Reformar: dar
melhor forma a; corrigir, emendar. É assim que o dicionário conceitua a
palavra mais comentada do momento: reforma. Não diferente de todo os jornais e conversas
em mesa de bar, o meio acadêmico judiciário também se preocupa em discutir as
atitudes do atual governo de modificar as leis trabalhistas e previdenciárias. E
esse foi o tema da XXVIII Semana Jurídica na Unesp Franca.
A atual conjuntura brasileira num sentido geral
é de insegurança e “desgoverno”. A falta de popularidade, diga-se legitimidade,
e governabilidade do atual presidente Michel Temer recai sobre todos as parcelas
da sociedade política: os três poderes, a economia e a sociedade civil. Para tentar
driblar essa falta de base parlamentar e insegurança política, o executivo e legislativo
(em sua maior parte) tenta passar a todo custo as propostas de reformas, que são
claramente movidas a interesse de poucos em detrimento da dignidade e
reconhecimento de muitos.
O que se busca com essas reformas é a
flexibilização. Em um país imerso em corrupção, desrespeito e pouco estruturado
nas áreas trabalhistas e previdenciárias quer se FLEXIBILIZAR! A professora
Patricia Maeda tratou da palavra flexibilização no primeiro dia de palestras ao
afirmar que atrás desse véu de “reformar e flexibilizar para melhorar a
economia e o país” o que se realmente quer é acabar com os direitos das classes
mais baixas como o operariado.
O falacioso discurso do governo se baseia
principalmente na economia, mas especificamente na crise econômica que vive o
país. Diz que o fundo previdenciário e os direitos sociais trabalhistas são inviáveis
financeiramente para o Brasil. Engraçado, não? Um dos países mais arrecada
tributos não tem condições financeiras de manter DIREITOS (eles insistem em
chamar de regalias!!!)? Só há uma pergunta: onde está então o dinheiro arrecadado?
Com uma única resposta: na mão de poucos. Os mesmos poucos que tem seus
interesses protegidos pelo governo: nossa elite, nossos parlamentares e grandes
empresários
O Brasil é um país tão “republica do café com
leite” quanto em anos atrás, tão vendido à elite quanto quando foi descoberto. E
será ainda por muito tempo, pois essas reformas que mais deformam, são um
instrumento poderoso para pessoas poderosas continuarem como estão e sempre
estiveram: no poder!
Luisa de Luca - 1 ano noturno
Nenhum comentário:
Postar um comentário