon).
Porém é necessário entender que mesmo que o método de Bacon seja mais eficaz e mais utilizado não é necessário que se abandone os outros métodos como o filosófico, pois todos eles possuem seu espaço. Também é importante entender que os ídolos não geram somente percepções falsas, o conhecimento gerado de forma não empírica também tem seu valor, principalmente em uma sociedade onde as dúvidas nunca cessam, e o conhecimento, independente  do método utilizado, mais do que nunca é sinônimo de poder.

Francis Bacon, o fundador da ciência moderna, nos apresenta uma nova forma de chegar ao conhecimento. Criticando o modo contemplativo dos filósofos gregos de ver o mundo (a antecipação da mente), Bacon defende o conhecimento através da interpretação da natureza (exploração e experimentação sem limites) com o objetivo de trazer algum bem à sociedade. Ou seja, a ciência deve ser utilizada para que a natureza seja compreendida e vencida, o que trará benefícios ao homem. É a partir desde fato que surge a expressão "saber é poder", pois é através do conhecimento que o homem passa a ter um poder maior para controlar (ou apenas não ser vencido) pelas forças da natureza.
Mas existem obstáculos para que a interpretação da natureza seja realizada de forma correta. É necessário sempre haver controle sobre as percepções dos sentidos e das ideias geradas em nossa mente, pois delas surgem os ídolos, ou seja, noções falsas do mundo. Tais ilusões devem ser eliminadas, caso contrário não será viável a neutralidade, fundamental na pesquisa.
Para eliminar as noções falsas, deve-se recorrer à experimentação sempre que possível, ou seja, não se deve acreditar em uma ideia existente em nossa mente, sem que esta possa ser experimentada, pois pode ser uma ideia falsa, ou seja, um ídolo.
Portanto, Bacon nos apresenta a exploração e a experimentação como as únicas formas de chegar ao verdadeiro conhecimento, o qual deve sempre colaborar com o bem estar do homem e na luta contra a natureza, sem que nossos sentidos ou nossa mente nos engane, através dos ídolos.

Francis Bacon e o planeta



Bacon em sua obra Novum Organum, propõe um método de desenvolvimento científico em que a mente se põe como senhora da natureza. Em que o homem deveria domar a natureza em seu favor, ao propor a escravização dos recursos naturais, Bacon abre porta para quiçá o maior problema enfrentado atualmente pela humanidade.

O desenvolvimento científico proporcionou melhores condições de subsistência às pessoas. E desta forma, abriu espaço para que o contingente populacional crescesse de forma que se torna insustentável explorar os recursos naturais somente em favor do homem. A idéia de separar o bem estar do homem ao dos demais elementos da natureza é um grande erro.

Não se pode pensar o homem como ser autônomo e soberano em relação aos demais recursos terrenos, pois ele é parte integrante e completamente dependente do bem estar do bioma em que se insere. Esta idéia arrogante de superioridade trouxe o planeta a um estágio crítico de devastação, que já impossibilita a vida em diversas localidades como ilhas usadas pra testes nucleares. E isto se torna ainda mais grave quando as pesquisas para meios de reverter os danos causados ou para meios de desenvolvimento sustentável, em sua maior parte, ainda engatinham.

O pensamento Baconiano que tanto contribuiu para o desenvolvimento científico chegou ao seu ápice, hoje a exploração indiscriminada de recursos naturais em favor da ciência se torna impraticável, de certa forma o pensamento de Bacon em relação ao modo de se lidar com a natureza necessita de ser superado.

"Somnium"


  Quanto do que pensamos e criamos é realmente útil para a humanidade? O objetivo das discussões e do conhecimento é algo que intriga a sociedade contemporânea. No entanto essa ideia já havia sido levantada a mais de 300 anos pelo filósofo inglês Francis Bacon, que em sua obra “Novum Organum”, propõe a criação de um novo método científico, buscando a clareza e a aplicabilidade do conhecimento.

  Em sua obra Bacon critica a filosofia grega que para ele tratava-se de um instrumento estéril, pois suas discussões não levavam a nenhum fim pratico que melhorasse a condição de vida humana. Essa crítica devia-se a preceito adotado por ele de que todo conhecimento não deveria ser apenas um exercício mental, estendendo-se a construção e desenvolvimento de facilitadores para a vida cotidiana. A arte do saber deveria ser interpretada como algo produtivo e de cunho desenvolvimentista ao passo que o mundo das divagações e conceitos abstratos sem preocupações práticas seria abandonado.

