O célebre documento histórico, revolucionário aos padrões da época, e de suma importância no que tange à compreensão sobre as origens da ascensão burguesa, a luta das classes sociais e da missão do proletariado, foi publicado no dia 21 de Fevereiro de 1848, por Karl Marx e Friedrich Engels, sobre a insigne frase: “Um fantasma ronda a Europa: o fantasma do comunismo.”
Trata-se de um documento cujo intuito é o de denunciar o regime capitalista e incitar o proletariado, descontente com as circunstâncias nas quais se encontravam, a reivindicar seu espaço na sociedade.
No primeiro capítulo, Marx afirma que a história da sociedade humana é impulsionada pelas lutas das classes sociais, tendo, como conseqüência, as revoluções. E mais, faz-se mister apresentar o contexto histórico da classe burguesa, descrevendo as enormes transformações que a burguesia industrial provocava no mundo, representando na história um papel essencialmente revolucionário. Ademais, relata-se o fenômeno da globalização que a burguesia implementava no comércio, na navegação e nos meios de comunicação.
Nota-se, no segundo capítulo, o ideal de aproximar comunistas de proletariado, cujo objetivo seria a derrocada do poderia burguês e a conseqüente conquista do poder pelo proletariado, tendo como pilar fundamental a ausência de propriedade privada. Ressaltam-se, ainda, os problemas decorrentes da exploração capitalista através da utilização das mãos de obras baratas – principalmente de crianças e mulheres e da excessiva jornada de trabalho. Consequentemente, tem-se a destruição das relações familiares além das deploráveis condições de higiene nos interiores das diversas fábricas.
Aprofunda-se, no terceiro capítulo, a discussão sobre os três tipos de socialismos, quais sejam: o reacionário, o conservador-burguês e crítico-utópico. Dentre estes, pode-se atentar para o fato de serem correntes socialistas que tiveram significado pelos ideais que traziam como o fim da exploração, da reprodução social, e a vitória da classe operaria. Ressalta-se, por fim, através da expressão "proletários de todos os paises, uni-vos", sobre a importância crítica de um movimento em que todos os explorados economicamente que necessitavam realizar o quanto antes, já que a exploração do capitalismo crescia a cada momento, tornando-se a cada dia mais perverso em suas raízes.
Este é um espaço para as discussões da disciplina de Sociologia Geral e Jurídica do curso de Direito da UNESP/Franca. É um espaço dedicado à iniciação à "ciência da sociedade". Os textos e visões de mundo aqui presentes não representam a opinião do professor da disciplina e coordenador do blog. Refletem, com efeito, a diversidade de opiniões que devem caracterizar o "fazer científico" e a Universidade. (Coordenação: Prof. Dr. Agnaldo de Sousa Barbosa)
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segunda-feira, 13 de junho de 2011
Revolução e Distribuição
“A história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas de classes” (Karl Marx e Friedrich Engels, O Manifesto Comunista)
É assim que se inicia o texto do Manifesto Comunista, escrito por Marx e Engels. Nele, discute-se que na evolução da história, sempre houve a exploração de uma classe por outra, sendo o capitalismo mais um exemplo disso. Contudo, este sistema possui particularidades, e Marx aponta duas: a burguesia é revolucionária, transformando constantemente os meios de produção; criaram-se forças produtivas nunca antes imaginadas. Por essa natureza revolucionária, vinda da cobiça de enriquecer a cada dia mais, a burguesia incentiva a criatividade humana a inovar sempre, gerando desafios a serem superados intelectualmente. Marx elogia esse aspecto. Os avanços trazidos e a riqueza gerada são maravilhosos!
Dessa forma, concluo dizendo que Marx e Engels estavam certos, as inovações trazidas pelo capitalismo são incríveis; e discordo em dois pontos: Não há progresso sem o estímulo do mercado; não há pauperização de uma classe. Uma sociedade não pode caminhar sem o mercado. A China Socialista só se desenvolveu ao investir capital na indústria para aumentar sua produção e invadir o mercado global. A URSS, quando se aproximou da falência, abriu seus portões para empresas transnacionais, com os planos de Gorbachev. E todos enriqueceram com o advento do capitalismo, cada um conforme sua contribuição (o industrial investiu tempo, capital, intelecto e esforço; o proletário investiu sua força). O mercado é rotulado sempre como o vilão, talvez seja em muitos casos, mas sem o qual eu não estaria publicando neste blog.
É assim que se inicia o texto do Manifesto Comunista, escrito por Marx e Engels. Nele, discute-se que na evolução da história, sempre houve a exploração de uma classe por outra, sendo o capitalismo mais um exemplo disso. Contudo, este sistema possui particularidades, e Marx aponta duas: a burguesia é revolucionária, transformando constantemente os meios de produção; criaram-se forças produtivas nunca antes imaginadas. Por essa natureza revolucionária, vinda da cobiça de enriquecer a cada dia mais, a burguesia incentiva a criatividade humana a inovar sempre, gerando desafios a serem superados intelectualmente. Marx elogia esse aspecto. Os avanços trazidos e a riqueza gerada são maravilhosos!
Mas o desenvolvimento é uma necessidade que vem de onde? O mercado criou uma cobrança, pois se não há inovação, não há consumo, o sistema quebra. Porém, trata-se de uma cobrança apenas. A verdade, e até Marx e Engels concordariam comigo, é que essa é uma necessidade do próprio homem de crescer, desenvolver-se, criando mais e mais, não por causa do consumo, e sim pelo seu próprio desejo de evoluir. E isso é bom, Marx elogia tal aspecto em sua obra. Na idade média, o senhor feudal deveria ser auto-suficiente, vivendo apenas dos impostos pagos por servos. Houve avanços nesse período? Sim! Mas foi uma verdadeira Idade das Trevas se compararmos com os avanços trazidos pela burguesia no renascimento (a própria expressão renascimento mostra o período de dormência que foi a Idade Média). Finalmente há um estímulo para a produção.
