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terça-feira, 29 de abril de 2025

Materialismo histórico-dialético, o mais perfeito exemplo de si mesmo diante da história

 Karl Marx e Friedrich Engels, dois grandes pensadores, autores e amigos, formularam juntos a ideia do materialismo histórico-dialético e a apresentaram no livro “A Ideologia Alemã”. Tal ideia pode ser decomposta em três ideias: a do materialismo, a base da produção material da vida social; a histórica, por conta das mudanças permanentes ocorridas no tempo; e a dialética, que é um resultado de diversas contradições e lutas presentes ao longo da história, inspirada pela dialética Hegeliana. 

No entanto, a ideia do materialismo foi criada de modo a ser um contraponto dos dois pensadores para com Hegel e seu idealismo, no qual as ideias e o espírito movem a história, sem que os homens tivessem sua devida importância, e assim Marx moldou sua ideia que invertia a Hegeliana, pois para ele o que movia a história era a luta de classes e as condições materiais, ambas vinculadas ao ser humano. 

Assim, Marx, juntamente com Engels, foi responsável por moldar uma corrente de pensamento denominada de Marxista, com ideias como a luta de classes, a alienação, os conceitos de mais-valia e super e infraestrutura, além de publicar diversos livros como o Manifesto Comunista e a obra-prima de Marx, “O Capital”. Posteriormente surgiriam outros pensadores contemporâneos que além de debater e estudar, aprofundariam e trariam mais conexões entre a ideia do alemão e a sociedade contemporânea do final do século XIX e o XX. 

Dentre esses pensadores, se destacam Georg Lukács, que idealizou o conceito de consciência de classe em seu livro “História e consciência de classe”, e Rosa Luxemburg, responsável por aprofundar a relação entre capitalismo e imperialismo em “A Acumulação do Capital”. Além disso, destaca-se em relação ao materialismo Antonio Gramsci, que apresenta a ideia de hegemonia cultural e como a burguesia domina a cultura, citando como instituições culturais também permitem a manutenção do capitalismo e ao mesmo tempo difere de Marx em algumas de suas ideias, como o modelo de revolução a ser aplicado. 

Portanto, percebe-se que, assim como proposto por Marx e Engels, a história é dinâmica, depende do ser humano, permite a existência daqueles que lutam pelo fim de um regime opressor e mantém acesa a chama da luta de classes, provando que o materialismo histórico-dialético é um exemplo perfeito de si mesmo. Dessa forma, as sociedades, os indivíduos, as ideias e as eras podem se alterar, mas sua essência se mantém, com as mesmas origens e os mesmos objetivos.