Descartes foi o principal expoente da escola racionalista, que se baseia na idéia de que o conhecimento de mundo é obtido pelo uso da razão, e que os dados dos sentidos são essencialmente duvidosos, mais uma fonte de erro de que de conhecimento.
Desde então, poucos pensadores compartilharam sua teoria de que a existência de Deus é indubitável. Todavia, a crença de que a descoberta cientifica exige que partamos de fatos confiáveis (logo, indiscutíveis) para firmar nossas premissas, aplicando a lógica e não deixando intervir nenhum elemento sobre o qual possa recair alguma suspeita, despojando-nos de nossas idéias e suposições costumeiras, tornou-se fundamental na ciência do mundo ocidental. Hoje, o autor se faz presente na medida em que filósofos e cientistas modernos vieram a crer que a observação (portanto usando os sentidos) tem um papel imprescindível no estabelecimento daqueles fatos indubitáveis de que derivamos conseqüências lógicas, mas ainda acreditam que Descartes traçara o método fundamental.
O dualismo cartesiano (divisão da natureza em dois tipos de manifestação, como alma e corpo) tornou-se uma parte inerente do modo ocidental de considerar o mundo.
Foi graças a ele que a atividade intelectual no Ocidente foi dominada pela busca da certeza, centrada nas considerações metodológicas. Se o método correto fosse seguido, seria possível construir um conhecimento de base sólida na ciência.