Provo o que acabei de dizer. Quando a pintura evoluiu? Havia pintura nas igrejas medievais? Sim. E nas igrejas renascentistas? Sim. Qual é superior? Aquela em que o artista foi pago para pintar. Leonardo Da Vinci, Michelangelo, Giotto, Verrocchio, respectivamente, “La Gioconda”, Capela Sistina, Capella degli Scrovegni, “Batismo de Cristo”. Diga-me agora um grande nome da pintura medieval. Pintura anônima, coletiva, feita por servos sem remuneração. Um exemplo moderno, mais evidente, é a Guerra Fria. Os Estados Unidos e a URSS disputavam o posto de maior potência econômico-científica. Contudo, as descobertas feitas nos Estados Unidos eram introduzidas no mercado, enquanto a Rússia (por não haver mercado consumidor) transformava tudo em sucata. Enfim, o sistema soviético foi superado e, posteriormente, veio à falência. Não digo que todo ser humano seja um mercenário, mas há muito mais interesse em produzir quando há expectativa de retorno. Os cientistas soviéticos receberiam o mesmo salário, independentemente do que produzissem. Os servos medievais trabalhavam para saldar uma dívida com o senhor feudal. Não há interesse na produção.
E se não houver mercado? E se o homem se contentar com o que foi criado até aqui e não desejar produzir mais nada? A medicina atual é suficiente. Não precisamos desbravar o espaço, nosso planeta é suficiente. Nossas bibliotecas estão abarrotadas, não precisamos mais escrever, tudo já foi dito. Por que motivo construir aviões maiores, prédios mais seguros? Responda-me tudo isso quando seu filho estiver doente, quando você olhar para o céu à noite (em um lugar afastado da poluição luminosa) e encontrar uma imensidão estrelada, quando em suas entranhas penetrar o desejo de se expressar, quando você desejar ir a algum lugar distante e precisar disso rapidamente, ou quando sua casa desabar. Voltaremos à Idade das Trevas? Retrocederemos séculos? Karl Marx deve se revirar em seu túmulo ao ouvir algo do tipo. Um homem revolucionário, que odiava o servilismo. Todo avanço É necessário!
A grande questão, no entanto, não é esta. É claro que o homem precisa produzir. A natureza hoje necessita que o homem desenvolva novas fontes de energia, utilize cada vez mais recursos virtuais (dinheiro imaterial, em um cartão de crédito, ao invés de metais e papel; arquivos digitais, no lugar de gigantescos bancos de dados inutilmente guardados ao mofo em porões; etc.). A questão essencial, para Marx e Engels, é a contradição criada pelo capitalismo. Discute-se a pobreza que ainda existe no âmago desta riqueza, a carência em meio à abundância. Por que uma classe possui tanto, enquanto a maioria, tão pouco?
E ninguém seja tolo de negar tal fato. A desigualdade é evidente até hoje. Algum dia será resolvida? Para os autores do Manifesto Comunista, será resolvida quando vier a revolução. E eu concordo, quando vier a Revolução Proletária tudo será nivelado... ou seja, nunca. A revolução dos sonhos não veio até hoje, pois na classificação de Marx, o que ocorreu até este momento foi a disseminação do modo de produção asiático, onde o Estado submete todos ao mesmo julgo exploratório. Se o capitalismo cria uma pauperização das classes subalternas (o que não é verdade), o socialismo real apenas socializou a pobreza e aumentou a exploração pelo governo.
Todavia, se o capitalismo não gera a pauperização das classes subalternas, conforme eu disse agora, por que há então acentuado aumento da desigualdade social? Isso se deve ao fato do aumento da riqueza generalizado de forma desigual. O industrial investe em máquinas, reduz custos, e aumenta seu lucro. E tais produtos vão para onde? Toda a sociedade deve consumir, o que implica em possuir dinheiro, e no caso do proletário, receber um bom salário. O salário deve assim aumentar, garantindo o consumo. O dono da fábrica recebe mais, aumentando, com maior rapidez, seu patrimônio. Quanto ao proletário, este também aumentou seu patrimônio e qualidade de vida. Por ocorrer de forma desigual (e não digo injusta, pois é mérito do dono dos meios de produção administrar bem seu negócio) tem-se a impressão de que uma classe sugou a outra, o que não é verdade. Não se pode comparar, em dois momentos diferentes, apenas a distância entre dois grupos, mas a evolução de cada grupo de um momento para o outro. Todos cresceram, diferentemente apenas em quantidade.
Dessa forma, concluo dizendo que Marx e Engels estavam certos, as inovações trazidas pelo capitalismo são incríveis; e discordo em dois pontos: Não há progresso sem o estímulo do mercado; não há pauperização de uma classe. Uma sociedade não pode caminhar sem o mercado. A China Socialista só se desenvolveu ao investir capital na indústria para aumentar sua produção e invadir o mercado global. A URSS, quando se aproximou da falência, abriu seus portões para empresas transnacionais, com os planos de Gorbachev. E todos enriqueceram com o advento do capitalismo, cada um conforme sua contribuição (o industrial investiu tempo, capital, intelecto e esforço; o proletário investiu sua força). O mercado é rotulado sempre como o vilão, talvez seja em muitos casos, mas sem o qual eu não estaria publicando neste blog.
Comte – o positivismo e o estímulo à vida social
No texto DISCURSO SOBRE O ESPÍRITO POSITIVO, de 1844, Auguste Comte propõe uma maneira geral de como o ser humano deveria compreender e pensar no estado positivo.
Comte caracteriza as instituições de sua época pela “anarquia” intelectual (influência da filosofia metafísica) e pelo retrocesso (influência da igreja).
