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terça-feira, 1 de abril de 2025

Com esperanças, sobrevivemos ao caos.

Entre desertos e oliveiras, o grito ecoa,  
Israel e Palestina compõem a inquietação 
Mães choram, filhos caem, e a terra sangra,  
Numa luta sem fim, onde a esperança tange.  

O mundo observa, impotente, o eterno conflito,  
Sombra de um passado que não sabe o que é bonito.  
O tempo escorre como areia,  
E a paz, sonho distante, na dor se semeia.  

No silêncio da noite, questionamos a ordem imposta,  
E na ruína das certezas, nasce um novo clamor,  
Um sussurro de renovação, feito de dor e fervor.  

Entre o caos e o sopro da incerteza,  
Desabrocha a esperança em meio à dureza.  
Se o fim é só um ciclo de recomeçar e transformar,  
Que possamos aprender a amar, a curar e a sonhar.

Laysa Pereira de Araújo - 1° período  (Matutino)

Capitalismo selvagem: O sistema econômico que mantém o mundo fora de ordem

É fato que nos tempos atuais vivemos em um mundo sob o qual a desordem se faz presente de maneira cada vez mais evidente e nos mais diversos ramos possíveis. Contudo, para que se possa compreender o motivo de tal problema, é de suma importância salientar de antemão que o principal culpado para um mundo fora de ordem é o capitalismo selvagem, isto é, um sistema econômico pautado em uma busca tão desenfreada por lucro, que se parece quase como uma condição análoga à selvageria.

Nesse sentido, nota-se que o sistema capitalista inicia sua desordem no mundo primeiramente pelas relações de trabalho, nas quais a burguesia, detentora dos meios de produção, submete a classe proletária a vender sua força de trabalho em prol de seu sustento, de modo que aqui já se estabelece uma relação de exploração que intensifica problemas sociais que geram como consequência a desordem, tais como a miséria, a violência, o aumento de crimes, a ausência de segurança, dentre outros.

Desse modo, ao estabelecer sua dominação nas relações de trabalho, o capitalismo selvagem aumenta o fortalecimento da classe burguesa e dos Estados mais desenvolvidos economicamente, fazendo com que, em contrapartida, a classe proletária, os países subdesenvolvidos, grupos minoritários e vulneráveis se tornem reféns daqueles. A título de exemplo de tal fortalecimento, observa-se os Estados Unidos, país capitalista mais desenvolvido financeiramente do mundo, e sua intervenção no conflito entre Israel e Palestina, sob a qual foi uma interferência tendenciosa que visou estratégicamente a região em que se acontece o conflito e os recursos e oportunidades que desta aparecem, ou seja, ao invés de colaborar com o fim do conflito e a libertação do povo palestino, os Estados Unidos estavam preocupados apenas em como poderiam gerar lucro a partir deste cenário catastrófico.

Sendo assim, para que se possa superar este modelo econômico que mantém o mundo fora de ordem, é primordial que ferramentas de combate ao capitalismo selvagem sejam aplicadas, tais como a coletividade, haja vista que esta é capaz de formar elos de fortalecimento e de auxílio entre os indivíduos; A criação de instituições de apoio a grupos vulneráveis e minoritários, com pautas que colaborem com a sociedade e tragam esperança de modo concreto à população; A educação, ferramenta esta que serve de instrução para a compreensão das pessoas sobre o funcionamento e a manipulação do sistema capitalista; E, por fim, e mais importante, a união da classe proletária, tendo em vista que esta compõe a maioria absoluta dos indivíduos conviventes em uma sociedade capitalista, enquanto a burguesia se estabelece em um grupo absolutamente inferior.

Contudo, o capitalismo traz a falsa sensação de que a burguesia é dominante e superior, fortalecendo tal impressão para a sociedade através da detenção burguesa no que concerne aos meios de produção. Porém, de nada adianta a posse dos meios de produção se não houver trabalhadores que se submetam a vender sua força de trabalho. Por isso, salienta-se que a união proletária faria com que a classe dominada agora passasse a ser a classe dominante, de modo a lutar por seus direitos e por seus iguais, fazendo com que assim, se chegasse a um patamar em que toda a miséria, exploração e violência presente na sociedade, ocasionada pelo capitalismo, pudesse ser solucionada, com o fito de novamente trazer ordem ao mundo.

