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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Pensamento Baconiano

           Em seus textos, Francis Bacon fundamenta seu pensamento no qual o conhecimento válido para o homem é aquele proveniente da experiência, ou seja, o conhecimento empírico. Ao criticar a filosofia clássica por considerá-la ineficiente no âmbito real, uma vez que, mesmo os pensamentos mais aclamados da antiguidade não encontraram real serventia para a humanidade, Bacon se afasta de todo o pensamento científico-filosófico anterior a si mesmo, com exceção talvez de René Descartes, cuja visão de dúvida e privilegiamento da experimentação se aproxima do discurso baconiano.

           O autor cria uma nova visão acerca do que é ciência, no caso, distanciando-se das concepções dialéticas e puramente filosóficas, focando-se naquilo que pode ser devidamente definido, desviando-se de toda e qualquer “fantasia” da mente humana. Ele defende que o ser humano precisa se livrar de seus ídolos, ídolos que o dirigem a uma situação de crença ilusória, prejudicial aos preceitos científicos.

           Francis Bacon visava ajudar a progredir o pensamento científico, associando-o à ideia de inovação que hoje possuímos por ciência. Ao afastar os homens de suas falsas noções e ídolos, espera que acostumem-se com o trato direto das coisas, visto por ele como o trato útil e correto.

Victor Luiz Pereira de Andrade - Direito matutino - 1° ano

Sobre o método experimental de Bacon


     Francis Bacon , influente político no parlamento Inglês, em um momento histórico de fortalecimento do absolutismo do reinado de Elizabeth I e de consolidação de atividades comercais em alta, é considerado como o fundador da ciência moderna. Em sua obra  Novum Organum revisa a posição do homem e da ciência em relação a natureza.

     Logo no inicio de sua obra, o autor indica que é fundamental para o entendimento e o sucesso da análise e compreensão da natureza nos livrarmos de nossos erros, como o subjetivismo e de linguagem. Onde através da alteração e o entendimento da natureza, o homem, pode obter resultados benéficos.

     Bacon faz defesa de que "o saber é poder" e reforça a idéia de que devemos compreender o fenômeno estudado para obter o melhor resultado. Tem como principais temas em sua obra a razão, a filosofia, a ciência e a teologia medida que coloca o homem em posição de desbravador e interprete do universo em que habita.

      Além disso, crítica o modelo clássico de filosofia que se apega a questões de pouca útilidade física e defende a nova forma de fazer ciência como norte para alterar e melhorar as condições de vida humana. Nesse novo modo de pensar a natureza surge como algo que deve ser entendido e explorado para servir ao homem.

A física do dia a dia

     O filme  O ponto de mutação inicialmente faz uma crítica clara ao modelo de vida  que vem sendo disseminado no mundo nos dias de hoje. Nesse modelo, o consumo, narcisismo e a percepção surgem como forma de satisfação momentânea, demonstrada pelo dualismo dos personagens principais, que apesar de serem norte americanos, possuem modo de vida distintos.
  
     A discussão entre os personagens, nos leva ao entendimento de parte da teoria contida na obra de Descartes, chamada O Discurso do método, onde no filme, a natureza é comparada com partes de uma máquina que pode ser desmontada e entendida, ou como revela o longa, uma visão mecanicista. Essa visão rompeu com os tradicionais dogmas e formas de pensar até então vigentes, causando modificações no modo de fazer ciência que se mantem até os dias de hoje.

     O debate também faz crítica ao modo de percepção atual da esfera política, que visa solucionar as causas dos problemas e não suas consequências. Esses problemas também estão relacionados a supremacia do poder econômico sobre o político, que por sua vez está relacionado as massas e ao senso comum.

Em suma, o filme nos faz refletir sobre a adoção de novos princípios como forma de mudar o mundo e nos expõe o quão complexo é a transição dessa nova forma de interpretação, tanto na política quanto na física.