 As ideias “baconianas” encaixam-se muito bem nos dias de hoje, pois somos empurrados para um imediatismo, otimizando nossos pensamentos para que sejamos cada vez mais eficientes e produtivos. Esse pensamento nos leva a muitas indagações, inclusive se não estamos esquecendo a importância que as coisas banais têm para que possamos nos desenvolver e estar bem com nós mesmos.



O Fundador da Ciência Moderna


           Em Novo Organum, Francis Bacon, por meio de suas inúmeras críticas ao modo de pensar e agir da sociedade, levanta uma importante questão: qual é e qual deveria ser a finalidade do conhecimento adquirido pela sociedade até então? Ademais, o autor introduz uma norma forma de se produzir conhecimento, por meio da interpretação e experimentação dos fatos e não somente pela contemplação destes, como faziam os antigos. Com isso, Bacon quebra com os paradigmas da época, principalmente ao questionar a filosofia.
            A finalidade do conhecimento a que Bacon se referia era de fazê-lo útil ä sociedade. Sendo assim, havia a necessidade que essa produção de conhecimento fosse baseada em algo concreto, como pesquisas e experimentos. Dessa forma ele colocava em xeque a filosofia pela mera filosofia, ou a contemplação pelo mero ato de contemplar, tanto pela necessidade de respostas de tal forma úteis ao avanço da sociedade, quanto pelo fato de cada indivíduo ser em parte incapaz de um julgamento essencialmente correto, uma vez que somos influenciados pelos nossos “ídolos”, ou seja, pelas nossas incorretas percepções do mundo.
            Com essa introdução de uma nova forma de pensamento e pelas diversas críticas äs formas antigas, Bacon conquistou olhares simpatizantes. Tal aceitação foi tamanha que, ao deixar clara sua visão renascentista, Francis Bacon foi considerado o fundador da ciência moderna.

Revolução e Intransigência

Francis Bacon foi sem dúvida, fundamental ao desenvolvimento do método científico. Seus pensamentos em torno do uso dos sentidos aliados à razão e auxílio de instrumentos é pioneiro. É extremamente pertinente na sua crítica ao raciocínio do homem no que diz respeito a esse ser influenciado por fatores como educação e preconceito. No entanto, é infeliz na sua crítica radical ao pensamento dos filósofos gregos.
Bacon escreve ainda num período anterior a Descartes e não é difícil de entender que influenciou o último. Os dois convergem no pensamento de que a razão tem que ser base do pensamento científico e que conhecimento por conhecimento, sem aplicação prática, é inútil à sociedade. No entanto, Bacon dá valor a um aspecto que seu colega não leva muito em consideração, os sentidos. Segundo ele, a análise empírica é tão fundamental quanto a razão na construção de um pensamento, ainda que ambos sejam passíveis de enganos. Por esse motivo é importante que o homem, no processo de analisar algo cientificamente, se muna de auxílios, instrumentos que aumentem o alcance tanto dos sentidos, quanto do raciocínio.
Outro tópico abordado é a possibilidade de a razão do homem ser enganada, o que diverge de Descartes, segundo o qual o pensamento lógico era o único fator puro, confiável do ser humano. Bacon acredita que o raciocínio é afetado por ídolos, como os sentimentos, falha dos sentidos, educação, relações com outros indivíduos ou ainda outros métodos filosóficos. Desse modo, Descartes e Bacon se completam, uma vez que o primeiro duvida dos sentidos e acredita na razão e o segundo desconfia da razão e acredita nos sentidos, mesmo que estes às vezes não sejam suficientes.
A falha vem no momento em que o filósofo ataca os pensamento tradicional grego. Por mais que haja verdade no fato de que muito pouco foi concretizado a partir da filosofia clássica, não é pertinente que ela seja julgada inútil. Foi na Grécia, principalmente, que foi enraizado o pensamento ocidental. Os questionamentos em torno do ser humano e das suas qualidades e vícios foram inicados nela, sem contar as descobertas práticas em áreas como a matemática. A crítica de Bacon chega a ser contraditória com seu próprio método.
Segundo ele, os sentidos e o pensamento devem ser auxiliados por instrumentos para que possam alcançar resultados mais eficazes. Logo, não seria razoável que ele elogiasse um povo que alcançou resultados sem instrumento algum? Ele ainda esquece que um dos auxílios que ele mesmo utilizou para formular sua teoria é justamente o pensamento grego, o qual ele pôde duvidar e refutar.
Ainda é seu equívoco declarar que pouco de concreto foi realizado com a o pensamento clássico até aquele momento. Até então, pouco havia sido realizado com qualquer tipo de filosofia uma vez que o ocidente se encontrava imerso em religião.
Francis Bacon, foi, juntamente com René Descartes, fundamental para o desenvolvimento do método científico. Se não fosse a intransigência de suas críticas, talvez causasse ainda maior impacto sobre o pensamento moderno.

