A imaginação sociológica e o crescimento da extrema direita na política mundial
Ao longo dos séculos, diversos conceitos foram criados para a democracia, entre eles a divisão política em direita e esquerda. Esses termos surgiram a partir da disposição dos membros do Parlamento francês, após a Revolução Francesa. Naquela época, os conservadores se sentavam à direita e os liberais à esquerda. Com o tempo, na contemporaneidade, surgiram grupos classificados como extrema direita, originados de ideais violentos, preconceituosos e excludentes, os quais se destacaram principalmente na Alemanha e na Itália entre 1930 e 1945, devido ao nazifascismo.
No entanto, mesmo com o fim da Segunda Guerra Mundial, ficou claro que a extrema direita não foi completamente erradicada. A presença de grupos integralistas no Brasil e das ditaduras civis e militares na América do Sul evidenciam isso. Mesmo após mais de 40 anos do fim dessas ditaduras, ideais extremistas ainda persistem no cenário político contemporâneo. Esse fenômeno pode ser explicado por Charles Wright Mills, em seu livro A Imaginação Sociológica, onde o autor busca apresentar uma visão ampliada dos problemas sociais, considerando os fatores econômicos, culturais e sociais de forma integral.
O crescimento da extrema direita no cenário político atual, visível em países como os Estados Unidos, Argentina, Brasil e Itália, decorre de um processo que fragiliza o senso crítico da população, transformando-a em uma massa manipulável que segue os interesses da elite que apoia a extrema direita. Isso se torna ainda mais evidente com a aproximação de CEOs de grandes empresas, como as big techs (Meta, TikTok, X), com Donald Trump, atual presidente dos Estados Unidos e um dos maiores representantes da extrema direita no mundo. Trump, por sua vez, também propõe medidas extremamente prejudiciais para as minorias e imigrantes em seu país.
Portanto, ao analisar sociologicamente esse crescimento, é possível perceber como a aliança entre a extrema direita e as big techs facilita a alienação da população, tornando-a suscetível a apoiar a volta de políticos extremistas, acreditando que esses líderes podem "salvar" a sociedade de ameaças externas e internas.
Mateus Penteado de Paula (1° ano direito noturno)