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sexta-feira, 10 de agosto de 2012

3ª do plural


Após o movimento iluminista, surgiram inovações sociais e culturais as quais foram resguardadas e potencializadas pela burguesia.  Essa classe criou e motivou o surgimento de uma nova sociedade, que hoje se revela na sociedade moderna.
Esse processo de inovação social, cultural e técnico tem espaço na atualidade dentro da premissa do consumo constante e de que as classes e minorias devem lutar não mais pela existência da propriedade privada, mas sim pela garantia de direitos que as permitam a ocupação de um espaço dentro da sociedade moderna. A “igualdade e a liberdade sociais” ou a ampliação do cosumo e do mercado?
A concessão de direitos não existia - dessa forma - nas formas anteriores de sociedade; é uma inovação burguesa baseada na liberdade e na igualdade: todos são livres para ser e pensar como queiram, para professar os ideais e as religiões que desejarem... No entanto, tudo que envolve da sociedade moderna – ou pelo menos quase tudo - é voltado para o lucro. Tudo é empreendimento, tudo passou a gerar riqueza: as religiões, as artes, as guerras, as lutas sociais, as doenças, o entreterimento... Tudo encontra lugar no mercado: as ideologias e as posturas também.
A partir disso, pode-se pensar que os novos direitos (como os direitos da mulher, os direitos homoafetivos, os direitos de liberdade de expressão e de pensamento...) são concessão burguesa com fim no apaziguamento de movimentos sociais e na geração de riqueza. Pode-se pensar que a burguesia construiu uma “terra de gigantes” para a qual “qualquer coisa que se mova é um alvo... e ninguém tá salvo” (Engenheiros do Hawaii).

Passado, Presente e Futuro

Apesar de já terem sido apresentadas ao mundo 164 anos atrás, as ideias que Karl Marx e Friedrich Engels expuseram no "Manifesto do Partido Comunista" nunca deixaram de ser discutidas, realidade esta que lhes confere um caráter extremamente atual.
De fato, como já apresentado pelos pensadores, a expansão do capitalismo ocasionou a globalização, que é utilizada para aumentar o lucro da classe detentora dos meios de produção. Assim, mesmo que aparentemente positiva, a globalização beneficia apenas um segmento da sociedade.
Um agravante dessa injustiça social é o fato de o arcabouço jurídico defender os donos dos meios de produção e o direito à propriedade, apoiando a exploração das classes menos favorecidas.
Contrastando com o capitalismo há o comunismo. Este muitas vezes é compreendido erroneamente e acusado de pregar o retrocesso, enquanto, na verdade, tem como meta levar a modernidade a todos. Marx e Engels eram a favor da globalização, mas não da globalização burguesa.
Portanto, a cessação das injustiças de natureza econômica, segundo os autores, depende de uma luta de classes. Com o capitalismo superado, poder-se-ia enfim obter a tão esperada modernidade para todos. Mas é a partir deste ponto que as ideias de Marx e Engels começam a perder seu brilho, pois, apesar da discussão permanecer atual, a prática ainda está longe de ser realizada. Ao que parece, 164 anos de consciência da exploração ainda não foram suficientes para uma mudança significativa.