Pense e sinta

O silêncio mostra-se muito bom quando precisamos desenvolver um raciocínio longo. E era assim que o senhor de pequenos óculos estava, imerso em pensamentos próprios enquanto observava uma caneta. Observava, usando apenas sua visão e sua dedução para entendê-la. Andando em torno da mesa onde se encontrava, suspirava a curtos passos. Caneta. Será?. Um objeto que lança tinta quando pressionado contra alguma superfície...
Experimentou tocá-la. Madeira maciça, com um bom acabamento, liso e sem nodosidades. Alguns detalhes em alto relevo, atribuindo um ar refinado à peça. Tudo parecia indicar que se tratava de uma caneta, quando um leve deslize da parte inferior do objeto revelou sua ponta metálica para escrita. Brilhante, recém-polida, refletindo a luz da tarde em sua superfície. Assentiu solitariamente, concordando com a magnificência do presente. E com ela resolveu deixar sua marca na carta que enviaria ao amigo que o presenteou.
No entanto, uma pequena surpresa o espantou. No momento em que começaria a escrever, percebeu o engano cometido. Não se tratava de uma caneta, mas sim de uma lapiseira mecânica, colocada dentro de um invólucro tão comum na época para o primeiro objeto.
_____Presente de grego...
Disse isso não se referindo à lapiseira em si, mas ao pensamento que teve sobre ela. Apenas contemplá-la, como os gregos faziam em seu processo de conhecimento, levou-o ao raciocínio errado e somente a descoberta foi feita no momento em que a experiência se concretizou. O espírito empiricista demonstrou sua graça nessa brincadeira na qual os ídolos tão comumente iludem os sentidos e a arte do pensar. Emoções, sentimentos, a formação, as relações comerciais e pessoais e até mesmo a filosofia brincaram, ludibriando a busca pelo saber.
_____Então era isso que queria me mostrar, Bacon?
E foi com essa fala e um sorriso no rosto que o senhor saia de casa, sentindo o vento em seu encalço e agraciado com o vespertino enluarado para encontrar seu amigo.



Leonardo Eiji Kawamoto - 1ºAno - Direito Matutino

DIVAGAÇÕES (CONTRA) CIENTÍFICAS


Mente? Corpo? Alma?
Ser máquina? Ser ferramenta? Ser NADA!
NADA? Vazio? Matéria? Energia?
Mente+Corpo+Alma = ?

Partes de individuo,
Mas um individuo é partes?
Cientificamente se destrói o todo
Cientificamente se faz partes
E se perde, também, cientificamente
Porque todas as partes juntas
Em seus mínimos detalhes, normalmente
Não formam a essência do todo
As partes das partes!

Mente? Corpo? Alma?
Ser máquina? Ser ferramenta? Ser NADA!
NADA? Vazio? Matéria? Energia?
Mente+Corpo+Alma =?

Do sol ao individuo
Da gota d’água ao grão de areia
Tudo influência e sofre influência
Da energia, da conexão
Ligação
Formação
Construção
Reconstrução
O todo, do todo!

Louise Fernanda de Oliveira Dias
1º ano Direito Noturno

Utilidade do conhecimento

     Bacon segue o pensamento cartesiano, voltado para o conhecimento verdadeiro, e dedica-se a interpretação do mundo através das experiências. Vai além de Descartes, acredita que o saber por si só não é suficiente, é preciso que se torne útil tal conhecimento. O que mostra que a filosofia proposta por Francis Bacon, um nobre, agradava a burguesia que via em sua teorias o primeiro passo para avanços que lhe beneficiasse.
     Criticou também os antigos filósofos que através da dialética não estudaram a realidade em si, pois apenas o uso da mente não poderia desvendar toda a natureza. Por fazer dessa a base, não se pode evoluir, pois o homem quando acredita em algo, tem como ideia que essa é a única verdade, quando o certo seria ser imparcial para podermos obter o verdadeiro conhecimento.
      Para a aplicação de seu método, deveríamos abandonar certos ídolos, estes que em partes tem o mesmo significado que se dá ultimamente, pessoas que "cegam" outras e trazem falsas percepções do mundo. O ídolos da tribo são as distorções feitas pelos sentimentos do indivíduo (paixão, ódio, predileção, etc), os ídolos da caverna que fazem alusão ao "Mito da Caverna" de Platão são os que estabelecem uma relação entre o homem com o planeta (religião, educação, costumes, etc), ídolos do foro são aqueles que influenciam através de associações (comércio, política, amizades, etc), e por último os ídolos do teatro que se ligam por meio de superstições (astrologia, magia, sistemas filosóficos, etc).Assim como Kelsen acredita na neutralidade no Direito, Bacon acredita nessa no âmbito do conhecimento, o que é impossível nos dois campos, pois como humanos possuidores de sensações e preceitos morais não conseguimos abandoná-los por completo.
      Porém mesmo abandonando todos os ídolos não se pode ser completamente neutro, assim como Kelsen acredita na neutralidade no Direito, Bacon acredita nessa no âmbito do conhecimento, o que é impossível nos dois campos, pois como humanos possuidores de sensações e preceitos morais não conseguimos abandoná-los por completo.