Faz uma crítica à especialização das ciências, como se cada homem devesse estudar apenas itens referentes à profissão que desempenhará, e apresenta a necessidade de uma visão que priorize o todo, o conjunto, que pode ser obtido por uma educação universal.
Esta educação não deve ser oferecida somente às classes superiores, as quais se concentram nas questões literárias e metafísicas, afastando-se do real, do útil. Deve sim ser universal, estendida aos proletários, os quais assimilam com mais facilidade esta instrução pública positiva, justamente por terem mais contato com a natureza e com o mundo real.
Assim, a educação positivista possui uma abrangência maior do que a simples cientificidade de seu tempo, pois enquanto esta abrange somente as questões intelectuais, aquela engloba os sentimentos, o equilíbrio entre objetividade e subjetividade, as ações práticas, além da própria inteligência.
O saber positivo valoriza os trabalhos manuais, as funções simples, diferentemente da educação metafísica. Com o saber positivo, o foco passa a ser a participação popular através da cobrança da moral, agindo como verdadeiros fiscais do cumprimento dos deveres atribuídos aos políticos, principalmente no campo social.
A moral católica, apesar de ter tido importância para uma universalização da moral, prega que cada homem está preocupado com sua própria salvação. Diferentemente, o positivismo enxerga a supremacia da sociedade sobre o indivíduo, valorizando o conceito de humanidade. Dessa forma, ganha força a temática da solidariedade, da felicidade associada à coisa pública. A preocupação é a formação de uma moral essencialmente humana, estimulando o desenvolvimento de uma vida social.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
Comte caracteriza as instituições de sua época pela “anarquia” intelectual (influência da filosofia metafísica) e pelo retrocesso (influência da igreja).
Faz uma crítica à especialização das ciências, como se cada homem devesse estudar apenas itens referentes à profissão que desempenhará, e apresenta a necessidade de uma visão que priorize o todo, o conjunto, que pode ser obtido por uma educação universal.
Esta educação não deve ser oferecida somente às classes superiores, as quais se concentram nas questões literárias e metafísicas, afastando-se do real, do útil. Deve sim ser universal, estendida aos proletários, os quais assimilam com mais facilidade esta instrução pública positiva, justamente por terem mais contato com a natureza e com o mundo real.
Assim, a educação positivista possui uma abrangência maior do que a simples cientificidade de seu tempo, pois enquanto esta abrange somente as questões intelectuais, aquela engloba os sentimentos, o equilíbrio entre objetividade e subjetividade, as ações práticas, além da própria inteligência.
O saber positivo valoriza os trabalhos manuais, as funções simples, diferentemente da educação metafísica. Com o saber positivo, o foco passa a ser a participação popular através da cobrança da moral, agindo como verdadeiros fiscais do cumprimento dos deveres atribuídos aos políticos, principalmente no campo social.
A moral católica, apesar de ter tido importância para uma universalização da moral, prega que cada homem está preocupado com sua própria salvação. Diferentemente, o positivismo enxerga a supremacia da sociedade sobre o indivíduo, valorizando o conceito de humanidade. Dessa forma, ganha força a temática da solidariedade, da felicidade associada à coisa pública. A preocupação é a formação de uma moral essencialmente humana, estimulando o desenvolvimento de uma vida social.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
Comte – Filosofia Positiva no contexto da Revolução Industrial
Comte afirma que a sociedade só pode ser convenientemente reorganizada através de uma completa reforma intelectual do homem. Acredita que, antes de proceder à ação prática imediata, seria necessário fornecer aos homens novos hábitos de pensar de acordo com o estado das ciências de seu tempo.
O autor alega ter descoberto uma lei fundamental pela qual passa cada ramo de nosso conhecimento. Esta lei seria dividida em três estados históricos: estado teológico ou fictício, estado metafísico ou abstrato, estado científico ou positivo. Seriam métodos de filosofar do espírito humano.
O primeiro deles, o estado teológico ou fictício, explica os fenômenos por meio da atuação de agentes sobrenaturais. O metafísico ou abstrato apenas substitui os agentes naturais por forças abstratas, entidades personificadas inerentes aos seres do mundo. Por fim, no estado positivo, o espírito humano busca descobrir, através do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, deixando de lado as causas íntimas dos fenômenos.
Auguste aponta o curso de filosofia positiva como o único meio racional capaz de pôr em evidência as leis lógicas do espírito humano. Como propriedades fundamentais da proposta positivista, podem ser destacados a reforma da educação, a combinação de várias ciências para atingir melhores resultados, observação das leis gerais da sociedade, reorganização social da sociedade moderna.
O positivismo é visto como a conclusão da revolução iniciado por Bacon e Descartes. A física social (posteriormente Sociologia), nova ciência de Comte, experimenta, observa, compara e classifica, baseando-se no conhecimento consolidado das demais ciências, ou seja, busca a compreensão da realidade social. Os fenômenos sociais devem ser explicados em termos sociais. Estes fenômenos, com o cuidado de se evitar o materialismo, podem também ser percebidos como outros fenômenos naturais.
O positivismo encara a ciência como investigação daquilo que é real, relacionando o abstrato e o concreto, o objetivo e o subjetivo. A ciência é concebida não apenas de forma técnica, mas principalmente para possibilitar uma interpretação de mundo.
Esta filosofia positiva de Comte propõe uma reorganização política, social e econômica dentro do contexto social da revolução industrial.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
O autor alega ter descoberto uma lei fundamental pela qual passa cada ramo de nosso conhecimento. Esta lei seria dividida em três estados históricos: estado teológico ou fictício, estado metafísico ou abstrato, estado científico ou positivo. Seriam métodos de filosofar do espírito humano.