Sem freios se vai mais longe

A ciência ocupa um patamar muito relevante atualmente. Preenche todas as carreiras e está presente no dia-a-dia de todos, mesmo sem perceberem. O problema é que isso torna o pensamento calculista e empírico demais, tirando a graça de se viver despretensiosamente.
Francis Bacon disse que a ciência deve sobrepor-se ao exercício puro e simples da mente para permitir que o homem submeta a natureza às inovações necessárias. Discordo. A mente deve ser livre para divagar em qualquer tipo de pensamento, chegando ou não a uma conclusão útil.

Realmente, viver no mundo da lua não ajuda ninguém, mas não se deve deixar a mente presa ou direcionada, isso é um atraso de vida. As limitações se estendem e a pessoa se torna pouco desenvolvida intelectualmente.

É muito útil ter um embasamento concreto ao fazer uma análise ou chegar a uma conclusão, mas depender disso para considerar uma ideia é prejudicial ao intelecto. É preciso estar despreocupado e deixar a mente fluir para que surjam inovações.

O acesso da verdade

O novo método científico criado por Francis Bacon rompe com a ideia de construção do conhecimento até então. Quando o cultivo das ideias era o caminho para produção de ciência, onde a base consistia na filosofia dos gregos, Bacon estabelece um novo caminho, o qual tem por objetivo provar as prénoções através da experimentação. Ou seja, a regulação da mente deve-se dar através dos mecanismos da experiência.
Podemos nos perguntar o que a filosofia dos gregos produziu para beneficiar a vida? “Os gregos, com efeito, possuem o que é próprio das crianças: estão sempre prontos para tagarelar, mas são incapazes de gerar, pois, a sua sabedoria é farta em palavras, mas estéril de obras.” Para Bacon a mente produz muito, mas são poucas as ações. Uma coisa é certa, a partir do momento que existe a necessidade as ideias se transformam em ação.
A percepção de mundo para Bacon ocorre sempre através da observação da natureza, porém esta observação não pode ocorrer através dos sentidos, os quais são algo enganador. A verdadeira interpretação da natureza se cumpre com experimentos adequados, sobre os quais os sentidos fazem-se necessários. Sendo assim, os sentidos julgam os experimentos e estes julgam a natureza.
Ademais, a verdadeira interpretação do mundo deve abandonar qualquer tipo de idolatria, pois a existência de ídolos leva o homem a agir por intermédio dos sentidos, o que consequentemente obstrui a mente humana a ponto de ser difícil o acesso da verdade.