     Bacon quis a inovação, o conhecimento proveniente dos sentidos, das experiências e pode concretizá-lo fazendo útil. 
    
        Gabriella Akemi Kimura-  1º ano direito noturno

O Relógio da Vida e do Universo e suas engrenagens

 As pessoas hoje em dia tem enfrentado grandes problemas em sua vida pessoal. Talvez o maior deles seja a depressão, causada por conta do vazio existencial, gerado pelo mundo em que vivemos onde tudo é rápido mas nem tudo satisfaz o homem.  O Filme "Ponto de Mutação", dirigido por Berntfudou , que é um excelente longa-metragem de cunho cientifico, trás essa abordagem mostrando três personagens que também se encontram em um vazio existencial. Por lado um político cansado de seguir discursos que não são seus, por outro um poeta sem convicção de vida, e por fim uma cientista desacredita da ciência por ver seu objeto de pesquisa, a Física, sendo usada para destruir o mundo.
Durante o enredo, é tecido uma crítica à visão cartesiana de ver o mundo. O grande e maior responsável pela dificuldade do homem é dividir o conhecimento em partes pequenas; não conseguir vê-las por completo, pois é preferível ver apenas "uma engrenagem do relógio, do que todo o sistema junto". Ou seja, o método cartesiano tão posto em prática e tão usado na ciência, é visto como um grave erro.
Percebe-se que olhando com a lógica o olhar cartesiano possui mesmo falhas, e pode ser um grande responsável pelo "mal do século XXI". Quando somos "treinados" para apenas ver uma pequena parte de um conhecimento, acabamos nos acostumando e passamos a encarar o mundo dessa maneira, vendo-o com apenas uma visão, seja ela científica e racional, teológica e sentimental. Acabamos aos poucos nos esquecendo que uma visão, depende da outra; que vivemos em um mundo em que o ponto de vista "disso depende daquilo".
Podemos correlacionar essa ideia expressa no filme com os problemas sócio-ambientais. O homem adaptou-se tanto à visão cartesiana, que esquece que a natureza e os outros a sua volta, se relacionam continuamente com ele, como em um sistema , em um relógio, sendo ele uma simples engrenagem que não pode prejudicar as outras. Ou seja, se passássemos a ver a sociedade e a natureza como parte de um sistema único da qual seriamos importantes peças, dificilmente enfrentaríamos problemas ambientais como hoje.
Por fim conclui-se que não devemos descartar a visão de Descartes, nem mesmo considerá-la a mais correta, e sim passar a entender o mundo como dito no Filme "Ponto de Mutação", como um Sistema Único

Otávio Augusto Mantovani Silva
            1º ano Direito Diurno - Turma XXXI UNESP