O primeiro deles, o estado teológico ou fictício, explica os fenômenos por meio da atuação de agentes sobrenaturais. O metafísico ou abstrato apenas substitui os agentes naturais por forças abstratas, entidades personificadas inerentes aos seres do mundo. Por fim, no estado positivo, o espírito humano busca descobrir, através do raciocínio e da observação, suas leis efetivas, deixando de lado as causas íntimas dos fenômenos.
Auguste aponta o curso de filosofia positiva como o único meio racional capaz de pôr em evidência as leis lógicas do espírito humano. Como propriedades fundamentais da proposta positivista, podem ser destacados a reforma da educação, a combinação de várias ciências para atingir melhores resultados, observação das leis gerais da sociedade, reorganização social da sociedade moderna.
O positivismo é visto como a conclusão da revolução iniciado por Bacon e Descartes. A física social (posteriormente Sociologia), nova ciência de Comte, experimenta, observa, compara e classifica, baseando-se no conhecimento consolidado das demais ciências, ou seja, busca a compreensão da realidade social. Os fenômenos sociais devem ser explicados em termos sociais. Estes fenômenos, com o cuidado de se evitar o materialismo, podem também ser percebidos como outros fenômenos naturais.
O positivismo encara a ciência como investigação daquilo que é real, relacionando o abstrato e o concreto, o objetivo e o subjetivo. A ciência é concebida não apenas de forma técnica, mas principalmente para possibilitar uma interpretação de mundo.
Esta filosofia positiva de Comte propõe uma reorganização política, social e econômica dentro do contexto social da revolução industrial.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
Bacon e seu método baseado na experiência e na natureza
O texto do inglês Francis Bacon, publicado em 1620, é considerado a ata inaugural da filosofia inglesa moderna. Insere-se no contexto de grande ascensão inglesa nos campos político e econômico no reinado de Elizabeth I. Era o período do absolutismo inglês em vias de consolidação, sustentado pelas atividades comerciais.
Logo no prefácio do “Novo Organum”, nota-se a importância atribuída à natureza para alcançar o conhecimento filosófico e científico. Bacon busca formar um método experimental para interpretação de dados, que consiste em “estabelecer os graus de certeza, determinar o alcance exato dos sentidos e rejeitar, na maior parte dos casos, o labor da mente”, criticando a ciência obtida pelo simples exercício da mente e a filosofia grega, cuja sabedoria seria “farta em palavras, mas estéril de obras”. O método proposto implica em “levar os homens aos próprios fatos particulares e às suas séries e ordens, a fim de que eles, por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas noções e comecem a habituar-se ao trato direto das coisas”.
O autor pede respeito aos antigos e alerta que seu trabalho não tem por objetivo “colocar por terra as filosofias ora florescentes ou qualquer outra que se apresente”, mas defende a existência de duas linhas filosóficas, de dois métodos, sendo “um destinado ao cultivo das ciências (antecipação da mente) e outro destinado à descoberta científica (interpretação da natureza)”. Esta segunda forma de proceder atende aos que visam alcançar a vitória sobre os adversários não apenas pela argumentação, mas pela ação, pela vitória sobre a natureza, pelo conhecimento da verdade clara.
Através de textos simples (aforismos), Francis manifesta a necessidade de observação da natureza, a qual supera em complexidade o intelecto e os sentidos, e somente pode ser vencida quando obedecida; destaca a utilização de instrumentos pelo intelecto e pelas mãos; faz críticas à ciência de sua época, cujos resultados seriam apenas combinações de descobertas anteriores; aponta o que seria o verdadeiro caminho para a investigação e descoberta da verdade, que consistiria em recolher os axiomas dos sentidos e dos dados particulares para, continuamente, ascender até o alcance dos princípios de máxima generalidade.
Em virtude da maior profundidade da natureza em comparação com a força dos argumentos, estes não podem valer para a construção de axiomas. Dessa maneira, a dialética, que ocupou grande destaque no período escolástico, recebe forte crítica. As antecipações seriam mais fáceis de agradar, pois partem de poucas instâncias e logo empolgam o intelecto. De outro lado, as interpretações originadas de muitos fatos dispersos apresentam-se duras e dissonantes, não agradando à opinião comum num primeiro momento.
São apontados quatro gêneros de ídolos bloqueadores da mente humana, os quais destoam gritantemente das ideias da mente divina. A saber: ídolos da Tribo (falsa atribuição das medidas das coisas aos sentidos do homem, os quais distorcem e corrompem o verdadeiro significado dos fatos); ídolos da Caverna (além das distorções da natureza humana em geral, cada indivíduo possui seus próprios mitos, medos, fantasias, suas próprias cavernas ou covas, que são oriundas de sua educação, de sua história de vida, etc.); ídolos do Foro (são os mais perturbadores, causados pelo relacionamento entre os indivíduos, cujas palavras bloqueiam o intelecto e geram controvérsias e fantasias) e ídolos do Teatro (“incutidos e recebidos por meio das fábulas dos sistemas e das pervertidas leis de demonstração”).
Para o autor, “a verdade não deve ser buscada na boa fortuna de uma época, que é inconstante, mas à luz da natureza e da experiência, que é eterna”.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
Logo no prefácio do “Novo Organum”, nota-se a importância atribuída à natureza para alcançar o conhecimento filosófico e científico. Bacon busca formar um método experimental para interpretação de dados, que consiste em “estabelecer os graus de certeza, determinar o alcance exato dos sentidos e rejeitar, na maior parte dos casos, o labor da mente”, criticando a ciência obtida pelo simples exercício da mente e a filosofia grega, cuja sabedoria seria “farta em palavras, mas estéril de obras”. O método proposto implica em “levar os homens aos próprios fatos particulares e às suas séries e ordens, a fim de que eles, por si mesmos, se sintam obrigados a renunciar às suas noções e comecem a habituar-se ao trato direto das coisas”.