Matheus da Silva Mayor

O saber realmente é um poder

''Saber é poder''. Desta pequena frase dita pelo filósofo inglês Francis Bacon é possível conhecer boa parte do seu método científico , o qual é bem mais refinado do que o de Descartes, mesmo sendo escrito anteriormente. Sendo publicado por volta do início do século XVII, o seu método também propõe o uso indispensável da razão, porém , esta sendo vinculada à experiência, pois a razão , pura e simplesmente, pode, ainda, cometer equívocos. Segundo Bacon , tais erros seriam cometidos pelos ídolos, ou melhor, falsas noções que os homens têm acerca do mundo. Há quatro tipos de ídolos, os quais se dividem segundo alguns critérios, o mais interessante e ainda muito atual é o ídolo do teatro, que vincula-se a representações teatralizadas e impregnadas de superstições. Um exemplo fácil de ser encontrado é a Astrologia, uma pseudociência que afirma que as posições dos astros podem influenciar em assuntos mundanos.A crítica aos gregos é algo comum   em seus escritos, pois, para o pai do empirismo, a filosofia grega é calcada em uma ciência contemplativa, sem o menor grau de aplicabilidade. Uma crítica e tanto à ciência como mero exercício da mente.Desse modo, percebe-se como Bacon inovou ao dar uma finalidade prática ao conhecimento, fazendo dele um motivador do  bem comum. A Revolução Industrial é uma consequência direta da aceitação e adoção do método baconiano pela sociedade como um todo, pois, nunca se viu em momento algum do passado o uso da ciência com uma finalidade extremamente prática e também um domínio tão grande da natureza pelo homem, ratificando, assim, a famosa máxima do empirista Francis Bacon: ''Saber é poder''.

Saber é Privilégio


Em sua obra “Novo Organum”, Francis Bacon defende, basicamente, que o conhecimento, o saber e a ciência devem gerar frutos, ou seja, ações concretas para o bem-estar do homem. E que para isso, o caminho fundamental se dá através da experiência e da dominação da natureza.

O homem seguiu muito dos passos indicados por Bacon: passou a utilizar-se da ciência para produzir resultados, no entanto,nem tudo foi destinado ao tal bem-estar, foram desenvolvidas tecnologias capazes de curar doenças, mas também de provocá-las; passou a estudar a e dominar a natureza, todavia isso não trouxe tantas melhorias como se previa, sabe-se que a devastação e exploração exaustiva do meio ambiente afetam drasticamente a vida humana.

O que vemos, tanto na história como hoje, é que o saber passou a ser instrumento de dominação e superioridade. Desde a Revolução Industrial protagonizada pela Inglaterra até o Imperialismo Norte Americano, a regra é clara: quem possuir mais conhecimento se torna hegemônico e poderoso sobre o resto do mundo. Ou seja, o saber virou monopólio e é usado ou como arma para destruir o próprio homem ou para privilegiar uma minoria e assim servir como mercadoria ( como acontece com alguns remédios cuja patente eleva os preços e limita o acesso).

Adeus, Contemplativistas.

“Todos aqueles que ousaram proclamar a natureza como assunto exaurido para o conhecimento...infligiram grande dano tanto à filosofia quanto as ciências.”

A partir desse pressuposto, Francis Bacon fundamenta sua visão indutiva, que dialoga com o cartesianismo acerca da busca possível de vencer os defeitos do conhecimento por meio de uma reforma do entendimento e das ciências, propondo para isso meios plausíveis de desvinculação com o “equivoco pré-concebido”.
Dentre tais meios, Bacon faz uso da instauração de um método para que consigamos aplicar o pensamento lógico, tornando possível filtrarmos os dados recebidos da experiência sensível a fim de que desenvolvamos procedimentos adequados à aplicação prática e tangível dos resultados obtidos no meio teórico.
Também faz-se possível observar no obra baconiana um enorme apresso ao empirismo, no qual as experiências, controladas e objetivadas, constituirão a verdadeira interpretação da natureza.
Em suma, nota-se que devemos cultivar o desapego aos conhecimentos contemplativos, que não encontrarão respostas ou sugestões para o avanço cientifico, mas que cultivemos o apego a busca pelo conhecimento novo, instrumental e útil, por meio da exploração e experimentação de formas desmedidas, a fim de que consigamos a consolidação de um conhecimento propriamente verossímil.