Nenhum Homem é uma ilha

         Embora com uma fotografia básica e raras mudanças de cenário, o filme "Ponto de Mutação" (em inglês, "Mindwalk") impressiona pelo universo de temáticas utilizadas em menos de duas horas de filme. É composto por três personagens principais: Jack Edwards, um senador estadunidense e ex candidato da eleição à presidência, Sonia Hoffman, uma cientista e física afastada, e Thomas Harriman, um poeta e amigo de Jack, que decide se afastar da metrópole conturbada que é Nova York para viver no litoral francês. Ao longo do filme, o contexto leva esses personagens a se aproximarem, visto que todos estão passando por desilusões, além de conversarem sobre assuntos que continuam contemporâneos: meio ambiente, novas maneiras de se fazer política e de observar o mundo, pensamentos sobre a sociedade e a individualidade constante.
         Logo no início do filme, o poeta Thomas diz à Jack: "nenhum homem é uma ilha; todos fazemos parte de um continente". E ao longo da trama insiste-se na concepção de que o homem se encontra cada vez mais na esfera individual, esquecendo da enorme teia de interrelações e da necessariedade das conexões em sociedade para sobreviver. Por muitas vezes, Sonia critica o pensamento Cartesiano (o qual indica que o conhecimento só seria encontrado se fosse fragmentado), rebatendo que esse seria o motivo de nações se importarem com nada além delas mesmas, e que devemos olhar para o todo para enxergar os segredos e potencialidades do nosso universo.
         Cada um dos três personagens tenta buscar uma forma (mesmo idealizada) de transformar o mundo, utilizando para isso o instrumento da sua área (poesia, política e ciência). Jack tenta fazer com que Sonia aceite o emprego em Washington para fazer parte da equipe que irá comandar sua próxima campanha de eleição, enquanto Thomas declama um poema de Pablo Neruda que se encaixa perfeitamente no contexto por possuir um tema ligado à relações e como todas as sociedades, sendo humanas ou não, necessitam dessas conexões para permanecer no planeta. A trama demonstra por fim que o pensamento não pode permanecer isolado como o castelo medieval de Mont Saint Michel, mas sim relacionado à outros pontos de vida e perspectiva sobre a realidade humana.

Vitória Schincariol Andrade - 1° ano Direito Noturno 

Novos métodos

    "Ponto de Mutação"  um ponto de renovação, mas seria essa uma aberração ou um avanço? É este o tema do diálogo que se estabelece por todo o filme, dirigido por Bernt Capra. Sonia uma cientista da área física, Thomas um poeta, e Jack um político, diante de tão distintas profissões e âmbitos de pensamento vemos um reflexão sobre o que se tornou a sociedade e todo seu funcionamento.
    Depois de instaurado o método proposto por Descartes inciamos um período de sistematização, tudo é analisado separadamente, como se funcionasse perfeitamente sozinho. Essa avaliação ao método cartesiano nos mostra o quão ultrapassada está tal visão, mas sem ignorar seu valor. Sem o questionamento, sem a crítica ao conhecimento sobrenatural, sem o uso da razão como caminho da verdade, nada teríamos alcançado, pois foi esse pensamento que nos fez evoluir e iniciar a ciência moderna.
     Uma das consequências do pensamento de Descartes é que o conhecimento deixou de ser voltado para o bem do homem como pretendia, Sonia retrata no filme sua insatisfação após usarem seus estudos com raios que poderiam aprimorar o conhecimento de células cancerígenas, serem usados em Guerra das Estrelas. O saber se tornou poder, conforme disse Bacon, e nos deixou ainda mais arrogantes, acredita-se que a ciência pode trazer respostas para tudo e que não precisamos nos preocupar com problemas ambientais, sociais que logo haverá uma solução advinda dos cientistas.
      De uma forma utópica, Sonia acredita que será possível mudar o mundo apenas com um pensamento mais crítico do planeta, porém o que se constata em todo o mundo é que hoje nós pensamos no que ela retrata durante o filme. Todos sabem do que se trata o aquecimento global, sabem o que causa o efeito estufa, mas nada fazemos para mudar a situação pois muito além do pensamento cartesiano, vem antes o pensamento capitalista e individualista que não quer mudar o mundo a sua volta por inércia.
       