O autor pede respeito aos antigos e alerta que seu trabalho não tem por objetivo “colocar por terra as filosofias ora florescentes ou qualquer outra que se apresente”, mas defende a existência de duas linhas filosóficas, de dois métodos, sendo “um destinado ao cultivo das ciências (antecipação da mente) e outro destinado à descoberta científica (interpretação da natureza)”. Esta segunda forma de proceder atende aos que visam alcançar a vitória sobre os adversários não apenas pela argumentação, mas pela ação, pela vitória sobre a natureza, pelo conhecimento da verdade clara.
Através de textos simples (aforismos), Francis manifesta a necessidade de observação da natureza, a qual supera em complexidade o intelecto e os sentidos, e somente pode ser vencida quando obedecida; destaca a utilização de instrumentos pelo intelecto e pelas mãos; faz críticas à ciência de sua época, cujos resultados seriam apenas combinações de descobertas anteriores; aponta o que seria o verdadeiro caminho para a investigação e descoberta da verdade, que consistiria em recolher os axiomas dos sentidos e dos dados particulares para, continuamente, ascender até o alcance dos princípios de máxima generalidade.
Em virtude da maior profundidade da natureza em comparação com a força dos argumentos, estes não podem valer para a construção de axiomas. Dessa maneira, a dialética, que ocupou grande destaque no período escolástico, recebe forte crítica. As antecipações seriam mais fáceis de agradar, pois partem de poucas instâncias e logo empolgam o intelecto. De outro lado, as interpretações originadas de muitos fatos dispersos apresentam-se duras e dissonantes, não agradando à opinião comum num primeiro momento.
São apontados quatro gêneros de ídolos bloqueadores da mente humana, os quais destoam gritantemente das ideias da mente divina. A saber: ídolos da Tribo (falsa atribuição das medidas das coisas aos sentidos do homem, os quais distorcem e corrompem o verdadeiro significado dos fatos); ídolos da Caverna (além das distorções da natureza humana em geral, cada indivíduo possui seus próprios mitos, medos, fantasias, suas próprias cavernas ou covas, que são oriundas de sua educação, de sua história de vida, etc.); ídolos do Foro (são os mais perturbadores, causados pelo relacionamento entre os indivíduos, cujas palavras bloqueiam o intelecto e geram controvérsias e fantasias) e ídolos do Teatro (“incutidos e recebidos por meio das fábulas dos sistemas e das pervertidas leis de demonstração”).
Para o autor, “a verdade não deve ser buscada na boa fortuna de uma época, que é inconstante, mas à luz da natureza e da experiência, que é eterna”.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
Descartes e a condução metódica do conhecimento
O Discurso sobre o método é “um tratado matemático e filosófico de René Descartes, publicado na França em Leiden em 1637. Propõe um modelo quase matemático para conduzir o pensamento humano, uma vez que a matemática tem por característica a certeza, a ausência de dúvidas... O Método, em seu aspecto de dividir, ordenar e classificar, é a base de muitos conceitos científicos que vieram a ser desenvolvidos nos anos subseqüentes, de grande importância para a humanidade: o sistema de coordenadas cartesiano, o cálculo, a geometria analítica e a disposição estatística em histogramas”, segundo a Wikipédia.
Passando à análise do texto propriamente dito, em sua primeira parte, é abordada a questão do bom senso. Para Descartes, todos o possuem (o bom senso) e pensam possuí-lo na medida certa. Este senso ou razão seria a única coisa capaz de diferenciar os homens dos animais. Utilizando-se de suas experiências, seu senso e caminhos, afirma ter formado um “método capaz de aumentar de forma gradativa seu conhecimento, e de elevá-lo, pouco a pouco, ao mais alto nível” possível. A explicação do tal método constitui o objetivo principal do referido texto do autor. Como base para seu trabalho, ressalta a importância de conhecer as ciências (sarcasticamente, complementa justificando que seria simplesmente para conhecer seus exatos valores e evitar ser enganado por elas) e os benefício de viajar (para saber alguma coisa dos hábitos dos diferentes povos e entender que ser diferente não significa ser contrário à razão). Distinguir o verdadeiro do falso sempre foi um grande desejo do autor.
Na segunda parte, destaca ser necessário rever suas opiniões ou ainda desfazer-se delas, o que seria melhor do que se apoiar apenas sobre princípios a respeito dos quais se convencera em sua juventude, sem nunca ter analisado a veracidade dos mesmos. Também julgava essencial ir lentamente e usar muita ponderação, pois, “mesmo que se avançasse muito pouco, ao menos evitaria cair”.
Chega a pensar na possibilidade de utilizar-se da filosofia, da lógica e das matemáticas – geômetras e álgebra, mas resolve buscar algum outro método que tenha as vantagens dessas três ciências, mas não os seus defeitos. (sobre a lógica, por exemplo, relata: “seus silogismos e a maior parte de seus outros preceitos servem mais para explicar aos outros as coisas já conhecidas, ou mesmo, como a arte de Lúlio, para falar, sem formar juízo, daquelas que são ignoradas, do que para aprendê-las”).
Assim, resolve utilizar apenas quatro preceitos da lógica para formar o seu método:
O primeiro seria o de nunca aceitar como verdadeiro algo que não conhecesse claramente, evitando cuidadosamente a pressa e a prevenção. O segundo tratar-se-ia de proceder a uma modularização da análise, dividindo cada “dificuldade” em quantas parcelas fossem exigidas para uma melhor compreensão. Já o terceiro seria o de conduzir os pensamentos por ordem, sintetizando-os, partindo do mais simples até atingir os níveis mais complexos, enquanto que o quarto e último garantiria que nada fosse omitido nas conclusões, através do uso de relações metódicas completas e de revisões gerais.
