Positivismo e suas manifestações.

Positivismo e suas manifestações 

             

             Segundo o pensamento positivo de Comte, o estado positivo caracteriza-se pela subordinação da imaginação e da argumentação à observação. Cada proposição enunciada de maneira positiva deve corresponder a um fato, seja particular, seja universal. O conhecimento não deve ser apenas individual, mas também coletivo; isso faz da filosofia positiva o fundamento intelectual da identidade entre os homens, possibilitando a vida prática em bem comum. A conexão entre a teoria e a prática seria muito mais próxima no estado positivo, pois o conhecimento das relações constantes entre os fenômenos torna possível caracterizar-se pela previsibilidade. 

           Desse modo, o espírito positivo instaura as ciências como investigação do real, do certo e coerente, do precisamente determinado e do útil. Assim, Olavo de Carvalho consegue fazer uma análise baseada nesses pensamentos no livro ''O imbecil coletivo: Atualidades Inculturais Brasileiras". Expõe circunstâncias destoantes da realidade e mitos de que os gays são marginalizados e perseguidos.  Coloca o fato de que alguns tiranos como Calígula e Mao Tsé-tung eram gays e possuíam  o poder de decisão.

Ademais, relata que as relações entre sexos diferentes, isto é, a heterossexualidade, não são uma opção livre, mas uma necessidade natural para o sucesso reprodutivo de todas as espécies animais. Já o homossexualismo não é uma necessidade, mas sim um desejo individual. Sendo uma escolha individual é irracional atribuir a essas duas condutas um mesmo valor. Uma necessidade: a vida e um gosto não tem o mesmo valor. Sendo assim, é inapropriado que seja necessário criar direitos específicos para a comunidade gay, assim como não há para os abstinentes, aos sado masoquistas ou dos pedófilos. Um juízo não pode, por si, ser gerador de direitos, o que reduziria o direito a uma questão de gosto e um gosto pode apenas gerar obrigações, nunca direitos.

           Portanto, o autor Olavo de Carvalho adota uma visão positivista de investigação genuína do cenário atual. Demonstra a necessidade de manter o sistema binário de heterossexualidade, ou seja, homem e mulher para manter o êxito na continuidade da espécie, além de justificar a desnecessidade da invenção de direitos para uma camada particular da sociedade, que já possui os seus direitos garantidos na constituição federal como qualquer outro cidadão.

André Luís Antunes da Silva. 1º Ano Direito Noturno 

Homossexualidade na visão de Olavo de Carvalho

Em momentos de crise social, a população apela a uma perspectiva positivista, colocando em pauta o útil, o trabalho prático, e reforçando os “lugares sociais” dos grupos, e seus respectivos papeis na sociedade.

É neste contexto que o Brasil encontra-se. A corrente conservadora focada na manutenção das estruturas sociais darwinistas, na qual os mais fortes socialmente são os que entram na bolha padrão: branco, homem, heterossexual e rico.

Infelizmente, esse padrão é reforçado pelo governo brasileiro, no qual homens devem aprender a dar flores às mulheres, meninos usam azul e meninas, rosa. Para reforçar esse senso, há uma corrente: o positivismo e a física social.

O contexto positivista sobre a sexualidade preza pelo binário: homem é homem e mulher é mulher. É nesse restrito pensamento social que Olavo de Carvalho comenta sobre o tema. Para ele as relações heterossexuais são uma necessidade natural para a manutenção da espécie humana e a homossexualidade, somente, um desejo.

Sendo assim, a tirinha a cima simboliza concretamente o que Olavo de Carvalho relata como se a homossexualidade fosse “crime”, pois tudo o que não esta no conceito binário (padrão), de forma positivista, não é normal, nem aceitável como normal, assim como o adultério.

Gostaria de colocar em atenção, que esse pensamento ainda está presente em nossa sociedade de 2019,  há uma "eugenia" de orientação sexual. Infelizmente a sociedade não ultrapassou a fronteira da mentalidade de bolha padrão!!