Fracis Bacon x Filosofia Clássica



Francis Bacon, também conhecido como o “fundador da Ciência moderna”, foi um filósofo do século XVI que procurou formular um método para buscar novos rumos para o pensamento científico.
Dando novos ares ao Empirismo, Bacon critica até mesmo os empiristas anteriores a ele, ressaltando a importância de um novo método que alcançasse um saber com utilidade prática e não apenas saber por saber.
Apesar de dizer que seu papel não era de juiz e sim de guia, a crítica do filósofo inglês à Filosofia Clássica e aos Escolásticos, ao contrário da de Descartes que é mais ponderada, é muito incisiva. Segundo Bacon, a filosofia clássica é “inútil”, pois se limita ao pensamento e não tem um fim prático. Além disso, em sua obra “Novo Organum”, Francis Bacon deixa claro que seu novo método seria inovador, fazendo questão de traçar uma linha divisória entre seu pensamento e o pensamento anterior: “Os descobrimentos até agora feitos de tal modo são que, quase só se apóiam nas noções vulgares.”
Bacon foi muito importante para a Ciência, moderna e pós moderna, porém algumas críticas feitas em sua obra “Novo Organum” são demasiadamente exageradas.  Não se pode excluir a importância dos métodos e filósofos clássicos. Apesar da Filosofia Clássica não ter tido fim prático imediato, serviu de alicerce para formular conceitos atuais, como a Democracia, ou o próprio método científico. Alguns questionamentos propostos pela Filosofia Clássica estão presentes até hoje, outros foram resolvidos. A grande importância dos classicistas e do discurso deles, também muito criticado por Bacon, foi justamente essa: talvez tenham sido os primeiros a questionar tudo o que nos cerca e buscar respostas. Sem esse questionamento, sem palavras, é impossível se criar alguma coisa prática, é impossível chegar a alguma resposta e algum resultado.

Extinção da ciência estéril


Francis Bacon soergue-se como um dos grandes pensadores que fundamentaram o empirismo, desenvolvendo a premissa que somente as experiências seriam capazes de originar coerentes ideias e produtivos conhecimentos. Sua principal obra filosófica é “Novum Organum”, que irá lhe conferir o título de fundador da ciência moderna, por criticar com veemência a dialética escolástica e conceber o conhecimento científico como um instrumento que se submete ao homem e lhe confere poder sobre a natureza. Diante desse pressuposto, o alicerce central do pensamento baconiano é a manutenção da mente por artifícios da experiência, não se restringindo mais ao conhecimento contemplativo advindo dos filósofos gregos.
O autor explicita claramente em sua obra que o labor da mente deve ser rejeitado, no qual um conhecimento estéril não serve ao bem estar do homem. De acordo com Bacon, a ciência manteve-se inconsistente até aquele momento por alicerçar-se em quatro ídolos (falsas percepções da realidade): “ídolos da tribo”-distorções provocadas pela mente humana; “ídolos da caverna”-formação do individuo; “ídolos do foro”-relações pessoais e sociais; “ídolos do teatro”-superstições e sistemas filosóficos. Em pleno século XXI, esses ídolos ainda estão extremamente enraizados na essência humana, no qual reluta frente a inovações, destacam-se as pesquisas com células-tronco e a legalização ou não do aborto.
A síntese da obra pode ser expressa pela ousada frase: “saber é poder”. Bacon estabelece uma relação intrínseca entre ciência e poder, pois através da ciência o homem poderia compreender e interpretar a natureza. Contextualizando essa ânsia baconiana aos dias atuais, percebe-se que reflete um amplo embate, que seria o progresso humano versus a preservação da natureza. Portanto, Francis Bacon revolucionou os pilares científicos, ao buscar incessantemente pela materialização das ideias e ignorar uma realidade ideal.

Utopia de Bacon


Francis Bacon escreveu a sua obra "Novo Organum" no século XVI, mas as questões que ele levanta ainda são atuais. Como o autor vive na época do renascimento, é natural a crítica que faz aos filósofos gregos. Bacon quer alguma ação e julga que a filosofia tradicional não gera nada de concreto, somente estimula a mente. Para ele, o conhecimento é fundamentado na interpretação e dominação da natureza e o senso comum é um obstáculo para se chegar na verdadeira ciência.
Atualmente, vivemos do senso comum e dos "ídolos", que segundo Bacon, são as falsas percepções do mundo. Somos influenciados pelas paixões, pelos sentidos, pelas relações pessoais e ainda pelas supertições e misticismos. Em partes o autor tem razão, mas a sua visão de mundo pode ser considerada como pessimista, porque é natural que nem todas as indagações gerem algo de concreto. 
A ciência evolui de acordo com as necessidades da humanidade e a filosofia antiga apesar de não ter produzido algo real, gerou uma série de questões atemporais, a maioria delas ainda não possuem uma resposta certa. De qualquer maneira, Bacon revolucionou a ciência moderna e contribui para uma nova visão de mundo, mas é bem provável que a sua ideia de dominação e interpretação completa da natureza demore muito para se concretizar, porque a humanidade ainda precisa evoluir muito para compreender algo tão complexo.