Visando a prova de sua existência e também a de Deus, na quarta parte, considera a máxima “penso, logo existo” como o primeiro princípio da filosofia que procurava, como uma verdade no meio de tantas coisas falsas (o autor julga como falso tudo aquilo sobre o que possa supor a menor dúvida), concluindo, sobre si mesmo, que: ”sou uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de lugar algum, nem depende de qualquer coisa material”.
Para finalizar a justificativa sobre sua existência e também a de Deus, traça um paralelo entre este (um ser perfeito) e si mesmo (ser imperfeito), concluindo que a sua própria existência (e, assim, a existência da razão) é resultado de uma origem divina, de Deus, de uma perfeição capaz de gerar todas as outras coisas que existem.
Na sexta e última parte, solicita às futuras gerações que não acreditem nas coisas que lhes forem apresentadas como provindas dele, se ele mesmo não as tiver divulgado, pois crê que não existe no mundo alguma obra que possa ser tão bem executada por outra pessoa que não seja quem a iniciou e criou.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
Passando à análise do texto propriamente dito, em sua primeira parte, é abordada a questão do bom senso. Para Descartes, todos o possuem (o bom senso) e pensam possuí-lo na medida certa. Este senso ou razão seria a única coisa capaz de diferenciar os homens dos animais. Utilizando-se de suas experiências, seu senso e caminhos, afirma ter formado um “método capaz de aumentar de forma gradativa seu conhecimento, e de elevá-lo, pouco a pouco, ao mais alto nível” possível. A explicação do tal método constitui o objetivo principal do referido texto do autor. Como base para seu trabalho, ressalta a importância de conhecer as ciências (sarcasticamente, complementa justificando que seria simplesmente para conhecer seus exatos valores e evitar ser enganado por elas) e os benefício de viajar (para saber alguma coisa dos hábitos dos diferentes povos e entender que ser diferente não significa ser contrário à razão). Distinguir o verdadeiro do falso sempre foi um grande desejo do autor.
Na segunda parte, destaca ser necessário rever suas opiniões ou ainda desfazer-se delas, o que seria melhor do que se apoiar apenas sobre princípios a respeito dos quais se convencera em sua juventude, sem nunca ter analisado a veracidade dos mesmos. Também julgava essencial ir lentamente e usar muita ponderação, pois, “mesmo que se avançasse muito pouco, ao menos evitaria cair”.
Chega a pensar na possibilidade de utilizar-se da filosofia, da lógica e das matemáticas – geômetras e álgebra, mas resolve buscar algum outro método que tenha as vantagens dessas três ciências, mas não os seus defeitos. (sobre a lógica, por exemplo, relata: “seus silogismos e a maior parte de seus outros preceitos servem mais para explicar aos outros as coisas já conhecidas, ou mesmo, como a arte de Lúlio, para falar, sem formar juízo, daquelas que são ignoradas, do que para aprendê-las”).
Assim, resolve utilizar apenas quatro preceitos da lógica para formar o seu método:
O primeiro seria o de nunca aceitar como verdadeiro algo que não conhecesse claramente, evitando cuidadosamente a pressa e a prevenção. O segundo tratar-se-ia de proceder a uma modularização da análise, dividindo cada “dificuldade” em quantas parcelas fossem exigidas para uma melhor compreensão. Já o terceiro seria o de conduzir os pensamentos por ordem, sintetizando-os, partindo do mais simples até atingir os níveis mais complexos, enquanto que o quarto e último garantiria que nada fosse omitido nas conclusões, através do uso de relações metódicas completas e de revisões gerais.
Visando a prova de sua existência e também a de Deus, na quarta parte, considera a máxima “penso, logo existo” como o primeiro princípio da filosofia que procurava, como uma verdade no meio de tantas coisas falsas (o autor julga como falso tudo aquilo sobre o que possa supor a menor dúvida), concluindo, sobre si mesmo, que: ”sou uma substância cuja essência ou natureza consiste apenas no pensar, e que, para ser, não necessita de lugar algum, nem depende de qualquer coisa material”.
Para finalizar a justificativa sobre sua existência e também a de Deus, traça um paralelo entre este (um ser perfeito) e si mesmo (ser imperfeito), concluindo que a sua própria existência (e, assim, a existência da razão) é resultado de uma origem divina, de Deus, de uma perfeição capaz de gerar todas as outras coisas que existem.
Na sexta e última parte, solicita às futuras gerações que não acreditem nas coisas que lhes forem apresentadas como provindas dele, se ele mesmo não as tiver divulgado, pois crê que não existe no mundo alguma obra que possa ser tão bem executada por outra pessoa que não seja quem a iniciou e criou.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
Do advento da burguesia à ideológica revolução proletária
Karl Marx, em "O Manifesto Comunista" discorre sobre a luta de classes, da missão do proletariado e também são aí especificados as noções constitutivas do materialismo histórico.
Marx inicia o manifesto nos mostrando o contexto histórico pelo qual a burguesia foi se inserindo na sociedade. De acordo com ele, essa classe tem seu advento a partir da evolução comercial e a partir do aumento das relações econômicas entre países.
O avanço político também é atrelado junto ao desenvolvimento da burguesia.O estado se tornou uma das ferramentas de dominação da burguesia, que serviu como "comitê político burguês". Dessa forma, pode-se dizer que houve a dissolução de outras classes em função do estado burguês.
Nesse texto, deve-se levar também em consideração o destaque dado à frieza do sistema político capitalista. A burguesia "converteu mérito pessoal em valor de troca". Marx demostra como houve a transformação da liberdade coletiva em liberdade individual, nos faz enxergar como vivemos m um sistema em que a livre concorrência corre solta, onde é cada um por si e todos por ninguém mais.
