Os teóricos da sociologia Karl Marx e Friedrich Engels são responsáveis por formular teorias atemporais e de extrema relevância para a contemporaneidade, como o renomado materialismo histórico-dialético.
Tal teoria define que a história da humanidade é, a todo momento, moldada e formatada pelas relações materiais de produção e pela luta de classes, entendendo as condições materiais -econômicas e sociais- como responsáveis pela formação da consciência, do conceito de cultura e de instituições políticas.
Essa visão é proposta de modo dialético, ou seja, a realidade, suas forças produtivas e as relações de produção estão em constante movimento e transformação justamente devido às contradições entre suas partes.
Uma dessas forças produtivas,que é objeto de intensas contradições dialéticas, é a inteligência artificial, ou IA. Essa tecnologia vem adquirindo grande repercussão na sociedade e ganhou espaço nas vidas dos muitos estudantes, profissionais, empresas e trabalhadores, sendo usada tanto para perguntas cotidianas quanto para a realização de trabalhos importantes.
Sob o prisma dialético, a inteligência artificial não é um artefato neutro, mas sim, expressão das contradições históricas do capital. Ela é, essencialmente, a absoluta extensão e replicação das capacidades humanas e de suas habilidades, porém, maximizadas de modo que seja capaz de atender às mais variadas demandas.