Valores que não são meus são
impostos sobre mim:
Em
minha mente, ideologia.
Em
minha alma, um querubim.
Sobre
quem isso diz e qual seria o seu fim?
Meu
corpo se cansa com padrões de outro alguém
O
seduzem em utopia
E
querem convencê-lo de que está aquém.
Mas
quem é que sabe o que ele de fato queria?
Minha
vontade nada é para a dominação:
Por
vezes carismática, consegue o que quer.
Se
carisma não tem, sabe que a temerão.
E,
por fim, pode assim, apelar para a razão.
E
antes que eu conheça meus valores
Antes
que o corpo se mova
e
que a mente conteste
Penso
que amo o que é de outros, amores
E
se por vezes rio
Estaria
o peito de graça vazio?
E
se o próprio pranto é forçado,
por
males que não estão ao meu lado?
É
fato que, por algum deslize hipnótico
Ou
por ter achado -que achava- tudo mesmo ótimo
Deixei
esses valores corroerem-me as entranhas
E
agora essas ideias nem me parecem tão estranhas...
Sofremos
uma grande invasão.
E
pra isso, há legitimação?
Ou
seríamos, eu e você,
Apenas
entregues à persuasão?
Carolina Juabre Camarinha.
Direito - Matutino.