Honneth, sob a
perspectiva de formar condições para que os seres humanos possuam atitudes
positivas entre si, confere ao reconhecimento esse papel. A primeira forma de
reconhecer, para ele, consiste no amor. O estado de dependência gerado pela
carência mútua entre dois indivíduos leva-os a desenvolverem um estado de
confiança, e, portanto, se sentirem seguros. A partir disso, o autor elenca o
direito como a segunda forma. A obediência ao direito pressupõe que os
compactuantes com ele se vejam livres, iguais e independentes. Já a última se
relaciona puramente com o exterior, não configura como as outras um estado
interpessoal, mas sim o reconhecimento de valores comuns, formado pelo grupo.
A relação homoafetiva, por
outro lado, ainda sofre da carência de reconhecimento. Com a grande
discriminação sofrida, se torna imprescindível as questões de amor, auto
respeito e autoestima. Sem elas, se torna difícil a própria busca por direitos,
objetivos e desejos dos próprios discriminados. Assim, os passos a serem
seguidos configuram em: primeiro o reconhecimento individual, que levará os indivíduos
a buscarem a justiça e o tratamento igual; depois o reconhecimento legislativo
e jurídico, colocando as questões protegidas e dentro do direito, e finalmente,
o reconhecimento pela sociedade, buscado pelas lutas sociais. Atualmente, há um
maior reconhecimento social, porém ainda longe do ideal. Essas lutas sociais na
busca da igualdade e da justiça não são mais casos isolados e sem repercussão.
Um grande exemplo disso foi a decisão do STF em permitir a união dos casais
homoafetivos, mostrando que o direito está atuando como uma das principais
formas de garantir tanto legalmente, como moralmente a igualdade de cidadania entre
os habitantes do país. E isto ocorre, pois, o direito e a obediência de normas
estão intrinsecamente ligados ao respeito entre as pessoas, ajudando na
formação do reconhecimento também pela sociedade.
Thalita Andrade Barbosa - 1° ano Diurno
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