A luta por reconhecimento social, para Honneth, perpassa os
simples conceitos de “honra, glória e prestígio”. Contudo, busca um conceito
ainda mais simples: o amor. Não falo de amor ágape, ou eros, ou filos. Falo da
forma mais básica de amor, como o reconhecimento, a solidariedade, o respeito. Segundo Honneth, juntamente com a solidariedade e o direito, o amor é uma das dimensões do reconhecimento.
É justamente esse amor que cada vez se torna mais escasso
hoje em dia. E não só por uma pessoa ou um grupo de pessoas; é uma condição
generalizada. Discursos de ódio, perseguições e agressões são tidos como
respostas condizentes a tanto reivindicações de direitos e desejo de
reconhecimento quanto opiniões impopulares ou discussões polêmicas.
No que tange ao momento social atual, a busca pelo direito
de casamento, independentemente de orientação sexual, necessita não só de amor
e compreensão, mas de auxílio do Direito. Citando o Ministro Marco Aurélio, “os
homens não são feitos para as leis, as leis é que são feitas para os homens”.
Por esse prisma, o Direito deve andar de mão dadas com movimentos de reconhecimento;
ser um objeto de auxílio para conseguir o que é desejado, e não um ser
proibitório, atrapalhador. A liberdade e os direitos nunca devem ser negados
aos cidadãos. O amor simples e puro deve prevalecer.
Tiago Nery Constantino - 1º ano Direito Matutino
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