O modo de produção, além de dissolver o sistema feudal, aumentou os problemas de diferenças entre classes. As máquinas reduziram a oferta de empregos braçais e o salário do trabalhador.Além disso, surge ao capitalismo mais um ferramenta de dominação: a constante novidade; pois "tudo que é sólido, se dissolve no ar". Quem consegue comprar mais tem sempre algo mais novo e mais moderno, e quem não o tem fica para trás no sistema de competição. O advento da tecnologia fez com que os produtos fossem cada vez mais banalizados. Enquanto um produto mau entrou em circulação, outro de mesma classe já está sendo lançado, desvalorizando o anterior. Marx toma a burguesia como uma classe revolucionária. Esta surge sempre com novas maneiras de dominação de mercado, abrangendo tudo a sua volta, transformando o mundo em um sistema único de comércio. Ela remove tudo o que não é racional, que não tem cálculo, de sua economia, voltando, assim, à discussão da frieza do sistema. A burguesia possui um ímpeto transformador que não pode ser freado. Se a estrutura se baseia em trocas, essas trocas devem ser permanentes.
Marx viu, desde sua época, uma eminente globalização. A burguesia opera em todas as relações, transformando tudo à sua imagem. Dessa forma, surge a interdependência entre os países do globo. Não se pode dizer com veemência que alguma economia é autossuficiente, pois sempre haverá uma interconexão entre as nações, obrigando-as sempre a manter uma relação diplomática eficiente entre outros governos para manter estável o seu próprio.
Marx descreve como surge uma situação de crise. Essa é caracterizada pelo aumento exacerbado dos meios produtivos e da produção, gerando uma superlotação de produtos e indústrias, culminando, assim, em uma crise criada pelo mercado, que o próprio mercado não consegue suprir. A solução buscado pela burguesia acaba sendo a maior destruição da massa de forças produtivas e a conquista de novos mercados e maior exploração da classe mais fraca.
Podem ser vistas inúmeras formas de contradição no capitalismo; Marx, porém, ainda via perspectivas para solucioná-las. As forças produtivas ao mesmo tempo que movimentam uma enorme economia, também deixam pessoas morrendo de fome nas ruas; ao mesmo tempo que conseguimos obter mais e mais riquezas, mais e mais pessoas ficam pobres, pois todo esse lucro é concentrado na mão de poucos; o momento em que a pobreza se intensifica, é justamente nos momentos de maior prosperidade. A partir dessa análise, Marx vê que, agindo desta forma, a burguesia cria as armas para sua própria dissolução e as pessoas para usar de tal arsenal. Os operários, enquanto unidade, não possuem grande força revolucionária; porém, quando se unem, podem destruir o sistema burguês. Essa união seria efetivada no centro de produção das fábricas, onde os operários vêem a banalização de seu trabalho e criam uma relação de identidade entre si. Assim, a tecnologia poderia ser utilizada a favor dessa classe, para efetivar uma união mais contingente entre os trabalhadores de todo o mundo.
Toda essa revolução, porém, não conseguiu ser consumada.Atualmente, a força operária se forma apenas por meio de sindicatos locais ou nacionais. Não poderia ser considerada uma total revolução para Marx; mas não podemos dizer que não é (quando verdadeiramente funciona e é levada à sério), contudo, uma pequena vitória.
Marx e Engels: a revolução operária e a derrocada burguesa
O Manifesto do Partido Comunista, de Karl Marx e Friedrich Engels, publicado em 21 de fevereiro de 1848, constitui-se num dos tratados políticos de maior influência planetária, no qual seus autores apresentam suas concepções de filosofia e história das sociedades.
Logo na primeira parte, a frase “a história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas das classes” demonstra a ênfase depositada no texto sobre a questão dos antagonismos entre os segmentos (classes) de uma sociedade. Desde os primórdios da humanidade, essa sistemática assim funcionou e a burguesia dos tempos modernos não agiu de forma distinta. Ademais, esta intensificou a disparidade entre dois extremos: a burguesia e o proletariado.
Os autores destacam o histórico da classe burguesa, do final do feudalismo à grande indústria mundial, seus aspectos políticos e revolucionários, a substituição das formas de exploração (por exemplo, da religiosa para a comercial), a universalização da produção material e intelectual, a submissão do campo à cidade, etc. Mas também passam logo a apontar tópicos negativos dessa classe, tais como as revoltas contra as relações de produção e de propriedade, a repetição das crises comerciais, a epidemia da superprodução, entre outros, enfatizando que a burguesia deu origem não só as armas que causariam a sua própria morte, mas também aos homens que manejariam tais instrumentos: os proletários.
Marx e Engels passam então a falar sobre essa classe, a dos operários. Lembram que estes são tratados como mercadoria, artigos de comércio, sujeitos assim às vicissitudes da concorrência e às flutuações do mercado. Quanto mais progride a indústria moderna, menos importância têm as diferenças de idade e sexo para os trabalhos (mulheres e crianças podem desempenhar as mesmas funções de qualquer outro homem). O texto ressalta também as fases de desenvolvimento do proletariado, das primeiras revoltas à organização política; o conservadorismo das classes médias; o “movimento proletário como o movimento espontâneo da imensa maioria em proveito da imensa maioria” e a necessidade da derrubada (violenta) da burguesia, por ser a existência desta incompatível com a da sociedade.
Na parte 2, o texto aproxima comunistas e operários, listando os principais objetivos de ambos: “constituição dos proletários em classe, derrubada da supremacia burguesa e conquista do poder político pelo proletariado”. Como teoria comunista, destacam uma única fórmula: abolição da propriedade privada. Apontam também, como a primeira fase da revolução operária, o advento do proletariado como classe dominante (a conquista da democracia), listando medidas a serem adotadas nesta fase (por exemplo, centralização do crédito e dos meios de transporte nas mãos do Estado, instituição de impostos progressivos, etc).
