Axel
Honneth, professor de filosofia e um dos
grandes teóricos da Escola de Frankfurt tentou demonstrar em sua obra “Luta por
reconhecimento : a gramática moral dos conflitos sociais” a maneira como as pessoas inserem-se na
sociedade contemporânea. Sendo "reconhecimento" o comportamento que leva o
indivíduo à sua auto-realização. O autor ainda dividiu esse reconhecimento e
três dimensões : amor, direito e solidariedade.
Essas
três variedades revelam uma luta intersubjetiva para inserção na sociedade. Diferenciando-se
do pensamento de pensadores políticos clássicos como Thomas Hobbes, que
defendia a autoconservação do homem em seu estado natural. A luta pelo reconhecimento sempre inicia-se depois
de haver desrespeito à alguma dessas variedades. De modo que, ao alcançá-lo, conseguir-se-á uma
abordagem diferente da realidade, do mundo em si, fazendo com que a igualdade e
o respeito façam-se mais presentes em seu cotidiano.
Um
valioso exemplo de um reconhecimento social presente no mundo atual é o da própria
democracia. Regime político que surgiu concomitantemente com a evolução das
sociedades e com sucessivos descontentamentos, desrespeitos que levaram os
seres sociais a lutarem pela mudança. Sendo alcançada com etapas, com
diferentes e sucessivas transformações . Com micro emancipações que
possibilitaram um resultando comum final : o reconhecimento.
É de suma importância
ressaltar ainda o papel do direito nessas
etapas. Pela experiência de direito, a auto-realização do indivíduo é alcançada
quando há a possibilidade de
autorrespeito. Assim como, na de amor a
autoconfiança e na de solidariedade a autoestima.
O próprio direito
nos possibilita analisar a evolução do reconhecimento social. Iniciando como
direitos liberais no século XVIII, alcançando os participativos políticos e por
fim, no século XX, os direitos de bem estar. Conquistas que demonstram todos os
avanços da integração do indivíduo dentro da sociedade, bem como a extensão de
suas capacidades, caracterizando a pessoa de direito. Reconhece-se, desta
maneira, o cidadão como autônoma e moralmente responsáveis no desenvolvimento
dos sentimentos de autorrespeito.
Aluisio Ribeiro Ferreira Filho - 1° Ano Direito Diurno.
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