                                                    


       Aplicabilidade do saber

A idéia de uma ciência que busca não só o conhecimento, mas a aplicação deste, é extremamente contemporânea. Vemos a matemática,a física sendo aplicadas na construção de edifícios, máquinas ; a biologia e a química no desenvolvimento de produtos transgênicos e de novos medicamentos, em fim, ao olharmos ao nosso redor, a maoir parte dos utensílios dos quais nos beneficiamos e que tornam nossa vida mais prática, são produtos desse novo conceito . Bacon afirma que “ Nem a mão nua nem o intelecto, deixados a si mesmos, logram muito. Todos osfeitos se cumprem com instrumentos e recursos auxiliares, de que dependem,em igual medida, tanto o intelecto quanto as mãos”.  Assim a nova ciência deve ir além da mera contemplação do saber e da dialética, deve utilizar-se de sua capacidade de experimentação para superar  seus limites , como que em uma associação entre as mãos e o intelecto ,este representa a própria teoria do conhecimento, e aquele a materialização , a prática do saber, a fim de que se produza um BEM para a humanidade. Seguindo essa linha de pensamento como podemos nós, aprendizes de juristas, fazer do direito um instrumento de real  benefício e progresso social, voltado para um lado mais humano e, não apenas usá-lo como  lei pura e fria  , sem contextualização  na nossa realidade, para que este não se torne uma utopia ?
 Contatamos em muitos casos que a pura aplicacao da lei, como ela é de fato na contituicao, acaba por gerar uma  mentira e injustiça social ,como é o ocorrido no recente “Caso Pineirinho”. Esse é o desafio que as novas gerações desse estudo tão tradicional, metódico e muitas vezes, não condizente com a realidade ,precisam superar; não que o direito nao traga inúmeros benefícios sociais ,ao contrário, mas ainda temos um pensamento muito forte e enraizado do direito como Lei por si própria e, conhecimento independente , quando deveria estar muito mais relacionado às relações sociais , políticas e econômicas , numa interdisciplinaridade dos saberes .Agora fica a cada um encontrar seus próprios meios  na descoberta de novas aplicações da ciência do direito. 


Jéssica Duquini

A natureza tratada com respeito

No século XVIII, a Primeira Revolução Industrial possibilitou a introdução de uma nova política econômica, o aumento da produtividade e inovações tecnológicas imprescindíveis a nossa sociedade, com suas máquinas a vapor movidas a carvão, a natureza passou a ser parte indispensável dos avanços científicos e o homem passou a desbravá-la cada vez mais com o objetivo de se aprimorar, como já havia sido proposto por Francis Bacon, em 1.620, no seu livro "Novum Organum".
Nos séculos que sucederam à revolução as ideias propostas por Bacon foram sendo cada vez mais apreendidas e utilizadas pelas pessoas, acarretando, principalmente, na alta utilização do meio ambiente, que ocasionou o esgotamento de vários bens naturais e prejuízos para a vida na Terra, fazendo com que o homem perdesse o bom senso e esquecesse que os avanços científicos só são bons se não interferem no bom andamento da vida terrestre.
Há algumas décadas as pessoas vem adquirindo consciência sobre o modo como os danos que infligimos a natureza estão prejudicando a nossa saúde e coibindo o bom desenvolvimento da vida, o que poderá levar próximas gerações ao colapso. Isso vem gerando nas pessoas a vontade de procurar por melhorias com mais assiduidade e responsabilidade.
O conhecimento sobre o problema que os ataques a natureza causam e os métodos sobre como ele pode ser amenizado vem auxiliando o mundo a descobrir como melhorar a relação do homem com o meio ambiente, porém somente quando a maioria da população perceber que certos sacrifícios e abnegações são indispensáveis para a manutenção da vida e que a natureza não é um obstáculo a ser dominado para alavancar o desenvolvimento, como pensava Bacon, mas é um auxilio as inovações, criado para ser utilizado pelo homem, desde que na medida certa, é que a vida na Terra será preservada e o mundo se tornará um lugar ótimo para se viver.