      Gabriella Akemi Kimura-  1º ano direito noturno
A investigação da natureza
Francis Bacon considerado o pai da ciência moderna trouxe um legado essencial à história da humanidade: a busca da ciência cada vez mais atrelada ao mundo empírico. Afirmava que tudo o que existia era ciência, o que o fez apto na procura pelos segredos da natureza por meio da interpretação e esclarecimento do mundo através de seu novo método na regulação da mente por mecanismos da experiência, isto é, a busca por um intelecto íntegro e puro, desprovido de sentidos que induzem ao erro.
Firmava sua teoria através de inúmeras críticas à Aristóteles e a Escolástica, por estes apresentarem uma filosofia esterilizada e desnecessária à humanidade, já que a teoria aristotélica utilizava-se do raciocínio silogistico como forma de descobrir os fatos e para Bacon o racicínio indutivo era guiado pela investigação da natureza, o que o fez acreditar que seu novo método superaria noções errôneas e reformaria o conhecimento por completo.
Seu novo método na exploração do conhecimento o fez descrever a noção de Ídolos como mera percepeção falsa advinda do homem que diz fazer ciência. Para isso classificou-os em quatro tipos: Ídolos do foro, Ídolos da tribo, Ídolos da caverna e Ídolos do teatro. O primeiro refere-se às teorias vazias tendendo a distorções, o segundo ao preconceito em receber impressões por meio dos sentidos tendendo a generalizações, o terceiro fazendo alusão à caverna de Platão é vinculado ao conhecimento preconceituoso do homem quanto à percepção do mundo sem deixar de lado sua crença como verdade única e indiscutível e o último refere-se às teorias e fábulas falsas tendendo ao equívoco. São investigações que influenciaram a humanidade, tanto no conhecimento da verdade efetiva das coisas como na formulação de variadas filofofias posteriores a Bacon.
Adriane Oliveira, Direito Noturno, 1º ano

Ponto de Mutação- bases da existência humana.

 O filme "Ponto de Mutação" levanta uma discussão sobre a relação entre pensamentos e ações particulares sendo considerados parte de um todo e o efeito que estes surtem no mundo. A discussão ocorre entre três pessoas de diferentes áreas: uma física moderna, um político e um poeta; o que nos permite perceber o que cada visão tem em comum, como cada visão diverge, e como cada uma delas reflete no mundo.
 A relação de diferentes faces, diferentes pontos de vista, faz uma união do conhecimento humano dentro dos três pontos de vista (físico, político, e literário), mostrando os efeitos do desenvolvimento da história e da ciência. O papel desses três personagens é divulgar a ideia de que tudo está interligado; há intertextualidade nos diálogos, e cada personagem enriquece a visão dos outros.
Para a cientista Sonia Hoffmann o pensamento de Renê Descartes embora muito útil para a sociedade em que ele viveu, por se afastar do pensamento estritamente religioso medieval para explicar a natureza, muito atrapalha a sociedade atual. Descartes criou o pensamento mecanicista, tido como cartesiano, pelo seu nome em latim, cartesius. O pensamento cartesiano explicava a natureza como uma maquina que poderia ser desmontada para ser compreendida. Isaac Newton ainda teria contribuído no pensamento cartesiano quando formulou as três leis do movimento na física, que influenciou as artes, a política e toda a sociedade. Enxergar apenas as partes e não o todo, esse foi o erro que Descartes cometeu, segundo Sonia, e que fez as nações interessadas apenas em suas próprias partes.
Todo o discurso do filme é uma realidade ainda hoje. As pessoas estão acostumadas com a modernidade, com o conforto e mergulhadas nos seus sentimentos nacionalistas. Recebem tudo pronto em suas mentes e mal podem pensar que todas as coisas criadas pelo homem podem e devem ser moldadas. Até a natureza parece agir baseada na lógica. Precisa-se pensar com maior relatividade a mediação do conhecimento diante de todas as descobertas que são impostas e modificam nosso modo de agir na sociedade, parte de uma nação, parte de um continente, interligado a um sistema maior, toda a humanidade.


José Augusto Melo de Carvalho, Direito Noturno, 1° ano.