“Cérebro”, “mãos”, “parafuso”: eis as
marcas do processo de divórcio entre o homem e seu instrumento de trabalho que
se intensificaram com a evolução do sistema capitalista.
Cérebro. Nos primeiros processos de produção
eram os próprios trabalhadores que criavam e desenvolviam artesanalmente o
produto final, sendo assim o ápice da união entre o homem e sua criação. Mãos.
Na manufatura o trabalhador era caracterizado apenas como um tipo de força
motriz, sendo comparado assim à tração animal, ao vento e até mesmo à água, não
participando do processo criativo do produto.
Parafuso. Na maquinofatura a força
humana já não importa mais, tampouco sua capacidade criativa. Esse é o ponto
máximo de coisificação do homem e divórcio com seu instrumento de trabalho.
Nessa etapa o cérebro deixou de ter importância, aliás, muitas vezes este nem
sabia o que estava sempre produzido, demonstrando assim a completa submissão do
homem pela máquina.
O pensamento egocêntrico do capitalista
burguês transformou proletários, parafusos e engrenagens em cifras se
multiplicando a todo vapor, sendo esta busca incessante pelo lucro severamente
criticada por Karl Marx em sua obra “O Capital”. A mais valia é primordial
nessa etapa, passando por cima de qualquer obstáculo, suprimindo até mesmo as
necessidades humanas para transformar os trabalhadores em peças para as
máquinas, como salientava Marx. A luta pelo lucro de uns desencadeou na luta
pela sobrevivência de outros. A máquina tornou-se o lobo do homem.
Tema:
Divórcio entre o homem e seu instrumento de trabalho.
Integrantes:
Ana Carolina Alberganti Zanquetta, Camila Gabriele Pereira de Faria, Daniela
Nogueira Corbi, Elisa Kimie Miyashiro e Giovanna Gomes de Paula.