Educação e Formação: Fundamentos para a Equidade Social
Econômica
Em um cenário mundial em que o capitalismo se estabelece nos
moldes sociais de toda uma população, podemos dizer que os benefícios
resultantes desse sistema não chegam a contemplar nem metade dessa parcela, já
que a outra refere-se a um índice de desempregados ou subempregados que ainda
buscam pelo mínimo de uma qualidade de vida que garanta seus direitos básicos.
Ao considerarmos que a voz ativa dos trabalhadores formais é
composta por funcionários que por sua vez são remunerados com um salário-mínimo
e meio, temos a necessidade primordial de considerarmos que essa fração se
torna a mais carente de uma atenção ao que diz respeito a garantia de seus
direitos, já que estamos considerando um país em que esses honorários não chegam
nem perto do necessário para ofertar a garantia de conforto para uma família. Mesmo
assim, são esses agentes que distantes do topo de uma pirâmide hierárquica em
suas respectivas organizações de atuação, são a base para que a garantia de toda
engrenagem de uma economia não pare de girar.
Por mais que queiramos acreditar em uma democracia onde a
voz do povo prevalece sobre as mudanças nos contextos ao quais estão inseridas,
percebemos que a sombra de um sistema capitalista acaba tornando-a simbólica em
muitos aspectos, exemplo disso é o contexto corporativo e suas migalhas de
reconhecimento ao que diz o trabalho do homem. Não precisamos ir longe para
analisar essa conjunção, basta acessarmos a rede social de cunho institucional
nomeada como LinkedIn. A partir desse acesso, nos deparamos facilmente com vastas
opções de emprego dispostas pelas organizações de diversos segmentos e com
elas, as cobranças dos mais variados requisitos para preenchimento. A questão
é, obviamente a capacidade técnica para um emprego se torna de grande
importância, afinal, são elas a garantia para que os processos sejam atendidos
de forma eficaz. Mas em qual campo o Estado como órgão protagonista para
suporte e preparo de uma sociedade está ofertando a capacitação adequada para
que as subclasses possam entrar numa disputa justa aos seus concorrentes?
De um lado, temos uma burguesia rodeada de oportunidades, não
só profissionais, mas também o acesso livre para as mais diversas portas de
qualificação para aqueles que queiram se aventurar. Do outro, temos um
proletariado que lutam entre eles para uma mínima chance em chegar perto da
fechadura e enxergar o que possa ter do outro lado.
Nessa esfera, devemos considerar que tal realidade deve ser
enfrentada com ordem e progresso por todo movimento sindical e social para que
a garantia de investimento ao que diz respeito a educação e a formação
profissional possa perpetuar acima de qualquer desigualdade em uma sociedade que
necessita desse amparo. A preocupação nesse aspecto não é algo para agora, é
algo para ontem. É nessa vertente que a garantia por um futuro rodeado de
profissionais capacitados sejam eles em quais áreas for resultará não só numa
qualidade para aqueles que serão beneficiados, mas também para uma nova
realidade em que a economia seja mais robusta e equitativa em todas as
vertentes da sociedade.
Lucas Vinicius Oliveira - 1 ano - Direito / Noturno