Já na parte 3, fazem críticas ao socialismo reacionário (por sua manutenção das relações de troca, de produção e do ponto de vista burguês), ao socialismo conservador ou burguês (considerado reformador, e não revolucionário) e ao socialismo e comunismo crítico-utópico (pois utilizavam exemplos burgueses, sem partir para a luta política). A solução seria o Socialismo Científico.
Por fim, na quarta e última parte, Karl e Friedrich resumem o apoio prestado pelos comunistas em toda parte a qualquer movimento revolucionário contra o estado de coisa social e político existente, tratando da questão da propriedade e trabalhando pela união e pelo entendimento dos partidos democráticos de todos os países, conclamando os operários de todo o mundo à união transnacional e à revolução comunista através da mensagem: “PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!”.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
Logo na primeira parte, a frase “a história de todas as sociedades que existiram até nossos dias tem sido a história das lutas das classes” demonstra a ênfase depositada no texto sobre a questão dos antagonismos entre os segmentos (classes) de uma sociedade. Desde os primórdios da humanidade, essa sistemática assim funcionou e a burguesia dos tempos modernos não agiu de forma distinta. Ademais, esta intensificou a disparidade entre dois extremos: a burguesia e o proletariado.
Os autores destacam o histórico da classe burguesa, do final do feudalismo à grande indústria mundial, seus aspectos políticos e revolucionários, a substituição das formas de exploração (por exemplo, da religiosa para a comercial), a universalização da produção material e intelectual, a submissão do campo à cidade, etc. Mas também passam logo a apontar tópicos negativos dessa classe, tais como as revoltas contra as relações de produção e de propriedade, a repetição das crises comerciais, a epidemia da superprodução, entre outros, enfatizando que a burguesia deu origem não só as armas que causariam a sua própria morte, mas também aos homens que manejariam tais instrumentos: os proletários.
Marx e Engels passam então a falar sobre essa classe, a dos operários. Lembram que estes são tratados como mercadoria, artigos de comércio, sujeitos assim às vicissitudes da concorrência e às flutuações do mercado. Quanto mais progride a indústria moderna, menos importância têm as diferenças de idade e sexo para os trabalhos (mulheres e crianças podem desempenhar as mesmas funções de qualquer outro homem). O texto ressalta também as fases de desenvolvimento do proletariado, das primeiras revoltas à organização política; o conservadorismo das classes médias; o “movimento proletário como o movimento espontâneo da imensa maioria em proveito da imensa maioria” e a necessidade da derrubada (violenta) da burguesia, por ser a existência desta incompatível com a da sociedade.
Na parte 2, o texto aproxima comunistas e operários, listando os principais objetivos de ambos: “constituição dos proletários em classe, derrubada da supremacia burguesa e conquista do poder político pelo proletariado”. Como teoria comunista, destacam uma única fórmula: abolição da propriedade privada. Apontam também, como a primeira fase da revolução operária, o advento do proletariado como classe dominante (a conquista da democracia), listando medidas a serem adotadas nesta fase (por exemplo, centralização do crédito e dos meios de transporte nas mãos do Estado, instituição de impostos progressivos, etc).
Já na parte 3, fazem críticas ao socialismo reacionário (por sua manutenção das relações de troca, de produção e do ponto de vista burguês), ao socialismo conservador ou burguês (considerado reformador, e não revolucionário) e ao socialismo e comunismo crítico-utópico (pois utilizavam exemplos burgueses, sem partir para a luta política). A solução seria o Socialismo Científico.
Por fim, na quarta e última parte, Karl e Friedrich resumem o apoio prestado pelos comunistas em toda parte a qualquer movimento revolucionário contra o estado de coisa social e político existente, tratando da questão da propriedade e trabalhando pela união e pelo entendimento dos partidos democráticos de todos os países, conclamando os operários de todo o mundo à união transnacional e à revolução comunista através da mensagem: “PROLETÁRIOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!”.
POSTADO POR ALYSSON PIMENTA RODRIGUES – 1º ANO – DIREITO NOTURNO
O desenvolvimento da classe proletária
Em o "Manifesto do Partido Comunista" Marx faz uma crítica ao sistema capitalista e suas consequências para a sociedade da época, principalmente a respeito da classe operária, que vive nessa época em más condições de vida, vendo isso, Marx propõe uma organização do proletariado em uma classe social capaz de mudar essa situação.
Para Marx essa mudança seria a revolução, mas para que esta seja alcançada seria necessário um desenvolvimento da burguesia industrial para que a partir deste, o proletariado industrial se desenvolva.ou seja, é preciso que a burguesia cumpra seu papel para que a revolução proletária seja possível.
O desenvolvimento da burguesia industrial, causa do desenvolvimento do proletariado, seria baseado na transformação dos meios de produção, mas que isso se daria à custa da exploração do trabalho operário, e o texto contribui para a tentativa de se achar uma solução para os problemas causados por essa exploração.
A revolução partiria de uma luta com bases na organização social de uma classe, onde seria pregado o fim da propriedade privada, o que gerou diversas interpretações incorretas, e que se multiplicaram entre a população geral temente ao comunismo. sobre suas metas. Porque na realidade este não visa acabar com o poder de conquista dos produtos sociais, e sim elimina o tipo de trabalho que é submisso aos detentores dessa conquista.Causando a destruição do conceito de divisão das classes sociais.
Concluindo, O Manifesto do Partido Comunista visa a substituição da sociedade capitalista burguesa, pelo desenvolvimento dela própria, onde o proletariado industrial também se desenvolveria, organizando-se e partindo para a revolução. Após essa revolução a nova sociedade comunista seria baseada em uma associação onde cada indivíduo poderia se desenvolver livremente e que esse desenvolvimento seria a condição para o desenvolvimento de todas as outras pessoas.
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