Ademais, cabe ressaltar ainda o contexto capitalista e sua influência no conflito entre Israel e Palestina, mencionado ao longo do texto, que vai para além de apenas mencionar sobre os Estados Unidos. Nesse sentido, antes de constatar tal combate, é de suma importância evidenciar que toda a destruição de um povo nos tempos atuais se inicia pelo enfraquecimento financeiro de determinado Estado, já que a ausência de verbas faz com que o Poder Político se enfraqueça, o que gera vulnerabilidade das forças armadas quanto a defesa da soberania, e, por conseguinte, a desestabilização estatal. Sob essa ótica, percebe-se que Israel realizou todas as tentativas de enfraquecer financeiramente o povo palestindo, conduzindo-os primeiramente ao isolamento territorial, para que estes não tivem acesso a qualquer financiamento externo; A destruição de hospitais, mercados, bases agrícolas, animais, e uma vasta gama de instrumentos essenciais à subsistência do povo palestino; O genocídio contra milhares de cívis para diminuir o Poder de combate e o grupo como um todo; E, ainda, a violência contra as mulheres visando a destruição dos ventres, com o fito de impossibilitar a reprodução deste povo, e , por conseguinte, a inexistência de uma futura população economicamente ativa, o que destruiria completamente a palestina e seu povo.

Destarte, é possível compreender que o capitalismo selvagem inicia sua dominação de modo silencioso e de aparência inofensiva no começo, mas que com o passar do tempo é desmascarado, já que este é o mecanismo causador de toda a injustiça, desigualdade, miséria e revolta em que a sociedade se encontra, o que gera como consequência um mundo fora de ordem. Todavia, a união das massas tem potencial para subverter este cenário, afinal a classe proletária pode estar em alienação nos tempos atuais, mas ainda assim esta não deixa de ser composta pela maioria esmagadora de pessoas, que se iniciassem uma luta de classes poderiam facilmente acabar com o capitalismo, já que sem força de trabalho e consumo, a economia capitalista é impossibilitada de existir. 

Sendo assim, além da solução para o fim da desordem mundial ser o fim do mundo capitalista, conclui-se que esta depende somente de nós, haja vista que o mundo nunca acabará em desordem e caos pois ele possui o ser humano e toda sua fonte racional para assegurar sua proteção, e por isso, o mundo nunca acaba, mas começa todo dia quando pessoas como nós se juntam e realizam mesas de debate, criam instituições defensoras das minorias, implementam políticas educacionais para os indivíduos e estabeleçam coletividades que defendam o povo e combatam concretamente as desigualdades existentes, para que assim a união alcance poder suficiente para destruir definitivamente o capitalismo selvagem e restabelecer a ordem mundial que se encontra ausente no cenário hodierno.

Rafael Martins Araujo - 1° ano - Direito - Matutino

Um mundo fora de ordem ou uma ordem fora do mundo?

 Guerras. Pandemias. Desastres naturais. São notícias corriqueiras que são vistas em todos os jornais e nos fazem perder a esperança. Ver crianças palestinas sendo mutiladas em uma guerra em que ninguém sairá vencedor nos faz questionar se a humanidade acabou.

Contudo, no caso da guerra em Gaza, ainda há acontecimentos que trazem um alento. Como, por exemplo, profissionais de saúde voluntários que foram para Gaza ajudar os doentes e feridos. Também é possível ver exemplos que nos trazem esperança no nosso próprio país. Quando houve o desastre natural no Rio Grande do Sul, grande parte dos brasileiros se mobilizou para socorrer os gaúchos.

Sendo a ordem fundamental para o desenvolvimento da sociedade, é necessário que os indivíduos modernos colaborem uns com os outros mais frequentemente – não apenas durante tempos de guerras ou tragédias – para que assim a sociedade como um todo possa a atingir o progresso e diminuir um pouco a desordem do mundo.

Conclui-se, portanto, que o mundo moderno vive um momento de grandes transformações, impulsionado pelo avanço da tecnologia, mudanças sociais e desafios ambientais. A globalização conecta países e culturas, permitindo o intercâmbio de ideias e conhecimentos como nunca. No entanto, essa interconexão também expõe vulnerabilidades, como crises econômicas globais e a disseminação rápida de desinformação. Diante desse cenário complexo, a humanidade enfrenta o desafio de equilibrar progresso, ética e sustentabilidade, buscando soluções para um futuro mais justo e equilibrado.

Lorraine de Oliveira Maciel – 1º ano – Direito - Matutino